Encontro Inesperado

Começar do início
                                    

Dali duas noites Iwa vai emboscar o Kazekage e, até então, não conseguiram contato com Konoha e com Tobi ali seria impossível tentar mais uma vez. Só torcia para que o mascarado fosse embora logo para que pudessem e – dessa vez – tivessem sucesso em contatá-los.

No dia seguinte, ela ficou encarregada de se infiltrar no campo de treinamento clandestino que tinha descoberto escondido no solo, substituindo um Ninja que capturaram e interrogaram, apenas para ter certeza de que os planos – sobre a emboscada do Kazekage – continuavam em andamento.

E no meio daqueles Ninjas, através do Henge no Jutsu – Técnica de Transformação – como o homem, teve uma ideia um tanto audaz: roubar alguns pergaminhos secretos de Doton – Liberação de Terra.

A partir do momento que aceitou se aliar a Akatsuki era considerada mercenária, então por que não se aproveitar disso? Politicamente já estava condenada, então não influenciaria negativamente em mais nada da qual não pudesse lidar e ainda por cima conseguiria melhorar as próprias habilidades.

Foi com aquela conclusão que invadiu o quarto privativo que pertencia ao Gobi, que desde que se infiltraram não apareceu e desconfiava que só apareceria na tal reunião. Depois de vasculhar todo o lugar e encontrar um baú escondido com o mesmo selo que escondia no solo aquele grande campo de treinamento, avaliou as técnicas mais úteis e as copiou para um pergaminho próprio, pois se roubasse perceberiam, descobrindo que tratavam-se de técnicas que foram utilizadas até mesmo por algumas gerações de Tsuchikage – Sombra da Terra.

Por que estavam ensinando Ninjas de patentes comuns técnicas especiais e secretas pertencentes aos Líderes de uma das Grandes Nações Ninja?

Aquilo estava se tornando cada vez mais perigoso e não se referia a si mesma, mas ao mundo Shinobi. Iwagakure estava indo longe demais para uma Vila que só queria disputar pelas fronteiras.

Antes de sair, estudou o quanto pôde as demais técnicas com o intuito de se preparar para quando enfrentá-los e saiu dali na surdina, da mesma maneira como entrou.

Quando voltou para o esconderijo, já no fim do dia, se deparou com Tobi dormindo e Itachi lendo um pergaminho. Pensou em cumprimentá-lo, mas achou arriscado, pois não conseguia acreditar que aquele mascarado cínico estivesse realmente dormindo, por isso só tirou o manto negro e avisou que iria se banhar, saindo em seguida.

Ao voltar, foi recebida por uma animação contundente.

— Você voltou, Haru-chan! — a exclamação infantil a vez respirar fundo discretamente. Passou pelo mascarado ignorando os braços abertos em sua direção numa menção de abraçá-la e pegou o manto negro, vestindo-o com calma — Que tal caçarmos?

— Passo.

— Por quê? — o tom dele desceu dois décimos, aparentando chateação — Haru-chan não quer ir comigo?

— Não.

— Mas, Haru-chan...

— Já que está aqui, — começou, virando-se para ele — faça algo útil e comece a ronda. Itachi assume antes de amanhecer e depois eu vou.

O tom não dava brechas para discussão e por sorte Tobi entendeu, pois assentiu e se retirou. Quando o mascarado estava há mais de dez quilômetros dali, olhou de esguelha para Itachi, que estava sentado com um pergaminho em seu colo aproveitando a luz da fogueira para ler, pegando-o a encarando.

— O que houve?

— Nada. — suspirou e se sentou, massageando os olhos com uma única mão.

— Está tensa e impaciente, Sakura. Alguma coisa aconteceu.

Cruzou os braços e ficou encarando um ponto qualquer no chão. Um tique nervoso começou em sua perna direita.

Pétalas de CerejeiraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora