bônus 2

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Deidara bufou irritado, suas mãos jogando o pincel e o litro de alguma vodca qualquer para longe.

Estava praticamente sozinho naquela grande mansão. Tentava pintar algum quatro de uma forma diferente da sua habitual, mas sem nenhum sucesso. Sua mente estava pesada, não conseguia focar em seu objetivo e não sabia se ficava bravo ou triste por isso.

Yodo havia ido dormir na casa de uma amiga do colégio. A alfa já tinha nove anos e era uma prodígio total, sempre se destacava em tudo e era a pessoa que aprendia super rápido. Estava alta, como esperado, afinal seu DNA dos alfas Uchihas não falhou nenhum pouco.

Hayato estava dormindo nos avós de sua parte, pois era apegado a Minato Kushina. Tinha seis aninhos e cada dia parecia mais ainda consigo.

E bem...Obito andava voltando tarde há pelo menos quatro dias - cinco com hoje -  o deixando solo até as oito e quarenta da noite.

Isso deixava o ômega aflito, sem saber o que pensar sobre. Fazia quase uma semana que não usava o escritório da mansão e Deidara não aguentava mais ir até lá na esperança de vê-lo sentado por ali.

Ele havia praticamente se distanciado da família nesse quinteto de dias, sempre estava cansado e mal humorado, saia cedo e voltava tarde demais para o gosto do ex-Uzumaki.

Sabia que não deveria desconfiar do maior, sabia que o princípio de sua máfia há anos era nunca trair quem dormia ao seu lado, mas sua parte assustada e paranoica não deixava o loirinho pensar outra coisa além de que andava com belos pares de chifres na cabeça.

Suspirou e se levantou. Já estava na hora de seu marido chegar e queria ter uma conversa com ele.

Saiu de sua sala de pintura e mesmo um pouco sujo de tinta foi até o primeiro andar, se sentou no sofá e esperou ansiosamente para ouvir o barulho do carro chegando e da porta abrindo.

Claro, sim. O alfa nunca chegava com um perfume diferente e seu cheiro não mudava, nao tinha marcas de chupões ou batom em seu corpo e nunca tinha atitudes estranhas que provassem uma traição.

Mas, poxa! Deidara era um garoto inseguro, agora que tinha dois filhos achava que ele havia se cansado de seu corpo e ignorado as marcas em seus pulsos para ir atrás de novas aventuras mesmo que soubesse que iria sair muito prejudicado se o ômega descobrisse.

Seu físico não tinha mudado muito. Ainda tinha uma cicatriz no ventre por conta das duas césareas não muito longe uma da outra, mas não havia engordado - o que obviamente não seria um problema - e nem ganhado ou perdido massa muscular. Continuava com a mesma fisionomia.

Porém, de alguma forma, acreditava que o mais velho havia perdido o interesse que sentia por si. Não tinham mais uma vida sexual tão ativa por sempre terem Yodo e Hayato por perto, ou nos quartos próximos ou fazendo algo sobre sua cama e o menor achava que tobi não insistia em momento algum para se tocarem por não o achar mais tão atraente.

Balançou a cabeça ao ouvir a porta sendo aberta, vendo o corpo grande entrando cansado para dentro da sala principal. Ele tirou os calçados e os guardou, deixou uma maleta com alguma coisa no canto do sofá e o encarou preocupado por o encarar tão firme e meio desconfiado.

- senpai? - Obito o chamou confuso, se aproximando até tocar seus ombros. - tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Yodo e Hayato estão bem?

- eles tão bem...O problema é outro. - o mais velho ficou desesperado ao pensar que o ômega estava ferido de alguma forma, começando a conferir no corpo pequeno se não havia nenhum machucado ou sinal de que havia aberto uma ferida.

- vamos para o quarto, sim? Aí você pode me dizer o que está acontecendo. Antes vou tomar banho e tirar esse terno quente. - murmurou e não esperou uma resposta do menor, apenas o levou até o terceiro andar e o deixou na cama.

writings of destinyWhere stories live. Discover now