Ele franziu a testa e bufou irritado.
- Você está ficando sem graça. - Reclamou cruzando os braços, como uma criança.
- É por eu estar sobrevivendo aqui por bastante tempo. - Murmurei.
- Então.. Está perdendo o seu medo? - Se aproxima e suas mãos ficam um em cada lado de meu corpo, com o rosto próximo ao meu. Respiro fundo.
- Talvez... - Digo baixinho.
Ele abaixa a cabeça, e sinto sua respiração quente em meu pescoço, me fazendo se arrepiar.
- Mas... Ainda tem medo. Mas está enfraquecendo. E não vou deixar que enfraqueça. - Diz me olhando com um sorriso de lado.
Arregalei os olhos em resposta, e ele ri fazendo seus olhos se fecharem. Ele os abre e se afasta saindo do quarto.
- Eu vou fazê-la sentir medo de novo. Será um bom passa-tempo. - Diz de costas e sai do quarto.
Depois desse dia, Penny cumpriu com sua palavra. Tive muitos pesadelos. Acordava sempre no pulo e ele estava lá rindo.
Certa vez, estava indo dormir e ele me deu um sorriso macabro dizendo "Tenha bons sonhos". Já estranhei deste o início. Não dormi até sentir minhas pálpebras cansarem e meus olhos ansiando para serem fechados e descansarem. Mas isso foi uma "jogada" difícil para mim. Acabei caindo no sono e não foi nada bom.
Estava em uma cadeira, presa à ela. Escutei risadas do palhaço, me irritei sentindo medo. E ele aparece. Aparece com meu pai. O qual estava chorando e se debatendo.
- Não... Papai!
Wise sorriu para mim e sua atenção cravou nele. Apertou as bochechas de meu pai, e se aproximou do pescoço dele. O mordeu. Gritei.
- Não! Pare! Por favor!
Eu nunca havia visto ninguém morrer na minha frente. Penny degustou a pele de meu pai, arrancando parte por parte. Eu chorei e me debatia.
- Pare! Por favor, Pennywise! Pare!
Era inútil. Os gritos de meu pai eram estridentes. Me faziam querer tampar meus ouvidos. Até que ele o deixou no chão já sem vida.
Senti ser livre da cadeira, e corri até meu pai. Me ajoelhei e vi o estrago que Penny deixou nele. Chorei muito.
- Oras, que foi? Não gostou do espetáculo? Mesmo sendo.. Delicioso!
- Você é um monstro! - Gritei o olhando. Foi o fim para mim.
Ele me agarrou no pescoço, e me ergueu me fazendo se debater.
- Chegou sua hora. Hora de... Flutuar!
Eu vi sua boca se abrindo. Vi luzes amarelas no fundo dela. E por fim, vejo o sofrimento de todas as crianças desaparecidas de Derry.
Acordei entre gritos e recebo a visão de Wise em cima de mim com um sorriso enorme.
- Viu só? Era só dar um empurrão, e seu medo aparece!
O olhei com raiva. Enxuguei as lágrimas e o fitei com raiva.
- Isso.. Foi horrível! - Gritei - Eu te odeio! Te odeio! Te odeio! - Lhe dei socos e chutes em seu tórax coberto pela roupa.
O palhaço segura meus braços, e assim que ia prender meus pés, acabo desferindo um chute em seus.. Documentos. Wise me olhou de jeito sombrio e mais assustador que o normal.
- O-olha... M-me desculpe!
Então.. Ele gargalha me fazendo se apavorar.
- Você acha mesmo que isso doeu?
YOU ARE READING
𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷𝑎 𝐶𝑜𝑖𝑠𝑎 | IT A COISA +18
HorrorMorgan Russell, é uma jovem de dezoito anos que vive na pequena cidade Derry Mayne, a cidade assombrada. Seu pai sendo traumatizado pela "coisa", não pode mais voltar para aquele lugar, e isso prejudica Morgan, que acredita que pode ser uma presa fá...
12 - Trégua
Start from the beginning