Capítulo Dois

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Era estranho pisar aqui novamente depois de tanto tempo e não encontrar meu pai vindo me receber com seu costumeiro sorriso largo. Era estranho estar de volta em casa, sabendo que tudo tinha mudado.

Meu pai havia morrido, e agora eu era o Duque.

Lembro-me de estar em Gales quando recebi o telegrama de que meu pai estava morrendo. Eu esperava chegar antes dele falecer, mas não consegui... Eu estava distante quando ele mais precisou de mim.

Respirei fundo andando pelo longo corredor, apesar de ter chegado a Londres a apenas três dias, só agora que piso nessa casa por insistência da minha madrasta.

Gordon, o mordomo da família a gerações, me indicou para qual sala eu deveria seguir, e que minha irmã e madrasta estavam me aguardando.

Aconteceria a leitura do testamento, eu não queria pensar nisso agora, mais Amelina, a Duquesa viúva e minha madrasta insistiu em resolvermos isso o mais rápido possível.

– Theodore? – chamou uma voz que eu conhecia tão bem quanto a minha própria – Oh Theodore!

Seraphina , minha irmã, correu para meus braços enxugando as lágrimas.

– Calma, Phinie – passei minhas mãos carinhosamente por seu cabelo castanho escuro, que nos dois puxamos de nosso pai – Estou aqui...

– Estou tão triste, Theodore – ela se afastou um pouquinho para que eu pudesse ver seu rosto, aproveitei para enxugar suas lágrimas com o lenço que eu tinha – Ainda não consigo acreditar...no escritório tem um retrato do papai...não consigo olhar sem chorar ...

– Pedirei para que troquemos de sala – beijei sua testa. Eu não gostava de ver minha irmã chorar, Seraphina era apenas cinco anos mais nova que eu, fruto do segundo casamento do meu pai com Amelina. E apesar de Phinie já estar casada, ela ainda era uma criança para mim.

– Não faça isso, Theo – ela tentou se recompor, primeiro secando as lágrimas e depois ajeitando os fios de cabelo que se soltaram do penteado simples que ela usava – Mamãe insistiu para que fizéssemos isso no escritório do papai, ela disse que se sente melhor lá. Não quero causar mais dor nela.

– Tem certeza? – perguntei disposto a ajudar.

– Tenho – ela assentiu passando as mãos em seu vestido de luto – Acho que posso aguentar isso estando com você ao meu lado.

Apertei sua mão para mostrar meu apoio.

– Onde está seu marido?

– Pedi para que Jordan não viesse – ela respondeu – Achei que podia fazer isso.

– Vou pedir para que mandem ele aqui – falai sabendo que ela se sentiria melhor na companhia do marido – ele sabe como conforta-la.

O casamento de Phinie foi por amor. Diferente da maior parte da alta sociedade, Seraphina e Jordan se amavam de uma maneira avassaladora.

Roubando o Duque [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora