Prológo | first part

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A faculdade sempre foi o meu refúgio, o meu porto seguro, a minha luz no fim do túnel

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A faculdade sempre foi o meu refúgio, o meu porto seguro, a minha luz no fim do túnel.

 A minha esperança...

A minha vida inteira eu vivi escondida, não queria ser vista e detestava ser notada. As pessoas sempre tinham algo a dizer sobre mim, sobre o meu cabelo, sobre o meu corpo. O ensino médio foi de longe o pior momento da minha vida, deve ter sido por isso que me dediquei tanto para que essa fase ficasse completamente escondida dentro de mim. 

Porque as marcas dessa época, não sairão jamais. 

Eu resguardava a minha esperança na universidade. Em como a minha vida seria incrível lá... Em como eu me dedicaria com todas as minhas forças para que nada me atingisse como o ensino médio me atingiu. 

Eu estava preparada para me dedicar apenas a mim e ao meu curso de Marketing. Para ser a mulher que eu sempre quis. 

Não para ser admirada por alguém, mas para me admirar. 

O meu processo de aceitação foi árduo e ainda não acabou, é um passo minúsculo a cada dia. 

Mas confesso que consigo hoje, é até mais fácil me sentir satisfeita quando me olho no espelho. 

Eu era a personagem principal da minha vida. Não tinha espaço para coadjuvantes, ou, eu achava não ter. 

Eu estava satisfeita com quem eu era, estava satisfeita com a minha vida. }

Nada precisava mudar, mas mudou. 

Jamais imaginaria que uma manhã de quinta-feira mudaria completamente a minha vida com uma simples proposta: participar de um projeto que eu julgava ser impossível. 

E talvez seja. 

A verdade, é que eu sabia que odiaria esse projeto no momento em que o aceitei. No momento em que o senhor Benjamin me ofereceu essa maldita vaga eu sabia que seria uma encrenca, eu sabia que me daria mal. 

Hoje me pergunto se em algum momento tinha como dar certo? Sempre julguei isso como uma tarefa impossível.

E era. Não é? 

Não se salva quem não quer ser salvo. 

E não se transforma quem acha incrível ser do jeito que é.  

E é por isso que cuidar da imagem pessoal de Nate Miller, o filho do reitor da Universidade de Nova York se tornou o meu inferno astral diário. Estar perto de alguém como ele me dava nos nervos, possivelmente porque ele exala tudo que mais detesto em alguém. 

A prepotência, a arrogância e a necessidade de ser constantemente lembrado dos privilégios que tem. 

Ele é tipicamente o cara babaca de quem não se deve esperar nenhuma atitude sensata. O mimado e egoísta que só enxerga o seu próprio umbigo, que só pensa em si mesmo. Aquele que não mede esforços para conseguir o que quer. Aquele que arranca suspiros por onde passa, mas que provoca os sentimentos mais inconstantes em mim.

Uma pessoa completamente sem sentimentos, uma pessoa que eu desprezo com todas as minhas forças. 

Nunca deveria ter aceitado algo assim, a minha mente me reprimiu no momento em que eu disse sim... Nunca deveria ter deixado que ele entrasse no meu caminho, que as nossas vidas se cruzassem. Literalmente. 

Odiá-lo é tão fácil.

Ou deveria ser. 

Me assusta muito a minha total incapacidade de ficar longe dele e a forma como o meu corpo, instintivamente chama pelo dele, me aflige por completo. 

É algo magnético, algo que até conhece-lo eu jurava ser fisicamente impossível. 

A necessidade incontrolável de estar perto de alguém. 

Existe uma força que insistentemente me diz que eu preciso me afastar dele o mais rápido possível, mas existe uma força infinitamente maior que me arrasta de volta até ele. 

E odeio admitir, mas quanto mais olho naqueles malditos olhos castanhos, mais percebo que meu corpo anseia urgentemente pelo dele. 

E é ainda mais doloroso assumir que me enxergo perfeitamente através dele. 

É como um espelho, um maldito espelho... Não conseguimos nos afastar do nosso reflexo por maior que seja a repulsa que ele nos cause, não é? 

E ele me causa repulsa, não é? 

Eu preciso acreditar que é isso que faz meu corpo incendiar e a minha alma estremecer no momento em que os nossos olhos se cruzam. Eu preciso acreditar que é isso que faz com que um arrepio percorra lentamente cada parte minha quando seu corpo está tão perto do meu. 

É como olhar para um espelho e enxergar uma parte de mim que desejo incessantemente destruir, uma parte que olhando para ele, meu corpo desejasse ardentemente possuir. 

Eu deveria ter pressentido, no momento em que os nossos olhos se cruzaram a primeira vez que ele era exatamente o que demonstrava ser, uma encrenca completa. 

Eu deveria ter fugido enquanto havia tempo, agora não há uma célula do meu corpo que não o deseje pressurosamente. 

Mas como nos afastamos do nosso próprio reflexo? Francamente não existe mais essa possibilidade. 

Agora é impossível negar... Ele é o meu espelho. 

Que de tão diferente, se tornou igual. 

E aí, pessoal? Ansiosos para ver esse casal pegando fogo? 

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E aí, pessoal? Ansiosos para ver esse casal pegando fogo? 

Será que vocês vão ser: #teamolivia ou #teamnate? 

Se esqueceram de votar, por favor, apertem na estrelinha! Ajuda muito. 

Quem gosta de frio que me desculpe, mas eu tenho o pressentimento que isso aqui vai pegar fogo! 

Até dia 16/06! AGUARDEM. 










MIRROR | for all your curvesWhere stories live. Discover now