Capítulo 7

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*Anne Magalhães*

Saio do quarto do Jake ainda chocada com o que James fez. Balanço a cabeça para espantar esses pensamentos e vejo que já é hora dos remédios do senhor Oliver, meu outro paciente. Ele é bem dócil e calmo, ele conversa muito comigo diz que quer me apresentar a esposa dele e eu apenas concordo mesmo sabendo que ela já morreu a alguns anos.
Pego os remédios dele e ando até a cantina para pegar um bolinho, ele adora bolinhos. O sorriso dele quando vê é tão sincero que me deixa feliz, então sempre levo para ele.

- Jujuba, como está indo? - Nat pergunta.

- Bem, estou indo levar os remédios do senhor Oliver e depois vou no Jardim conhecer minha outra paciente. - digo.

- Você está realmente gostando de trabalhar aqui né? - Pergunta.

- Muito, fiquei insegura no começo mas agora vejo que estou me saindo bem. - falo rindo.

- Eu disse, você é a melhor no que faz maninha. - ele me dá um beijo na testa. - Agora preciso ir, estou atrasado para o meu próximo paciente.

- Ok, beijo ogro. - falo.

Ando até o quarto do senhor Oliver e entro, ele está sentado olhando para a janela.

- Olá senhor Oliver. - falo.

- Oi menina Anne. - ele sorri para mim.

- Eu trouxe seus remédios. - falo e o ajudo a tomar tudo. - Também trouxe um bolinho.

Ele abre um sorriso contagiante. Ele é tão fofo gente, passa aquela sensação de avô.

- A menina Anne, você é um anjo. Muito obrigada, Mary vai adorar conhece-lá. - ele diz.

- O senhor ama muito ela não é? - Pergunto.

- Mais que a mim mesmo menina, Mary é o amor da minha vida e eu agradeço todos os dias por tê-la em minha vida. Poucas pessoas chegam a ficar com sua verdadeira alma gêmea, a Mary é a minha. - Ele fala. - Você está noiva não é menina Anne?

- O senhor se lembra. - falo rindo. - Sim senhor Oliver, estou noiva.

- Não vejo brilho em seu olhar minha filha, nem mesmo a alegria de uma noiva. - ele diz e eu fico chocada. - Você é uma menina tão boa Anne, merece achar sua alma gêmea. Alguém que faça seus olhos brilharem.

- Obrigada senhor Oliver. - falo segurando suas mãos.

- Pense bem menina, quando achar a sua verdadeira alma gêmea seus olhos vão brilhar apenas ao lembrar dele. - fala.

- Pode deixar senhor Oliver, eu vou lembrar disso. - falo e dou um beijo em sua testa.

Me despeço e saio de lá com a cabeça a mil. Ele tem razão por um lado, eu não estou uma noiva alegre aliás muito pelo contrário eu estou uma noiva desconfiada. Ando pelo corredor até que esbarro em alguém.

- Desculpa! - falo vendo a loira doidinha ali.

- Não tem problema, está indo almoçar? - Pergunta.

- Ainda não, preciso ver a minha outra paciente. Estava indo para o jardim. - dou de ombros.

- A não precisa, já cuidei da Scarlett.

- Você é a melhor! Obrigada. - falo.

- O que vai fazer hoje a noite? - Pergunta.

- Nada, mas podemos fazer a noite dos filmes o que acha? Eu chamo meus amigos e comemos besteiras. - dou a idéia.

- Amei! Que horas? - Pergunta.

- Podemos ir direto do trabalho, eu te empresto uma roupa minha.- falo animada.

- Tudo bem. - ela fala.

Nos abraçamos e continuamos conversando até o refeitório peguei a comida do James e a minha, coloquei na bandeja e fui para o quarto dele.
Os seguranças abriram a porta e eu quase babei com a cena que vi, James deitado sem camisa apenas de moletom. Mulher se controla!
Respirei fundo e fui até a mesa colocando a bandeja lá.

- James? - chamo baixo para não assusta-lo

Ele não responde. Ando até a cama e me abaixo para tentar acordar o mesmo, chamo ele baixinho e nada. Senhor esse homem morreu certeza. Balanço ele e chamo mais alto, ele abre os olhos e me agarra me colocando na cama e ficando em cima de mim. Arregalo os olhos surpresa e vejo a respiração dele acelerada, fico com medo.

- James? - Pergunto.

- Borboletinha. Me desculpa... e-eu não queria assustar você. - ele fala me soltando.

Ele me olha parecendo arrependido e olha por todo meu corpo vendo se tinha me machucado.

- Não tem problema, eu não queria te assustar. Eu te chamei mas você não me escutou. - falo olhando em seus olhos.

- Me desculpa por favor, eu me assustei. Não queria te machucar, eu nunca faria isso me desculpa. Você está bem? Eu machuquei você? - ele pergunta desesperado.

Vejo os olhos dele se enchendo de lágrimas e me assusto mais ainda, aí meu Deus o que eu faço.
Só me dou conta que o puxei para mim quando sinto os braços dele ao meu redor. Ele abraça minha cintura enquanto deita a cabeça no meu peito.

- Ei calma, tudo bem. Desculpa por te assustar. Você não me machucou não se preocupe ok? - falo tentando acalmar ele.

- Tem certeza? Não quero que fique com medo de mim, eu nunca machucaria você acredite em mim por favor. - ele fala.

- Shh, tudo bem. Eu sei, acredito em você se acalma. - falo limpando as lágrimas dele. - Vem vamos almoçar. Se importa que eu coma aqui?

- Nunca, você poderia comer comigo sempre né? - ele pergunta.

- Vou pensar no seu caso. - falo rindo e ele ri também.

Não sei porquê mas vê ele chorando preocupado que eu ficasse com medo dele apertou meu coração. Ele realmente ficou mal com a possibilidade de ter me machucado.






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