- Acho que temos um ótimo gosto para mulheres, não concorda? - Luther ergueu a taça de vinho ao pesar o olhar sobre mim durante o almoço.


- Não sei se concordo com você. - Josh olhou para a mãe, rindo.

- Filho! - Ela colocou a mão no rosto, envergonhada. - Ele adora fazer piadas comigo, Luther. - Ela tentou reverter a situação, mas percebi que josh não estava se referindo a beleza dela.


- Filhos únicos são sempre superprotetores com a mãe - comentou Luther com um ar descontraído.


- Acredite, esse não é o meu caso. - Josh deu de ombros ao beber do seu vinho e colocar uma mão sobre a minha coxa. O calor que o toque dele provocou por debaixo da mesa, fez com que eu me sentisse um pouco mais calma.



Esforcei-me para passar o dia com um sorriso, não surtar e não parecer desesperada. Porém, vencer o medo e não ceder ao desespero não era fácil. A todo o momento, estava esperando que o Luther fizesse alguma coisa para machucar a mim ou ao josh. Contava os segundos para que ele e a Úrsula fossem embora e eu pudesse fingir que tudo aquilo não havia passado de um terrível pesadelo.


Acreditava que eles fossem ir embora no fim da noite, após o jantar, porém, Úrsula nos informou que o voo para a Grécia sairia na manhã seguinte, pois ela não gostava muito de viajar à noite. Eu não entendia a diferença, uma vez que não era ela quem pilotaria o avião.



Sabia que não iria conseguir dormir ao passar uma noite com aquele monstro dentro da casa, por mais que ele não houvesse feito nada para demonstrar que ainda era uma ameaça.

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Escovei os dentes e coloquei uma camisola, esperando que o Josh viesse passar a noite comigo novamente. Com ele ali, eu ficaria bem mais tranquila.

Peguei o livro que estava lendo e sentei na poltrona. Era uma boa alternativa distrair a mente e não ficar pensando no quanto tudo me apavorava.



Cheguei em uma parte em que o personagem masculino se declara para a protagonista, o que aqueceu o meu coração e me fez suspirar. Não tinha a ambição de ouvir as palavras "eu te amo" dos lábios do josh, por mais que elas me fizessem muito feliz, mas foi bom fantasiar com isso por alguns minutos.


Ouvi o som da minha porta sendo aberta e abri um sorriso. Com o Josh por perto, eu não precisava temer nada, ainda que o diabo estivesse no quarto ao lado.



- Oi! - Levantei a cabeça do livro, toda sorridente, esperando me encontrar com aquele mar azul e me perder na vastidão daqueles olhos.



Meu sorriso morreu quando percebi que não era a razão dos meus suspiros, e sim, a principal fonte dos meus pesadelos.


- Oi, bonequinha!

Engoli em seco, meus membros voltaram a tremer e minha voz sumiu.


- Parece que tirou a sorte grande, não é mesmo? Vejo que está sendo bem tratada aqui. Namorada de um milionário que tem o próprio castelo. Foi de escrava sexual a senhora. Estou admirado.


- Você veio aqui atrás de mim? - aquela pergunta escapou, e fiquei surpresa por conseguir emitir algum som inteligível em meio a todo pavor que me congelava profundamente.



- Não, tenho que admitir que não. Porém, o mundo é estranhamente pequeno. Quem diria que a mulher que eu estou fodendo é mãe de um cara que comprou uma das mulheres que eu trafiquei. Uma das mais bonitas, inclusive. Úrsula é uma mulher influente e me ajuda a passar uma imagem de homem sério e íntegro, mas estou com saudades de uma carne mais fresca. Imagino que ele já deve ter rompido o seu lacre e sua bocetinha esteja disponível.



- Sai daqui... - comecei a gritar, mas Luther puxou a camisa e exibiu um revólver, fazendo com que a minha voz desaparecesse outra vez.


- Acho melhor você ficar bem caladinha. Ele já pagou muito caro por você e, para mim, não tem mais nenhuma serventia. Eu posso acabar com a sua existência medíocre agora mesmo ou você pode ser um pouco mais gentil com um hóspede.

- O que quer de mim? - Meus olhos estavam cada vez mais embaçados pelas lágrimas que se acumulavam neles.



- Você sabe o que eu quero. - Deu alguns passos na minha direção e eu me encolhi em posição fetal na poltrona, tentando usar o livro como um escudo para me proteger.


Luther arrancou o livro da minha mão e o arremessou para longe, antes de segurar o meu pescoço com força e me erguer no ar. Sentia-me sufocando com meus pés no ar, não tocavam o chão acarpetado.


- Essa camisola é para ele? - Levantou o fino tecido de seda até exibir a minúscula calcinha de renda que eu estava usando. Era óbvio que eu estava vestida para o Josh , mas com a mão firme do Luther envolvendo a minha garganta e pressionando as minhas cordas vocais, eu não consegui dizer nada, apenas lutava para continuar respirando.




Ele me arrastou até a parede, ainda me sufocando e, com a mão livre, afastou a minha calcinha, tocando sem pudor ou decência a minha intimidade.


- Tinha esquecido do quanto a sua boceta é bonita, principalmente raspadinha desse jeito.

Meu estômago revirou, queria mordê-lo, mas não consegui. Todos os meus gritos por socorro eram abafados e mal soavam como um sussurro.



Havia acreditado estar segura sob a proteção do josh, que homem nenhum me tocaria outra vez sem a minha permissão, mas abaixei a guarda cedo demais. Fui ingênua ao pensar que poderia ser feliz e viver como estava vivendo.

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Desculpa pra não e o padrasto....

Estrelinha....

Bjs

Comprada por JOSH ( ADAPTAÇÃO )Where stories live. Discover now