Jude e a terceira rival

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Eu não conseguia prestar atenção nas aulas que eu tive durante todo o período que se passou desde a semi humilhação que eu sofri por parte Max Simmons naquela fatídica quarta-feira, mas o pior foi que eu não conseguia sequer pensar em nenhum modo de me vingar dela.

É, Jude Wallace, você estava enfraquecendo novamente. O pior de tudo era que minha psicóloga tinha percebido e conversado com minha irmã, que agora enchia ainda mais meu saco, me ligava todas as noites em que estava no plantão e queria conversar comigo todas as noites em que estava em casa, afim de tentar sempre estar presente na minha vida, coisa que ela nunca tinha feito, até mesmo quando estive em coma era meu cunhado que cuidava de mim.

Somado a essa perseguição sem sentindo, ainda tinha Erick que estava mais grudento do que nunca, mesmo comigo tentando a todo custo recusar os convites dele, ele continuava a me perseguir até mesmo em casa, querendo me visitar as vezes. Então, para finalmente dar um fim naquilo, eu o convidei pra caminhar comigo de manhã.

Naquela manhã vesti normalmente meu moletom que usava pra correr, ainda mais no frio que fazia, calcei os sapatos e desci; encontrando meu cunhado batendo boca com o nosso provedor de internet.

— Onde você tá indo?

— Caminhar.

— Tá frio lá fora.

— To agasalhado.

— Sabe que não pode ir sozinho.

— Tudo bem, to indo com meu colega de classe.

Ele me olhou desconfiado, cerrando os olhos, mas concordou logo em seguida, me pedindo para que mantivesse avisado e que o procurasse quando chegasse. Acatando seu pedido, sai pela porta de trás e me dirigi a saída pela cerca, onde o bosque ficava. Dali, caminhei por dez minutos antes de encontrar Erick parado em uma árvore; ele logo acenou animado quando me viu.

— Achei que não fosse aparecer nunca — ele me deu um beijo no rosto, isso porque consegui desviar a boca, e sorri sem jeito pra ele. — O que queria conversar comigo?

— Vem — eu o puxei pelo braço e o fiz caminhar comigo por algum tempo.

— E então, vai falar ou não?

Parei no meio do caminho e me virei, respirei fundo e olhei para ele; Erick tinha quase dois metros de altura e meu pescoço sempre doía um pouco toda vez que eu parava perto dele porque tinha que ficar olhando pra cima e eu era relativamente mais baixo do que todos os garotos da escola.

— Esse nosso lance... Já deu, né?

O sorriso de Erick sumiu de repente, ele que pareceu animado todo o caminho estava agora com um rosto de confuso.

— O que? Por que?

— Ah, fala sério, Erick! — Disse, começando a gesticular, mexendo as mãos na frente do rosto de modo aleatória e angustiado. — Viu o show da Max? Eu gosto do Mason! E esse nosso lance aqui nem é de verdade, né? A gente só se beija de vez enquanto debaixo daquela arquibancada suja, né?

— Claro que não! — Ele disse, quase gritando, com os braços gesticulando e as penas o fazendo caminhar de um lado para o outro, sua expressão era a pior possível. — Olha só, a gente teve esse... Esse caso e no início era até assim, mas eu gosto de você.

— Erick, não começa, por favor — disse, quase sorrindo. — Caso? Isso nem chega a ser um caso. Você não gosta de mim, é só capricho seu.

Ele esfregava o rosto com as duas mãos, ficando vermelho e obviamente irritado, mas eu sinceramente não acreditava nessa história de estar gostando de mim. Erick Oliver só gostava de si mesmo e ele próprio tinha deixado claro de que não era gay e aquilo era só um passatempo.

Quem Vai Conquistar Mason Harris? - Romance GayWhere stories live. Discover now