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Benjamin Lombardi

Ponto final onde era o começo

Saio sem olhar para trás, pois me dói ver ela assim. Eu a amo, nunca senti algo tão intenso e verdadeiro assim. Porra como amar alguém pode ser tão doloroso assim? Se eu soubesse não teria me envolvido.

- Senhor. _ a voz de um soldado me traz de volta para realidade.

- Sí. _ falo.

- A senhorita Vitale está precisando de ajuda. _ ele olha na direção do casa pela janela da sala deu para vê-la jogando um vaso na parede.

- Não. A primeira dama está a caminho. _ respondo e saio a caminho do carro.

Assim que entro no carro, pego meu celular e ligo para minha cunhada.

-Oi querido. _ diz assim que atende.

- Esta perto dos meus irmãos?_ pergunto

- Sim.. só um momento. _ escuto seus passo. - Pode falar.

- Eu preciso da sua ajuda.

- Onde você está?_ perguntou-me.

- Fique tranquila, estou saindo da casa da Miranda agora. Nós terminamos, tem como você vir aqui conversar com ela.

- Quem terminou com quem?

- Isso importa?_ pergunto.

- Claro.

-Eu terminei

- Ok. Em cinco minutos eu estou lá.

- Obrigado. Outra coisa não comente com seus irmãos.

- Pode deixar.

Miranda Vitale

- Se descubra, cuida-te. Talvez eu não seja o homem certo para você, então esteja bem para o próximo. Eu te desejo tudo de bom nunca divide disso. _ dito isso ele sai me deixando aérea.

Caio no chão chorando, a dor que está dentro do meu peito parece que vai me matar. E saber que isso tudo é culpa minha, e o que mais me dói. Minha cabeça parece que vai explodir a qualquer momento, a dor no meu interior é tão grande que começo arrancar meu próprio cabelo, e arranhar meu corpo por completo. Parece que o som do meu choro está tão alto que começo a duvidar se tem somente eu nesta sala e quando menos espero a respiração falha, o peito aperta, o corpo treme e quando menos espero a escuridão toma conta de mim.

- MERDAAA!. _ a adrenalina no meu corpo me faz virar a mesinha de centro, jogando tudo que estava em cima no jogo. Jogo o vaso de flores da minha mãe na parede. - BURRA BURRA.._ começo a me estapear tentando diminuir a dor que estou sentido. - Benjamin me perdoa, por favor. _ sussurro.

Procuro pelo meu celular assim que acho ligo para o mesmo porém chama e o infeliz não me atende. Tento mais cinco vezes até que dar desligado ou fora de areia. Resolvo mandar mensagem.

Me dói dizer isso, mas você tem razão. Não é válido ficar com alguém tão tóxica como eu, na verdade eu não sirvo nem para ficar perto de mim mesma, sou uma bomba relógio que está nos números finais que pode explodir e machucar todos ao meu redor. Eu sinto muito do fundo do meu coração, que de alguma forma te causei algum dano, nunca foi a minha intenção. Jurei aos céus que não estragaria o que estávamos criando aos poucos, foi pouco tempo mas foi os melhores da minha vida mesmo parecendo frases repetidas onde se ver em qualquer lugar, você foi a minha morfina quem me manter de pé mesmo sem saber. Por favor não me deixe, eu te imploro. Diz que suas palavras foi apenas gerado pela raiva, que você me ama e vamos ficar juntos para todo o sempre. EU TE AMO,BENJAMIN. Não irei suportar sem você, não vou suportar me perder novamente.

Escuto passos atrás de mim, eu sei que meus pais vão passar o dia todo fora e a minha irmã está em uma viagem a negocio para mim.

- Sai daqui!_ ordeno jogando meu celular na direção da pessoa, para minha sorte ela é rápida e desvia. - Meu Deus, mil desculpas Sra. Franciny. _ ela por sua vez não diz nada apenas me avalia.

- Você está bem?_ perguntou-me.

- Sim. _ ajeito a minha postura e prendo meu cabelo. - E com a senhora? Está precisando de algo?_ pergunto.

- O que aconteceu aqui?_ pergunta olhando tudo - Espero que aquilo seja aplique._ ela aponta para os fios dos meus cabelos.

- No que posso lhe ajudar?_ pergunto ignorando sua pergunta.

- Quem está precisando de ajuda aqui e você. _ diz com a voz suave mas firme. - Eu não estou aqui como a Primeira Dama, e sim como uma amiga se você me considerar uma é claro. _ ela abre um pequeno como se estivesse tímida com o comentário.

- Olha.._ suspiro fechando os olhos colocando minha mão no rosto. - Eu não quero ser grossa com a senhora, porém agora não é o melhor momento para mim. _ falo.

- Eu sei, foi o Benjamin que pediu para mim vir aqui. _ tiro minha mão do rosto para encara-la.

- Eu apenas preciso ficar sozinha.

- Infelizmente não vou fazer isso, você está se alto machucando. _ ela caminha até mim. - Me deixe te ajudar, por favor. _ sussurra bem pertinho de mim.

- Eu não quero te machucar, todos que se aproximam de mim acabam se machucando. _ as lágrimas começam a rolar pelo meu rosto.

- Eu sei me cuidar muito bem, agora me deixe cuidar de você. _ pede. - Eu juro que esse será nosso segredo.

- Obrigada. _ o seu abraço era o que falta para mim desabar. Era tudo que eu precisar alguém para me ajudar sem me criticar sobre o que eu fiz.

- Vamos para o seu quarto.

- Eu preciso arrumar...

- Eu irei cuidar de tudo.

Com sua ajuda seguimos para o andar de cima, minha pele ardia pelos meus arranhões, minha cabeça dói pelos puxões. Os cortes na minha coxa também está doendo eu deveria ter feito um curativo.

- Você precisa de um banho para cuidar da sua pele, e fazer tudo isso antes dos seus pais chegarem. _ tiro meu tênis em seguida meu vestido assim que chegamos no meu quarto e vou para o banheiro sem questionar.

- Porra. _ resmungo quando sinto um vidro entrando no meu pé.

- O que aconteceu aqui?_ pergunta entrando no banheiro. - Foi momento de raiva?

- Eu vou limpar tudo. _ falo.

- Calma senta aqui. _ me viro e sento no vaso e tiro o pedaço de vidro do meu pé. - Vá com cuido para o banho que eu cuido disso. _ resolvo fazer o que ela mandou.

Franciny sai do banheiro me deixando sozinha, ligo o chuveiro e deixo a água quente e fico debaixo da água na esperança que ela limpe a minha alma, vai que esse milagre aconteça. A dor por perder o Benjamin é tão grande, como eu pude perder alguém como ele? O grande amor da minha vida, porque temos que perder para aprender a dar valor? Eu não vou aguentar perder ele, mas o seu passado me atormenta todos os dias. Saber que inúmeras mulheres já passam por sua cama, e cada uma mais experiente que a outra. E saber que ele está em abstinência sexual e um pouco difícil. Ele com certeza está com raiva de mim, e esvaziando toda a sua raiva e atraso em uma modelo ou prostituta de luxo qualquer por ai.

- MERDAA.. _ grito pelos meus pensamentos batendo na parede, o choro estava cada vez mais intenso que acabou me sufocando aos poucos me impedido de respirar.

- Miranda, calma respira. _ escuto de longe a voz da Franciny, minhas pernas vão perdendo as força me fazendo cair.

Desejo Insano- Livro 4 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora