22 - Positivo

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- Morgan? - A chamei assim que percebi seus batimentos desacelerar aos poucos, e sua mente estar um turbilhão.

Antes que ela vá ao chão, apareci ao seu lado e a peguei à tempo. A deitei na cama e tentei acordá-la, a mesma não acordou e fiquei sem mais ideias. Seus batimentos antes lentos, agora se viam estáveis. Tentei ler a sua mente, mas não vi nada de importância, só uma mente confusa no momento.

Vi seus olhos se abrirem aos poucos, e ouvi-la sussurrar meu nome. A olhei atenta, e percebi ela voltando aos poucos, até abrir os olhos e me olhar séria. Pelo menos acordou.

- Wise.

- Sim?

-... Nada. Era só para provar que está aqui mesmo.

Esbocei um sorriso de lado.

- E estou! - Sorri aberto desta vez - Mas, você ainda não me disse o que aconteceu.

- Foi só.. Um desmaio, eu acho. Estou bem!

- Se você diz. Ainda está com fome?

- Não... Perdi minha fome com dois pedaços de pizza.

Fiquei quieto. Isso não era normal de um ser humano. Antes que ela diga qualquer coisa, resolvi checar se está com febre, essa coisa ou doença que os humanos tem.

Morgan ficou com os lábios entreabertos, estamos perto de mais. E sim, ela está com febre; as bochechas avermelhadas até o nariz, e há minúsculas partículas de suor em sua face. Eu poderia.. Posso.. Curá-la. Conheço tal doença - ou não - dos humanos, é fácil. Minha mão ainda em seu topo, a curei aos poucos, e suas bochechas voltaram a ter a cor de antes.

Como antes, ela sabia sobre minhas tentativas de ficar perto dela como eu quero, posso tentar algo agora. Sem demonstrar muito, me aproximei. Ela se afastou, ainda fraca, li em sua mente que queria sair da cama, mas não a atendi. Continuei até consegui sentir o que eu tanto queria sentir de novo. Seus lábios. É uma sensação nova, e não preciso do medo dela para isso.

Morgan não reagiu. Claro que não. Sua raiva eu conseguia sentir, mas está tão fraca. Eu senti ela me empurrar fraco, me afastei rapidamente, claro, humanos são tão frágeis!

A humana a minha frente respirou forte com seus batimentos acelerados novamente, Morgan respirou e inspirou devagar, acalmando seu frágil coração.

- Não irei machucá-la. Não mais.

- Você não sabe disso.

- Talvez. Mas não quero feri-la. - Sim. Eu já descarreguei toda a minha raiva na punição que fiz à ela. Não irei fazer novamente, irei tentar.. Me controlar desta vez.

O olhar que ela me dirigiu, foi um olhar nada confiante, e medroso. Novamente sorri, e toquei meus lábios nos seus mais uma vez, e de novo, e de novo. Desci até seu pescoço, onde não pude deixar de morder e lamber ao sentir seu sangue, quando sua pele foi perfurada por meus dentes.

Morgan ainda estava sem reação alguma. A humana sentia medo, e não dava mais para me impedir, pois irei até o fim. E isso aconteceu. Ouvir meu nome várias vezes em sua voz é algo engraçado, mas é bom. Muito.. Bom.

Acabamos abraçados, e sem veste alguma. Morgan estava descansando - dormindo - ao meu lado, e a puxei para mais perto de mim. Eu não preciso necessariamente dormir, mas durante os dias que estive com esta humana, foi diferente. Eu queria, e quero, ficar o tempo todo perto dela; sei que ela não pensa igual à mim, mas é isso que eu quero. Eu a quero para mim. Ela ainda é minha pressa. A fazendo ser minha.

𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷𝑎 𝐶𝑜𝑖𝑠𝑎 | IT A COISA +18Where stories live. Discover now