02/05

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Deidara acabou concordando. Suas mãos estavam suando frio, ainda com medo. Era óbvio que estava nervoso.

Obito percebia isso, o cheiro assustado e o jeito que seu corpo estava tenso o denunciavam. Qualquer alfa reconhecia quando um ômega estava com medo, os instintos nunca falhavam.

Mas não iria o pressionar para acreditar em si, provaria que não moveria um dedo para o ferir e nem levantaria a voz. Desconfiava que a intenção do loiro era conhecer seus "eus" em tempos diferentes, era óbvio que iria prestar atenção em suas ações diante de situações de todos os tipos.

Via com clareza que o Uzumaki era facilmente lido, muito transparente, isso poderia ser uma grande vantagem já que assim poderia saber quando estava fazendo algo bom ou quando estava fazendo algo ruim.

Se necessário iria se machucar para provar que a prioridade de sua natureza era proteger seus ômegas, que a sua própria segurança não importava e que faria tudo para se mostrar alguém de confiança.

O levaria para seu quarto para poderem conversar, Deidara não estava confortável em seu escritório, o desconforto era quase palpável. Iria chamar Kisame - que estava nos fundos - para conferir os e-mails e mensagens mais íntimas - de pessoas que tinham intimidade consigo, obviamente. - para que pudesse falar direito com o Uzumaki, sem interrupções e para que ele se sentisse mais livre.

- venha, vou avisar para Kisame cuidar do escritório. Sei que não está confortável aqui, então vamos para o meu quarto. Não irei te tocar, não se preocupe. - levantou e estendeu a mão para o loiro a segurar, o puxando para ficar de pé.

A diferença de tamanhos era gritante. Deidara era pequeno, magro, delicado. Um corpo menor do que os que os ômegas normalmente tinham e Obito era alto, tão terrivelmente bruto e maior do que os alfas normais por ser um lúpus.

Talvez estivesse com um pequeno medo de o conquistar, ganhar sua confiança e no final acabar o machucando - porque, claro, cios chegavam e nao podiam ser evitados. Agora seu lobo interior conhecia o Uzumaki e não iria aceitar ninguém além dele durante seus períodos férteis. Teria que esvaziar a mansão quando isso acontecesse, outros alfas por perto não eram muito saudáveis.

Levou o mesmo para seu quarto, dando o aviso para Kimiko - uma das betas que trabalhavam com a limpeza dos quartos - para que ela chamasse Kisame para ir ali, ouvindo uma concordância vinda dela antes de entrar em seu dormitório junto com o loiro.

Trancou a porta apenas para não ser interrompido durante a conversa, não queria que ninguém entrasse ali enquanto falava com o mais baixo.

Deidara sentou em sua cama, não conseguindo encostar os pés no chão pelo box ser mais alto justamente por causa de seu tamanho - afinal os móveis tinham que ter adaptações quando alfas passavam da altura normal. -. Obito levantou o recamier e o levou até a frente do menor, se sentando ali.

Suspirou antes de passar as mãos pelo cabelo, o encarando e percebendo que ele já o olhava constrangido e ainda assustado. As bochechas vermelhas, olhos curiosos, a boca entreaberta, ofegante.

Deidara era bonito, admitia isso facilmente e poderia falar abertamente sobre. O cabelo dourado e comprido lhe deixava com desejo de tocá-los e ver se eram macios como aparentavam ser, as íris clarinhas e brilhantes o atraiam para ficar muito perto para as observar, a pele branca e provavelmente sensível à qualquer toque era atraente para ser marcada, o corpo pequeno e delicado podia facilmente ser quebrado e o isso o deixava doido para poder agarrar sem medo de ser rejeitado de alguma forma.

O ômega exalava inocência. Era óbvio que era um virgem inocente. Podia facilmente ver isso. Ficava feliz em saber que o loiro havia se "guardado" para ele, ainda que acabasse preocupado com isso. Zero experiência, zero preparação, zero conhecimento.

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