Brasil, Julho de 2015
Felicidade...
Estou realmente feliz por, finalmente, após duas semanas no laboratório poder voltar para o hospital, atender os pacientes, cuidar e medicar, tentar dar a eles um pouquinho do meu amor! Porém, confesso estar um pouco chateada com a Fernanda, que, apesar de ter retornado, ainda não me procurou para que pudéssemos conversar.
Minha preocupação é que possa ter ocorrido algo não muito bom com ela, só isso explicaria o fato dessas "férias" repentinas. Contudo não irei forçá-la, não gosto de me impor a ninguém, vou esperar o tempo dela, sei que quando se sentir preparada, ela vai falar, e estarei aqui, caso ela precise. Meus pensamentos são interrompidos por um furacão chamado Melissa, que entra na cozinha cheia de energia.
— Bom dia Mel!
— Bom dia Cathyta! Empolgada? Feliz? — Pergunta com seu jeito agitado de ser.
— Muito! —Respondo, acho que mais entusiasmada que ela.
— Você não é a única, pode crê! Tá todo mundo numa ansiedade só! Jordan e Clau só faltavam chorar quando chegavam no postinho e se davam conta que tu não ia estar... Às vezes era engraçado. — Ela ri.
— Às vezes? — Pergunto curiosa
— É, às vezes.... quando a desesperada era eu, não era nadinha engraçado...
— Palhaça.... Também senti muita falta de estar com todos vocês essas semanas, não via a hora de voltar. Depois que começamos a trabalhar é a primeira vez que fiquei tanto tempo longe do hospital. Ainda bem que a Nanda voltou!
— Amiga, não vou nem comentar..., mas você se coloca nessas situações porque quer e já sabe a minha opinião sobre isso.
— Mel, o que você queria que eu fizesse? Sabe que não consigo dizer não quando tenho condições de ajudar! E eu sabia conduzir o trabalho no laboratório, jamais negaria ajuda a uma amiga.
— Viu só? O problema é esse Cathy! Se você não soubesse como desempenhar a função dela, não teria tido esse contratempo. E sabe o que é pior? Você ainda fica de cara quando eu digo que tu é boazinha demais, se aprendesse a dizer não para os outros isso não aconteceria.
— Eu sei Mel, você tem razão. Ainda assim, eu não poderia deixar uma amiga na mão, não sei ser assim. Gostaria de ser diferente, mas...
— Mas nada Cathy, não estou te julgando maninha, apenas acho que, às vezes, você faz demais pelos outros e se deixa de lado, não percebe o que te faz feliz ou apenas não luta por isso. É frustrante! Mas eu te amo mesmo assim!
— Também te amo. Nem sei o que vou fazer quando você não estiver por perto!
— Nem vamos começar com esses papos. Nada de sofrermos antecipado!
— Tem razão mana.
— Já tá preparando o almoço? — Pergunta curiosa, abrindo minhas panelas.
— Lógico né! Olha a hora garota! Você acordou super tarde hoje!
— Então vamos agilizar as coisas e ir trabalhar que ganhamos mais. Fora que hoje precisamos te apresentar o doutor Lucca.
— Para com isso Mel! Deixa as coisas seguirem o curso natural, no momento certo irei conhecer ele.
— Ok senhorita "tudo no seu tempo". Vamos almoçar senão daqui a pouco chegamos atrasadas.
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Assim é...Destino?
ChickLitAs pessoas não entram na vida da gente por acaso, cada uma tem um motivo para estar nela, e o tempo de permanência é determinado justamente pela razão que a fez entrar. Então faremos parte da vida de alguém enquanto essa pessoa precisa da gente ou e...