Crying In The Club • taekook

Capítulo 3

Às vezes a vida nos obriga a tomar decisões árduas, que podem nos deixar desempregados. Uma hora você pode irritar o dono de uma das maiores empresas da Coreia, ou você pode simplesmente dar um soco no seu cliente em uma boate onde você trabalha pois ele tentou te agarrar a força. Ambas as opções me colocariam no olho da rua, totalmente desempregado. Mas graças a algum ser divino, eu ainda mantinha meus dois empregos.

As pessoas pensam que pelo fato de ser stripper, eu tenho como obrigação ficar com os clientes. Porém esquecem que strippers não são prostitutos, nosso dever é apenas tirar a roupa e dançar.

Mais uma noite eu estava ali, tentando fazer o meu trabalho enquanto era interrompido por velho nojento que tentava agarrar o meu pau enquanto se masturbava com a outra mão.

- Então você é uma putinha que gosta de dançar pelada hum... Vem aqui que eu vou te ensinar bons modos! - o velho porco disse enquanto abaixava o restante das calças e me jogava na poltrona, me fazendo cair de quatro.

- Bons modos o caralho... Vou te dar dois segundos pra tirar suas mãos de mim ou então você vai sentir meu punho no seu nariz.

Empurrei o velhote e fui pegar o restante das minhas roupas. Era por esse e outros motivos que eu odiava quando algum outro stripper particular faltasse e eu tivesse que substituir. Eu não teria esse tipo de problema se eu só ficasse lá em baixo na boate ao invés de subir para os camarotes.

- Oh, então você gosta das coisas mais difíceis hum? Não tem problema princesa, eu deixo você socar na minha bunda também...

O velho mais uma vez tentou me agarrar e eu já estava completamente sem paciência. Eu tive um dia exaustivo de merda e ainda tinha que lidar com um idoso querendo me fuder. Se fosse pra ser fudido, então que fosse com alguém que eu quisesse e não um velho metido a estuprador. Empurrei ele de volta até que ele caísse na poltrona.

- Porra que cara chato! - suspirei enquanto terminava de vestir minha camiseta. - Escuta aqui meu senhor, isso aqui é uma boate, e sim, temos strippers. Strippers e não prostitutas. Você tem que aprender a diferença entre pessoas que vão tirar a roupa e dançar nuas ou seminuas pra você por três minutos, e pessoas que vão tirar a roupa pra você fude-las. Se o senhor deseja uma prostituta, tem um clube a dois quarteirões daqui que permite esse tipo de coisa. Agora se me der licença, nossos três minutos acabaram...

Eu estava pronto pra sair do camarote mas senti uma não agarrando meus cabelos e me puxando de volta para dentro.

- Quem você pensa que eu sou? Eu paguei por você, você não sabe que os clientes sempre tem a razão? Ou você quer que eu mande derrubar essa boate de merda junto com o seu chefe? Aquele branquelo azedo que se acha só porque tem a melhor boate de Seoul. Eu vou comer você, e você vai ficar quietinho!

É real, a minha paciência sumiu, mas a raiva surgiu assim que senti ele me empurrando contra a parede.

Tem momentos em que algumas decisões drásticas te façam perder o emprego, mas se você tem um chefe chamado Min Yoongi, saiba que você é a pessoa mais sortuda do mundo. A última coisa que eu vi antes de virar o corpo com tudo pra dar um soco no velhote, foi o próprio Min Yoongi entrando no pequeno camarote e dando um soco nele mais rápido do que eu.

- Então eu sou um branquelo azedo metido a besta? - Yoongi gargalhou enquanto ajeitava os anéis nos dedos. - Você está na minha boate, assediando os meus funcionários. Tem a porra de um aviso gigante dizendo que não é permitido passar a mão em nenhum deles, sejam homens ou mulheres. Mas acho que talvez você precise de um soco no outro olho pra aprender a respeitar as pessoas.

Aí estava ele, o chefe que eu admiro. De fato, ser stripper não deve ser algo para se gabar, mas Min Yoongi não quer que seus funcionários se gabem. A maioria de seus funcionários são prostitutas que eram vendidas e estupradas. Ele comprou cada uma delas e deu a liberdade para elas fazerem o que quisessem da vida. Mas em agradecimento, elas imploraram pra trabalhar para ele, pois de qualquer forma elas já não tinham mais um lar a qual voltar.