005 | The Pogues

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TW: VIOLÊNCIA DOMÉSTICANão se obrigue a ler caso passe por um problema parecido

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TW: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Não se obrigue a ler caso passe por um problema parecido.

[RELAÇÃO FAMILIAR E AMIZADE]

Subtítulo: Sangrando sobre a areia
Palavras: 742
Última atualização: 18.09.22
S/p: Seu pai
S/m: Sua mãe
S/s: Seu sobrenome

- Me desculpa, pai. Eu não vou mais fazer isso.

As mãos de S/n tremiam. El_ sente suas costas baterem contra a parede gelada e as mãos de seu pai agarrarem em seus braços para limitar seus movimentos.

Se mais um socor acertasse sua barriga, podia-se ter certeza de que acabaria vomitando.

Sua mãe _ observava com desprezo. Ela sempre _ odioria até seu último suspiro, desejando que encontre o pior demônio quando morrer.

A família S/s era uma das mais pobres da ilha e por isso moravam em uma casa pequena do lado Pogue da ilha.

S/n saia poucas vezes por mês. Quase ninguém _ conhecia, tanto que _ garot_ não tinha amigos.

- Onde você estava, S/n?! Me responda, porra!

Ele puxa S/n para si, andando alguns passos para o lado e _ empurrando contra a janela. O barulho do vidro fez S/n de assustar.

Toda a pressão, todos as dores e todos os abusos. Seus cortes nos pulsos, queimaduras de cigarros, o hálito alcoólico e as olheiras diziam isso por el_

A única vontade de S/n era sacar a pistola de seu pai e apontar para seu queixo, se soubesse onde ela ficava. Então, por hora, ela de matava aos poucos.

- Eu estava de empregada pro Figure 8! - confessou

- E onde está a merda da grana?!

S/p pegou em seu pescoço, _ prensando contra a janela. O ar se perdia aos poucos, mas el_ confessou novamente.

- Tá na minha gaveta!

S/m corre até o quarto de S/n e puxa a gaveta, a arrancando e jogando no chão. Ela retira as coisas de dentro da gaveta e pega todo o dinheiro. Ao mostrar a quantia para o homem, ele imediatamente arrasta S/n, _ jogando na varanda.

- Nunca mais volte aqui! Suma da nossa vista e nunca mais entre nessa merda de casa!

Ele bate a porta e antes que S/n possa fazer qualquer movimento, el_ vê seus pais comemorando e sua mãe se jogando no colo de seu pai enquanto gargalhavam.

Eram exatamente 5:30 da manhã. Com o som nascendo aos poucos, S/n começa a caminhar em rumo.

Seu rosto estava machucado, sua barriga doía e seus braços e pescoço estavam com hematomas já escuros.

Mas a sensação de liberdade era incrível. As lágrimas escorrendo por seu rosto sangrento não eram de tristeza, mas sim de felicidade.

Quando S/n menos se tocou, sentiu a areia da praia adentrar no meio de seus dedos do pé.

_ garot_ caiu de joelhos sobre a areia e se sentou ali mesmo. Estava mais para um psicopata que acabará de matar alguém do que alguém feliz, porque o seu físico não estava nem perto de estar bem.

O barulho do motor de um barco vindo em sua direção começou a escoar pelos seus ouvidos.

- Aí, merda... - S/n pensou alto

Quando S/n se levantou sentiu algo, ou melhor: alguém tocar seu braço. Com o susto, el_ se vira para a silhueta e se afasta rapidamente, quase tombando para trás.

- Opa, calma, cara! Não vamos te fazer mal, não.

- Por que você está sangrando?!

- Não quer falar mais alto?

- Calem a boca, estão assustado el_ - a garota loura se vira para S/n - Eu sou Sarah e esses são John B, Pope, Kiara e JJ.

- Estávamos indo pescar. - conta John B

- O que aconteceu com você? - pergunta Pope

- Os meus pais...

Um silêncio constrangedor estabelece.

- Que merda...

- Vamos te levar pro hospital.

Seus olhos se arregalam e ela nega.

- Podemos ir para a minha casa, então. Tem alguns kits médicos lá.

- Vamos levar um desconhecido?

- Meu nome é S/n. Me desculpem pelo incômodo, eu já tô indo embora.

S/n se afasta e segue caminha, mas sendo parad_ por Kiara, que entrou em sua frente.

- Por favor, S/n. Vamos para a casa da Sarah e nós cuidamos de você.

- Eu conheço vocês a um minuto, literalmente.

- E daí? Entra no barco e vamos. - propôs JJ na maior tranquilidade.

Pope ajuda S/n a subir no barco e el_ se senta no canto e se encolhe observando as ondas do mar.

- Foi expulsa de casa, né?

- Como você sabe?

- Estávamos passando por perto quando ouvimos gritos e seu pai te jogando na varanda.

- Sinto muito, S/n...

- Não sinta. Essa foi a melhor coisa que me aconteceu em 16 anos. Mas, então... obrigado por me ajudarem.

- Não é todo dia que achamos alguém todo arrebentado na praia.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 🐝🌷 ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora