Jimin não se lembrava de muita coisa depois da fala da mais velha, ele lembra que caiu no sono e quando acordou sua mãe já não o respondia mais, lembrava dos guardas entrando no quarto ao ouvir os gritos do príncipe, de ser jogado para um canto qualquer enquanto médicos chegavam às pressas, dos criados gritando pelo castelo que a rainha estava morta. Ele se lembrava de chorar agarrado a um xale que continha o cheiro da ômega, enquanto suas babás lutavam para vesti-lo adequadamente para o velório, do seu pai furioso enquanto culpava uma criada qualquer de ter matado sua mãe com bruxaria. O príncipe lembrava de ser levado à execução da alfa. Foi em um rio, onde a jogaram cruelmente na água e assistiram ela lutar falhamente contra a correnteza. Provavelmente os ossos ainda estavam em algum lugar no fundo do Rio Han junto de todos os outros que seu pai jogou lá.

- Você gosta mesmo de levar as pessoas a lugares estranhos, não é? - Estava frio, muito frio, e poucos raios de sol começavam a apontar no horizonte

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- Você gosta mesmo de levar as pessoas a lugares estranhos, não é? - Estava frio, muito frio, e poucos raios de sol começavam a apontar no horizonte. Jimin puxava Jungkook morro acima, assim como ele fez na torre da cúpula.

O alfa havia aparecido de surpresa na janela do mais novo com uma lamparina na mão e dois cobertores debaixo do braço. Ele disse que queria levar o Jeon num lugar e que este tinha dez segundos para descer, o que resultou em um Jungkook todo descabelado e com apenas um robe e uma capa por cima chemise simples e amassada. Foi uma cena bastante engraçada de ver. O ômega resmungava com a voz rouca enquanto coçava os olhos inchados de sono.

- Na verdade, você é o único que tem esse privilégio - Jimin riu.

Eles tinham chegado ao topo do morro e de lá era possível ver uma pequena campina. Jungkook ainda não tinha entendido onde Jimin queria levá-lo com aquela caminhada de madrugada, apenas acompanhava o alfa, que parecia feliz demais para uma pessoa que acordou antes do sol nascer. Eles atravessaram os poucos metros sem árvores enquanto Jungkook resmungava porque o príncipe não lhe tinha dado tempo o suficiente para se arrumar e agora ele parecia um fugitivo, com a barra da camisola suja de terra e o cabelo desgrenhado. Jimin sorriu, pulando algum arbusto, e disse que ele seria o fugitivo mais bonito do reino. Jungkook ficou vermelho.

Não demorou muito para chegarem onde Jimin queria, era apenas mais alguns metros depois da campina e dentro da floresta. Uma casa, não muito grande, apenas o suficiente para caber uma família pequena. O lugar parecia ser abandonado, mas não era feio ou assustador, na verdade era lindo.

A grama verde era coberta de flores selvagens e em alguns pontos o chão estava banhado por pétalas coloridas de árvores que o Jeon julgou terem sido plantadas ali por quem quer que tenha construído aquilo. A casa era de madeira e as plantas subiam pelas paredes dando-lhe uma aparência quase mágica.

- O que é isso? - Jungkook deu um passo para mais perto da casa e ofegou, ao lado dele Jimin deu de ombros passando na sua frente para abrir a porta roída por cupins.

- Um grupo de soldados estavam fazendo patrulha quando acharam essa casa, eles disseram que é uma casa de bruxa e pediram permissão para incendiar. - Ele deu uma pausa olhando para o ômega. - Eu pensei que você pudesse gostar daqui, tem muitos livros.

Son of the Dust - JikookWhere stories live. Discover now