S E T E

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Mark estava fazendo faxina em sua casa, seus pais tinham o mandado fazer isso porque estariam fora no fim de semana com a desculpa de ir visitar amigos. Ele concordou em ficar sozinho, já sabia que Donghyuck apareceria em sua casa de qualquer maneira.

O ruim é que não tinha noticia alguma sobre ele há alguns dias. Ligava e ele não atendia, sequer visualizava as mensagens, que nem mesmo chegavam até ele. Era preocupante, já que Donghyuck não costumava simplesmente ignorá-lo.

Não era como se Mark pudesse ir vê-lo em sua casa também, tinha medo de ir e encontrar a mãe de Donghyuck. Ele preferia evitar ter que vê-la, mas tinha certeza de que o ruivo apareceria mais cedo ou mais tarde.

Com suas luvas de cozinha, cantava uma das músicas que Donghyuck vivia ouvindo, obviamente de seu grupo favorito, e que agora estava grudada em sua mente, enquanto lavava a louça suja. Ele se virou quando ouviu a campainha, grunhiu descontente, estava ocupado, não tinha tempo de abrir a porta.

Tirou as luvas, fechou a torneira e foi até a sala de estar para chegar à porta da frente. Procurou as chaves para poder abri-la, sem perguntar quem era antes — coisa que sua mãe sempre insistia que fizesse —, apenas abriu.

O pai de Donghyuck estava parado do lado de fora de sua casa, com uma expressão calma e gentil. Ele não esperava vê-lo ali, já faziam semanas que não tinha nem um único contato com o mais velho, era estranho que ele aparecesse em sua casa

— Boa tarde, Sr. Lee, em que posso ajudá-lo? — Mark perguntou sendo o mais formal possível, ouvindo uma risada ao fundo — É repentino vê-lo aqui.

Donghyuck estava lá e ele nem havia percebido, quando notou, sua sobrancelha franziu e ele sentiu necessidade de receber explicações.

— Boa tarde, Mark — O sogro cumprimentou — Lamento não ter avisado que estava vindo, mas Donghyuck insistiu que fosse uma surpresa.

— ...Ok — Arredou para o lado, ainda confuso, apontando para o interior de sua casa — Você pode entrar, espere na sala, não tem ninguém — Pediu, esperando os dois entrarem.

O pai de Donghyuck agradeceu indo direto para a sala, mas Mark agarrou seu namorado pelo braço antes que ele pudesse seguir seu pai.

— Hyuck, que merda é essa? Não tô entendendo, o que tá acontecendo? — Mark sussurrou apontando com o queixo em direção à sala de estar, onde o pai de Donghyuck estava.

— Já já você descobre, não fica com medo, bebê — Ele deu um tapinha na bochecha do namorado, sorrindo — Eu não vou te dar spoiler.

— É estranho que você apareça como se nada tivesse acontecido depois de me ignorar...

— Eu quebrei meu telefone, não estava te ignorando — Interrompeu agarrando seu pulso — Por que eu iria te ignorar? Não tem motivo pra isso.

— Hm, tendi, mas depois o senhor vai me dar explicações melhores — Mark decretou indo para a sala.

Os três estavam sentados, em silêncio, esperando que o assunto da conversa começasse. Mark estava ansioso, não entendia nada do que estava acontecendo, podia-se até dizer que estava com medo. Ele olhou para o pai de Donghyuck, passando as mãos pelo pescoço.

— Uh... e então? — Mark perguntou lambendo os lábios — O que houve?

— Bem, Mark, estou aqui para ter aquela nossa conversa que está pendente há uns dez meses — Ele olhou para Mark e então para seu filho, confirmando que o tempo que disse estava correto. Donghyuck acenou com a cabeça.

— Que conversa? — Mark questionou eminentemente intrigado, questionando Donghyuck com os olhos — Desculpe pela incompetência, mas eu realmente não tenho ideia do que vai acontecer agora.

Mom, I'm gay too『Tradução pt/br』 | MarkhyuckWhere stories live. Discover now