◇Capítulo 15◇

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- Cala sua boca, vadia. – Diz me sacudindo – Você vai fazer exatamente o que lhe disse.

- Me larga agora – A empurro soltando meu braço – Quem você pensa que é para vir me bater e ainda me ameaçar. Eu jamais vou me separar dele, só porque uma mulher louca está mandando. Não tenho um pingo de medo de você

Ela vem para cima de mim, mas é impedida pela a outra que estava na porta, que não sei porque a impediu já que estavam juntas

- Com toda certeza foi ele que lhe montou né? – Fala com ar debochado – Essas joias, esse vestido, com certeza a puta já está usando e abusando do dinheiro do otário. Mais pode se despedir da sua mordomia, porque ela está com os dias contados – Fala se soltando da mais nova sorrindo – Ele é noivo, e essa aqui é a noiva dele...

Sinto meu ar sendo tomado, como se meu mundo tivesse acabado de dar um 360° em segundos. Osten noivo?. Ele nunca faria isso, Osten não seria capaz de mentir assim

- Isso é mentira – Digo e vejo a velha se desfazer do seu sorriso – Não adianta essa mentira barata me abalar. Não acredito em nenhuma palavra do que está me dizendo. Já vivi muito essa vida, para acreditar em alguém assim...

- Sua put... – Ela vem para cima de mim novamente mais abruptamente para ao ver a porta sendo aberta e umas cinco mulheres entram nos olhando desconfiadas.

Sinto as lágrimas escorrerem dos meus olhos de alívio, não percebo que as duas foram embora e me pego toda tremula e com muita falta de ar.

- Senhorita Zumach? – Ouço uma delas me chamar, mas não consigo falar, apenas chorar descontroladamente e tremer – O que você precisa, por favor?

- Sa...ir daq...qui – Sussurro em busca de ar enquanto as outras estão simulando um abano com as mãos.

- Precisamos chamar alguém... – Outra fala

- Nã...ão p... – Não termino de falar pois Osten entra no banheiro afobado e preocupado vindo em minha direção

- O QUE ACONTECEU? – Se altera olhando para as mulheres a nossa volta após me ouvir gemer de dor com seu abraço pois sua mão pega bem no machucado feito pelas unhas daquela louca

- Não sabemos senhor Cavendish, quando chegamos aqui ela estava com outras duas mulheres e começou a tremer e chorar quando nos viu – A morena relata

- Anjo, fala comigo, o que aconteceu? – Pergunta passando a mão em meu rosto tirando as mechas de cabelo que estão grudadas na minha bochecha e pela sua mandíbula tensionada a minha bochecha com certeza está marcada pelo tapa

- Me tira daqui... Por favor... – Sussurro fechando meus olhos envergonhada pelas outras pessoas estarem me vendo desse jeito

Sem mais nenhuma palavra Osten após colocar seu blazer em meus ombros, me ampara para que possamos sair daquele banheiro. Tento durante o caminho respirar fundo para que meus pais e minha irmã não fiquem preocupados. Antes de descermos as escadas, limpo minhas lágrimas e junto com Osten nos aproximamos da mesa

- Ei, pensei que iria morar no banheiro cunha – Alexander brinca, tento sorrir, mais acho que falho pois ele logo fica sério – Sua irmã estava lhe procurando

- O que aconteceu? – Pergunta minha irmã preocupada olhando para mim e Osten

- Amanhã a gente conversa, só que ir pra casa – Falo engolindo seco para não chorar na frente deles

- Quer ir pra minha casa? – Pergunta Clarisse me avaliando. Com toda certeza ela está se perguntando se estou assim por causa de Osten

- Não precisa, só vou ficar com o lindo hoje – Falo firme – Pode ficar tranquila, foi outra coisa, eu só preciso dele essa noite. Falo por fim e ela acena aparentemente mais tranquila – Só não fala nada pra mamãe e pro papai, não tem necessidade

- Tá bom, até amanhã gente. – Se despede Clarisse recebendo o cumprimento de Osten assim como meu cunhado e ouço ele informar para que os avisem assim que chegarmos

Nem me despeço dos meus pais, tudo o que eu queria era ir embora dali o mais rápido possível. Entrelaço meus dedos com os de Osten que os aperta com força fazendo movimentos de acaricia com o polegar em meus dedos

Ele abre a porta do carona para mim e estranho, pois viemos com o motorista, logo ele assume a direção. Olho para ele em questionamento

- Você nitidamente precisa de privacidade para me contar o que ouve. – Simplesmente diz e começa a dirigir

Respiro fundo e solto a respiração de uma vez antes de começar – Duas mulheres invadiram o banheiro e uma delas me agrediu, proferindo ameaças para que eu me separasse de você

Olho para ele e vejo os nós de suas mãos que estão no volante ficarem brancos

- Como elas são? – Seu tão de voz raivoso me assusta, pois nunca o vi dessa forma

- Uma é nova, acho que um pouco mais velha que eu. E a outra é uma senhora

- Negras? – Pergunta como se soubesse quem são, devido a demora para que eu responda, ele desvia sua atenção para mim e eu aceno que sim

A expressão que ele faz, é a certeza que eu tenho que ele tem conhecimento de quem são elas

- Quem são? – Pergunto

- Um antigo caso momentâneo e minha... – Trava para responder e fecho meus olhos temendo que o que aquela velha tenha falado seja verdade sobre ele ter uma noiva – E minha mãe. – Abro meus olhos tão rápido que sinto dor na cabeça

Fico em silêncio depois dessa revelação, não imaginava

Apenas fique!Where stories live. Discover now