— Eu tenho que dizer a ela, não sei como ela descobriu nem... — Donghyuck ficou em silêncio, pensativo, até que um flash clareou as águas escuras e duvidosas de sua mente.

Como ele pôde ser tão cego? Ele franziu o nariz e o cenho. Agora sim ele a odiava, agora ele tinha motivos reais para assegurar seu ódio por aquela pessoa. Ele já sabia, era tão previsível, não precisou de muito para que juntasse os pontos.

— Amor?

Donghyuck hesitou, cerrando a mandíbula. Sentiu nojo, tristeza e raiva, tudo junto e misturado.

— Nayeon, foi... eu... eu sei, ela, Nayeon sabia, Nayeon... que... Idiota, Mark, ela sabia de tudo — a respiração dele tremeu, ficou pesada — Mark, Nayeon sabia, ela é a única que poderia fazer isso — disse desesperadamente — Quem mais faria isso? — perguntou sem esperar resposta — Fez porque quer que eu me afaste de você, estragou tudo, já que ameaçou contar pra minha mãe se eu não conseguisse um encontro com você. Mark, Nayeon contou pra ela — soluçou de novo — Ela estragou a minha vida — soluçou — Eu a odeio, eu a odeio, eu a odeio, eu a odeio — chorou muito agarrado ao corpo de Mark.

O canadense franziu a testa lentamente, segurando o corpo trêmulo de Donghyuck contra seu torso. Nayeon machucou Donghyuck, machucou seu namorado, seu pequeno sol.

Mark não disse nada, Donghyuck não precisava ouvir o que ele estava pensando agora, era melhor desabafar diretamente com a pessoa culpada de tudo isso. Ele nem mesmo precisou confirmar sua culpa, como Donghyuck havia dito: Quem mais poderia? Não interessava a ninguém se intrometer em seu relacionamento, tirando Hendery que nem conhecia os problemas reais, apenas Nayeon os conhecia.

A mãe de Donghyuck não poderia descobrir sozinha quando ela nem estava na cidade, era impossível. Sim ou sim alguém era um fofoqueiro mal intencionado, e entregou a situação.

O moreno cerrou os maxilares. Não largou Donghyuck em nenhum momento, ele o segurou nos braços esperando que nada se ouvisse lá fora, até que o pobre garoto desmaiou de sono contra seu peito. Mark pensou enquanto sua mão corria continuamente pelo cabelo de seu namorado. Não queria deixá-lo sozinho.

Mark não gostava de discussões, evitava discussões diárias a todo custo em sua vida, mas havia momentos em que ele deixava seu pensamento pacífico de lado e se tornava o ser mais desagradável que você poderia encontrar. Quando se tratava de Donghyuck, ele podia fazer coisas que nem sempre eram corretas segundo o jeito que ele tinha sido criado, e olha que não gostava de falhar em sua ética. No entanto, ele não suportaria que levassem a integridade de seu namorado.

Descobrir que alguém estava atacando Donghyuck o deixa tão furioso que ele não pensa muito antes de agir. Mark estava naquele transe em que queria ir atrás de Nayeon e deixá-la saber algumas coisas, e já estava longe de ser legal, seria cruel. Mark estava tão chateado que queria vê-la arrependida por tudo que tinha feito de uma maneira nem um pouco delicada.

Ele descansou sua bochecha no cabelo de Donghyuck e suspirou. Cuidaria de qualquer um que quisesse prejudicar seu pequeno. O amava tanto que sua afeição por ele parecia irreal, adorava seu lindo menino, não o trocaria por nada ou ninguém no mundo. Estava tão grato por tê-lo encontrado, por conhecê-lo em seus aspectos mais estranhos, suas atitudes que frequentemente o estressam, mas aquele desastre consistia em quem era Lee Donghyuck.

Passou o dedo pelo touchpad do computador para que a tela se iluminasse e mostrasse a hora. Era tarde, muito tarde, cerca das duas da manhã. Ele não conseguiria dormir mais, não tinha opção a não ser ficar acordado e esperar pela luz do dia.

Fechou o computador depois de desligá-lo e colocá-lo no chão, fazendo uma nota mental para não esquecer de que estava ali. Em seguida, pegou a ponta do lençol para abri-lo e cuidadosamente colocá-lo sobre Donghyuck. Olhou para ele ao cobri-lo, penteou seu cabelo.

Mom, I'm gay too『Tradução pt/br』 | MarkhyuckWhere stories live. Discover now