22 DE ABRIL | 56

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| POV SARA RAMIREZ CAPSHAW |

Abril de 2034...

- mãe, estou indo para o trabalho.
Poppy desde as escadas, enquanto a acompanho com os olhos, do sofá.
- ok. Toma cuidado nessas ruas.
- mãe, eu tenho 22 anos.
Ela diz, aproximando-se de mim.
- eu me preocupo mesmo assim.
- eu sei.
Ela deixa um beijo no topo da minha cabeça.
- Mãe, estou indo!
Ela grita, para que Jessica ouça do quarto.
- ela não deve ter escutado.
- é a idade.
Me responde, indo em direção a porta da casa.
- te amo, mãe.
- também te amo, filha. E cuidado.
Provavelmente, ela não ouviu a última frase já que fechou a porta com uma pressa. O atraso é de família, mesmo.
- Poppy já foi?
Jessica desce as escadas, enquanto fala comigo. Apenas a observo, ignorando sua pergunta.
- oiii, amor? Terra chamando.
- estou casada com você há 14 anos e nunca vou cansar de dizer em como você é linda. Nossa, senhora.
- são seus olhos, meu amor.
Ela aproxima-se de mim, entrelaçando seus braços por meu pescoço.
- seus olhos são como o mar mais límpido do mundo. Eles são perfeitos.
Ela não diz nada, apenas junta nossos lábios lentamente.
- ok, o que você quer me elogiando tanto? Se for sexo, só a noite. Não temos mais idade para ficar fazendo em qualquer móvel da casa... Ou na mesa.
Ela sorri, afastando-se.
- você só pensa em putaria.
- sempre eu.
- sempre você, mesmo.
Ela pega a sua bolsa em cima da mesa.
- vamos?
Pego a minha que está no sofá.
- vamos.
- você dirige.
- você que vai dirigir.
Digo, entregando a chave para ela. Estou com zero vontade de dirigir.
- foi uma ordem, Sara.
- uma ordem?
Pergunto, mordendo o lábio.
- que você vai cumprir.
- será que vou?
- eu acho melhor.
Ela diz, arqueando as sobrancelhas.
- quer repetir o que aconteceu em Mazatlán na nossa lua de mel?
- sem sexo na mesa, amor.
- e no carro?
- no carro pode.
Ela responde, abrindo a porta da casa.
- depois eu que sou a safada do relacionamento.
Digo, baixinho para mim mesma.
- eu ouvi, ein.
Está velha, mas a audição continua intacta.
- mas eu nem falei nada.

| POV JESSICA RAMIREZ CAPSHAW |

45 minutos depois...

É impossível: sempre tem provocações e pegação no carro. Não importa a quantidade de anos que se passam, a gente sempre faz isso.
- por que Shonda marcou em um restaurante, não na casa dela?
- e por que você tem reclamar de tudo?
- não estou reclamando.
Ela desliga o automóvel, na vaga do estacionamento.
- Você tá ficando ranzinza. Não sei se aguento mais dois anos com você.
Digo, pegando a bolsa no banco de traz.
- muito engraçadinha.
Ela também pega a dela. Descemos do carro e subimos a calçada do restaurante. Nossas mãos entrelaçadas, naturalmente brincam uma com a outra. A de Sara mexe em minha aliança, enquanto a minha só sente o leve calor da dela.
- bom dia, senhoras.
Uma moça simpática nos recepciona.
- bom dia. Temos uma reserva no nome de Shonda Rhimes.
- Por aqui, por favor.
Ela nos guia para uma mesa mais afastada, que está ocupada por nossa madrinha de casamento.
- obrigada.
Dou um leve sorriso para a moça.
- olá, meninas.
- Shonda, nós deixamos de ser meninas há muito tempo.
- isso é verdade.
Sara concorda, abraçando-a. Faço o mesmo, e nos sentamos.
- qual a desse encontro matutino?
Minha esposa pergunta, tomando um pouco da água que havia em seu copo.
- eu queria conversar com vocês primeiro, sobre algo que envolve uma quantidade significava de pessoas.
Ela responde, arrumando sua postura.
- ok...
Digo, colando minhas mãos na mesa.
- eu quero fazer um reencontro do cast de Grey's Anatomy para celebrar os 15 anos de fim.
- Shonda, você sabe...
Uma lágrima imediatamente escorre por meu rosto.
- eu sei...
- é algo extremamente delicado...
Sara fala, secando também algumas lágrimas.
- por isso que quis falar com vocês primeiro. Ellen era madrinha de vocês, assim como eu.
- você já falou com marido dela?
Minha esposa pergunta.
- ele autorizou o uso de imagem.
Shonda responde, suavemente. Olho para Sara, que espera que eu diga algo.
- quando você vai falar com os outros?
- marquei uma reunião com a maioria para hoje a tarde.
- podemos pensar e te responder lá?
- Claro. Tomem o tempo que precisarem.
Ela toca delicadamente meu braço.
- o que exatamente você está planejando?
Sara pergunta, agora mais inteira.
- quero recriar algumas cenas marcantes.
- ok. Nós vamos pensar e te avisamos mais tarde.
- a reunião está marcada para às 16h.
- estaremos lá.
Respondo, mesmo antes que Sara possa responder.
- eu preciso ir, infelizmente. Mas, como as crianças estão?
Rhimes pergunta, levantando-se.
- tirando que não são mais crianças, estão ótimos.
- precisamos marcar um jantar lá em  casa.
Ela diz, sorrindo de canto.
- com certeza.
Sara responde, sorrindo também.
- vejo vocês mais tarde.
Ela toca levemente meu ombro e saí restaurante à fora.
- o que você acha?
Viro-me para Sara.
- eu não sei. Fazem 8 anos, mas parece que foi ontem.
- exatamente.
Brinco com a ponta de meus dedos, buscando alguma resposta que fosse.
- por um lado seria a memória dela viva para os fãs novamente, e pelo outro, o nosso sofrimento ao lembrar dela.
- Shonda já tem os direitos, mesmo que nós não participemos, ela vai usar.
- sim...
Ela respira fundo, também tentando encontrar uma resposta.
- você quer participar?
Ela pergunta, pegando em minha mão sob a mesa.
- você sabe que eu amo a Arizona e Calzona.
- eu amo os fãs comentando sobre elas.
Ela solta um sorriso, que me faz sorrir também.
- então,...
- então, estamos dentro?
- estamos dentro.
Digo, balançando a cabeça positivamente.
- vamos para casa?
- claro.
Levanto-me, deixando o dinheiro da água sob a mesa.

