Olívia Edwards sabia exatamente o que odiava em pessoas como Nate Miller. Pessoas que constantemente precisavam ser lembradas dos privilégios que têm a irritavam completamente e foi justamente por isso, que ela odiou com todas as forças quando seu p...
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A aula do senhor Benjamin é, sem dúvidas, uma das minhas favoritas na NYU. A forma com ele aborda nossas relações pessoais com a imagem que transmitimos a outras pessoas me deixa completamente fascinada.
Adoro estudar sobre redes sociais e sobre imagem pessoal. Adoro entender como o modo como as pessoas se mostram ao mundo podem interferir na maneira como elas mesmo se enxergam.
Imagem pessoal é algo, que durante muitos anos bagunçou a minha mente e me deixou completamente perdida. Na verdade, lidar com o que eu via quando me olhava no espelho foi um problema durante muitos anos para mim.
O ensino médio, sem dúvidas, foi um dos grandes responsáveis por isso.
Eu sabia que o ensino médio poderia ser cruel, mas não imaginava que poderia ser tão traumatizante.
Eu nunca fui o tipo de garota que atraia os rapazes da minha idade. A verdade é que os garotos estão sempre admirando as líderes de torcida e eu passava longe de ser uma delas.
Odiava a forma como as pessoas olhavam para mim nos corredores.
Mas odiava ainda mais deixar que as pessoas me atingissem por isso.
Então comecei a fazer a universidade como uma oportunidade de mudar a forma como eu me enxergava. Coloquei na minha cabeça que seria diferente aqui, que eu me orgulharia da mulher que eu seria um dia.
Me dediquei tanto as minhas notas que abdiquei das festas constantes e das saídas com o pessoal da turma.
Não que fosse difícil fazer isso.
Quando você não é uma adolescente magra, com os cabelos lisos e um rosto de modelo, os convites para as festas são completamente escassos.
Por meses, me torturei por isso. Por longos quatro anos, julguei-me completamente incapaz de atrair alguém.
Por isso, no momento que coloquei os meus pés na NYU pela primeira vez, prometi que seria diferente, que pararia de ter pena de mim.
Não queria mudar a forma como as pessoas me viam, mas precisava urgentemente mudar a forma como eu olhava para mim.
Mas confesso, que a universidade me ajudou um pouco. Aqui, as pessoas estão tão ocupadas com suas carreiras que não sobra tempo para fazer piadas sobre a aparência de algumas pessoas.
Bom, pelo menos, a maioria delas.
Os atletas da NYU precisam constantemente serem lembrados que saíram do ensino médio.
Suas piadas completamente infantis e seu estranho habito de se meter em encrencas totalmente desnecessárias me levam a crer que de alguma forma o ensino médio não saiu deles.
Fico imaginando como esses atletas problemáticos imaginam que vão conseguir mais de três meses em uma equipe como os Yankees, por exemplo.
Todos sabem que a imagem de um atleta precisa estar perfeita para que os times se sintam inteiramente interessados.
