Capítulo 32

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O cara que cuidava dos ingressos fechou a porta e eu juro que vi ele dar uma piscadinha. Ignoro isso e mais pessoas vão entrando, quando já está cheio a roda gigante liga e começa a girar. Ela chega no topo e de lá é possível ver boa parte da cidade.

- Uau! É lindo!

Falo admirando a paisagem, a roda não para e dá mais uma volta. Quando nossa cabine chega no topo ela para de repente.

- O que aconteceu?

Falo e me viro pra Peter, já que eu fiquei o tempo todo olhando pra fora. Ele abre um sorriso e põem a mão no bolso, de lá ele tira uma caixinha preta de veludo e eu já entendo tudo.

- Pete...

Ele se ajoelha no pequeno espaço da cabine e abre a caixinha revelando duas alianças de preta, elas eram simples mas eram simplesmente lindas.

- Gwen, desde o dia em que eu te vi pela primeira vez já senti algo diferente. Sua beleza encanta qualquer um, olhos azuis, cabelo loiro, perfeita.

Ponho as mãos na boca desacreditada com o que estava acontecendo. Eu realmente não esperava isso, não agora.

- Admito que achei que fosse ser que nem as outras garotas do colégio, mas pra minha surpresa você era mais perfeita do que achei. Então, Gwen Stacy você aceita ser minha player dois?

Ri com a última frase, tinha que ser ele. Por fora eu estava estática, mas por dentro estava pulando e gritando de alegria, ainda mais com Peter me olhando com aquele sorriso perfeito dele.

- Eu... Sim, sim, é claro que sim!

Ele se levanta e coloca o anel no meu dedo, faço o mesmo com ele. Coloco meus braços em cima dos seus ombros e ele me segura pela cintura, eu tava tão feliz naquele momento que não parava de sorrir.

Ele me puxa mais pra perto, colamos nossos corpos e encostamos a testa. Eu podia sentir sua respiração se misturando com a minha. Fecho os olhos e beijo ele que retribui de imediato.

A roda gigante volta a rodar e a cabine balança fazendo com que nos separase-mos. Quase caímos, rimos do pequeno susto e nos sentamos. Puxo meu celular do bolso e tiro uma foto minha e dele com o pôr do sol e a cidade no fundo.

- Ficou linda.

Falo guardando o celular de volta, Peter passa o braço pelo meu pescoço e fala.

- Você é mais.

Nossa cabine chega no chão e o cara vem até nós e abre pra sairmos, Peter ainda estava com o braço no meu pescoço, meio que me abraçando.

- Pelo jeito ela aceitou né?

O homem fala e olho pra Peter que apenas assente com a cabeça e da uma risadinha.

- Você armou isso!

- Uhum. Agora vem, quero pegar algum prêmio nessas barraquinhas.

Vamos andando de mãos dadas até às barraquinhas de jogos. Peter foi imediatamente para uma em que precisava acertar bolinhas em pinos de boliche.

- Um ingresso, por favor.

- Aqui, você tem cinco chances.

A moça pega o dinheiro e entrega cinco bolinhas amarelas. Peter joga todas e derruba três pinos.

- Toma garoto.

Ela entrega dois chaveiros de Star Wars pra ele.

- É... Não sou muito bom nessas coisas.

Ele ri e me entrega um chaveiro com um mini BB-8, pego ele e guardo no meu bolso. Olho pra trás de Peter e vi mais uma barraquinha de jogos, naquela tinham vários ursinhos de pelúcia. Peter percebe pra onde estou olhando e se vira.

- Vamos naquela?

- Uhum.

Vamos até a barraquinha e era um daqueles jogos de tiro, o velho que cuidava de lá veio até nós e logo perguntou.

- Vão tentar?

- Eu vou.

Falo e pego o dinheiro do bolso, entrego para o velho e ele me entrega uma arma de brinquedo.

- Acerte os alvos, tem cinco chances. Os que estão em movimento o prêmio é maior.

Ele fala e se encosta na bancada e volta a fumar um cigarro. Pego a arma e aponto para os alvos, eu queria um daqueles gigantes. Cinco tiros, três alvos em movimento derrubados e dois parados.

- Quando foi que aprendeu a atirar assim?

Peter pergunta suspreso e aponto pra urso gigante com um laço vermelho no pescoço. O homem pega o urso e me entrega, respondo Peter após ter o urso em mãos.

- Uma vez meu pai tinha curso de tiro e como eu não podia ficar sozinha em casa ele me levou junto. Eu tinha oito anos e os colegas dele resolveram me ensinar.

- Oito anos e já sabia atirar?!

- Eu queria ser policial, quando falei isso para os colegas do meu país eles acharam uma boa ideia me ensinar desde cedo. Meu pai voltou do lanche e me viu com uma pistola na mão e os amigos dele me mostrando como recarregar.

Falei rindo relembrando daquele dia, minha mãe ficou uma fera quando soube. Os amigos do meu pai que contaram, ele não teve coragem de dizer que eu saio com ele de tarde e seus amigos me ensinam a usar uma arma.

Spider Gwen - O ComeçoWhere stories live. Discover now