20 minutos depois...

- alô, filho.
- oi, mãe. Tudo bem?
- sim. Estou dirigindo, mas está conectado no alto falante do carro.
Sara responde, parando no sinal.
- mãe Jessica?
- estou aqui, filho. Está tudo bem? Sua voz está meio estranha.
A voz dele possui um peso diferente.
- sim e não.
- o que aconteceu?
Sara pergunta, preocupada.
- eu vi alguém quando saí do escritório hoje.
- viu alguém?
Sara anda novamente com o automóvel, seguindo na mesma rua.
- eu vi meu pai, eu acho.
- como assim você viu seu pai?
Sara pergunta, confusa.
- eu não tenho certeza se era ele.
A voz do outro lado da linha responde.
- 22 de abril de 2034.
Sara diz, olhando para mim e soltando a respiração.
- 22 de abril de 2034.
Repito, captando o que ela havia lembrado.
- o que tem o dia 22 de abril de 2034?
A voz confusa de Luke se faz presente.
- é o dia que seu pai deveria ser solto.
- há dois dias atrás.
Ele diz, e um silêncio se faz presente.
Apenas olho para Sara, que troca rápidos olhares entre eu e a estrada.
- podemos almoçar mais tarde?
A voz grave de nosso filho pergunta.
- é claro.
- no mesmo restaurante de sempre.
- ok.
Sara concorda, mas não desliga a ligação.
- você está bem, filho?
- eu não sei...
Sua voz era pensativa, um pouco distante.
- filho, vamos trocar o restaurante por nossa casa?
Sara diz, esperando a resposta de nosso filho.
- aham.
Simples, curta e direta; essa foi sua resposta. Alguns segundos passam e ele desliga. Um silêncio paira pelo carro, somente o barulho da agitação de Los Angeles pode ser ouvido. Foi assim até chegar em casa.
- vai ficar tudo bem, ok?
Sara me abraça, me fazendo sentir sua confiança e proteção.
- ok.
- é melhor nós tentarmos chamar as meninas para almoçar aqui também.
Me diz, colocando um fio de cabelo atrás de minha orelha.
- vou telefonar para elas.
Sorrio de canto, depois deixo um leve beijo em sua bochecha.


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Olá, pessoas. Vamos lá:

• tivemos um pulo atemporal de 14 anos, que nos levaram para o ano de 2034;
- uma listinha com a idade dos personagens principais:

Sara: 59
Jessica: 58
Luke: 27
Eve: 24
Poppy: 22
Josephine: 18

• passos bem importantes da fic nesse capítulo;

• o que será que aconteceu com a Ellen Pompeo? A autora surtou, é isso.

• cuidem-se e beijos da autora; 🧡








Universe and U • Capmirez | CalzonaWhere stories live. Discover now