chapter two ⚾

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But whit the beast insideThere's nowhere we can hide [

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But whit the beast inside
There's nowhere we can hide
[...]
When you feel my heat
Look into my eyes
It's my demons hide.

Demons - Imagine Dragons

Meu dia está sendo literalmente uma merda. Encaro o teto por alguns minutos, repassando mentalmente todas as merdas que aconteceram hoje.

Na verdade, a semana tem sido uma droga.

A aula do senhor Ryan parecia não terminar nunca hoje pela manhã, e as vezes, tinha a impressão que ele falava uma língua diferente do entendimento humano.

Ou pelo menos, do meu entendimento.

Minha manhã já estava ruim, mas quando a senhorita Penelope me avisou que meu pai queria me ver na sala dele senti que ela ainda podia piorar.

Afinal, não tem como ficar bem depois de uma conversa com o reitor Miller.

Meu pai é o tipo de cara que está sempre relembrando o quanto você é uma pessoa horrível, e deixando claro que por mais que você se esforce nada nunca será suficiente bom.

Por isso que, desde que o treinador dos Yankees conversou com meu pai sobre a minha chance de entrar no time estar se tornando quase nula, em virtude do meu péssimo comportamento, estar no mesmo local que ele tem sido uma merda ainda maior.

E tudo isso piorou no momento que ele descobriu que estou a ponto de reprovar em mais uma matéria do meu curso de Direito.

Se eu queria Direito? Óbvio que não, mas precisava cursar algo que trouxesse orgulho para a nossa família.

Ou que aumentasse o ego dele.

Além disso, precisava estar matriculado em alguma universidade para atrair os olheiros dos times da liga nacional de baseball e o fato do meu pai ser reitor da NYU claramente facilitou a minha entrada.

Não que eu tenha sido um péssimo aluno no ensino médio, porque eu não fui.

Francamente? Eu até curtia as aulas.

Só que tudo mudou no penúltimo ano... Ou na verdade, nada mudou. Só ficou mais claro aos meus olhos.

Foi no penúltimo ano que tudo começou a fazer sentido, e eu comecei a entender que a família que eu julgava perfeita, não passava de fachada.

Era só uma família de merda.

Minha irmã mais velha, Raya era a pessoa que eu mais confiava no mundo, e até ela, me decepcionou... Não a culpo pela decisão que tomou, mas confesso que me senti traído quando ela partiu sem me dizer uma única palavra... Sem dizer nada.

Mas talvez, eu fizesse igual... Depois ela saiu de casa foi que finalmente entendi o inferno que ela enfrentava e que eu, por ser um completo idiota, nunca a ajudei.

MIRROR | for all your curvesWhere stories live. Discover now