Capítulo 45

760 63 1
                                    

Assim que Rafael sentiu a polícia chegar entrou em pânico e começou a tremer, tremia tanto que até de longe dava para perceber o quão nervoso ele estava.

Provavelmente ele nunca tivera de passar por uma situação destas, até aparecer Bárbara.
Ela incentivou tanto o Rafael para ajudá-la a realizar o plano de destruir Laura que ele não teve outra escolhe se não entrar e aceitar.

Bárbara sem ninguém perceber começou  a recuar calmamente para trás, os policias estavam ocupados a tirar a arma e a algemar Rafael que não se aperceberam  dos passos curtos que Bárbara fazia até percorrer a sala inteira.

Laura

Eu estava com a boca cortada e sentia uma dor muito forte no peito, como se tivesse uma faca espetada.
Desde que a Bárbara me agrediu violentamente que eu mal consigo falar ou até respirar, eu sinto-me fraca e quase não conseguia dar sinais de que ela estava a andar pela sala sem ninguém perceber.
Eu comecei a fazer alguns sons e barulhos que a minha boca conseguia transmitir mas nada para além de vocais, o que fazia com que me ignorassem por completo achando que eu estava a delirar...

Comecei a olhar atentamente para Bárbara, para tentar entender o que ela estava fazer e onde queria chegar, mas não via razão alguma para ela fazer isso, por mais que tentasse não conseguia fugir, a casa estava cercada de policias, era complicado escapar.

Ela continuava a andar e eu acompanhada o seu passo, até me aperceber que na outra ponta da sala, perto do sofá, escondido atrás dele, estava uma arma!
Uma arma que pertencia a Rafael e foi deixava lá por esquecimento.

Comecei a mexer-me mais rápido para tentar dar sinal de alerta mas ninguém olhava para mim. Comecei a sentir uma dor imensa no peito o que me fez parar de exaustão, mas eu não podia parar... Alguém podia se magoar.

Comecei a tocar em Massimo e a tentar avisá-lo o que se passava mas quando ele finalmente se aperceber foi tarde demais...

Bárbara: pousem as armas agora ou eu disparo!

Massimo: Bárbara! Larga isso agora!

Bárbara: porque haveria eu de te dar ouvidos? Nunca passaste de um menino mimado que só soube brincar com os meus sentimentos

Massimo: Bárbara... Tu sabes que nunca tivemos mais nada para além de amizade e sexo, por favor não confundas, eu avisei-te muitas vezes...

Bárbara: eu estava quase a ter-te para mim se ela não aparecesse, essa vadia estragou tudo, estragou a minha vida!

Massimo: não digas isso! É completamente mentira, e... Pousa a arma, vamos continuar a sair e ser amigos

Bárbara: eu não quero! Já não preciso dessa amizade

Massimo: então pousa a arma por favor, eu faço qualquer coisa

Bárbara: não quero nada teu! Nada! Agora só quero me vingar do meu sofrimento

Massimo: Bárbara!?

De repente ouve-se dois tiro no ar, um disparo fatal, alguém caiu no chão....

Bárbara disparou diante de mim para me tentar matar mas infelizmente Massimo meteu se à frente e levou um tiro no peito por mim

Bárbara começou a chorar e larga a arma com a pouca força que tem, ela cai no chão rendida e imediatamente as autoridades algemam-na e levam-na junto com Rafael para a esquadra.

Finalmente estávamos seguros, sem medos e perigos à nossa volta, finalmente estávamos livres, mas... Massimo não estava bem, não estava feliz nem a festejar como devia estar.

Estava deitado no chão com a poça de sangue mesmo ao seu lado e estava a tentar falar algo mas o seu tom de voz era muito fraco...

Tentei me levantar e chegar perto de Massimo, ele estava mil vezes pior que eu, não podia deixá-lo sofrer sozinho, ele precisava de apoio, ele precisava de mim ao seu lado.

Tentei me levantar com todas as forças que me restavam mas foi um fracasso... Eu já não tinha força suficiente para aguentar com o meu peso e me levantar, as minhas pernas tremiam e eu estava bastante fraca e com falta de ar...

Não tive tempo de reagir a nada, assim que me levantei senti os meus olhos fecharem e desmaiar num sono profundo...

***

Acordei numa cama de hospital toda ligada por fios e cheia de medicamentos ao meu lado.
Estava dorida e mal me conseguia mexer, a minha dificuldade respiratória estava melhor mas ainda doía imenso e era uma dor muito mais insuportável...

De repente a porta do meu quarto abre e vejo a Sofia a entrar, uma das pessoas que mais queria ver neste momento

Sofia: Ó Laura, o que aconteceu contigo?!

Laura: foi um momento horrível....

Sofia: tens de me contar tudo assim que melhorares! Agora não quero que faças esforços

( Sofia aproximou-se de Laura, colocou o tabuleiro com a comida perto dela e sentou-se na cama)

Sofia: aqui está, precisas de comer

Laura: não tenho muita fome

Sofia: mas tens de comer

Laura: pronto... Eu vou comer, a minha mãe já veio cá?

Sofia: sim mas ainda estavas a dormir e ela precisava de ir visitar algum paciência que também estava aqui internado e aproveitou, já deve voltar daqui a pouco

Laura: espero que ela não esteva preocupada... Eu estou bem

Sofia: mas vais ter de descansar muito ainda, não vais sair do hospital assim tão cedo

Laura: isto está assim tão mau...?

Sofia: tens uma fratura na costela, estamos a tentar resolver o mais depressa possível mas tu sabes que vai levar tempo

Laura: sim... E o Massimo?! Como ele está?! Onde ele está?!

Sofia: calma, preocupa-te contigo agora

Laura: diz-me...

Sofia: bem o Massimo levou um tiro no peito mas felizmente não fraturou nada nem chegou perto do coração, está um pouco pior que tu mas vai melhorar também

Laura: que tratamentos ele está a realizar?

Sofia: nós optámos por uns tratamos só que teremos de mudar, pois ele não deixa que toquemos no peito dele por nada, nem para passar creme ou somente ver

Laura: eu posso ir vê-lo...?

Sofia: então come primeiro, pois vamos ver o Massimo

𝙼á𝚏𝚒𝚊 𝙸𝚝𝚊𝚕𝚒𝚊𝚗𝚊 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora