Hunter é assombrado pelos fantasmas de seu passado, atormentado por uma dor incansável; escondendo-se por trás de sorrisos e piadas, na sua cabeça, os gritos dela ainda ecoam, culpando-o pelos seus erros.
Seu coração estava quebrado até conhecer T...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Estou sentado nos estofados no canto do pub quando vejo meu melhor amigo caminhando na minha direção, seu sorriso é amplo, o ambiente parcialmente escuro cobre seu rosto. Ele senta-se no estofado na minha frente, relaxando o corpo.
— Cara, eu tô fedendo a vômito — fala alto, sua voz sobressai sobre o volume da música que ecoa no pub.
Solto um riso nasalado, ergo uma das sobrancelhas, o cheiro forte de bebida deixado pela garota desconhecida há poucos minutos era desagradável.
— Você ri porque não foi com você, babaca. Sério, cara, estou com pena da Trisha, mas como vou pegar alguém com esse cheiro? — Reece gesticula as mãos em direção aos pés e bufa, rolando os olhos.
Dou de ombros e em seguida, um vinco se forma na minha testa.
— Trisha? Você conhece ela? — pergunto.
Reece dá de ombros casualmente.
— Época do colégio, você sabe. — Ele gesticula, e só por notar seu gesto nervoso, sei que há algo errado.
— E vocês dois eram namorados ou algo assim?
Meu melhor amigo arregala os olhos.
— Não! Ela era melhor amiga da Brook.
Solto um riso.
— A Brook nunca me falou sobre ela.
— É um assunto delicado, meu amigo.
— Assim como você, não é?
Ele me lança um olhar mortal.
Peguei no seu ponto fraco: minha querida amiga, Brooklyn Hock.
Reece é um dos caras mais bonitos da faculdade, além de ser sociável, engraçado e inteligente. Ele pode ter tudo o que deseja; status, mulheres e dinheiro, mas a única coisa que ele realmente quer conquistar é Brook.
Brooklyn o ignora como se ele não existisse, o que é engraçado de assistir quando ambos estão no mesmo local. Os dois foram namorados por longos anos durante a adolescência, mas hoje, Brooklyn só sente ódio por ele, o real motivo, ninguém sabe.
Seus olhos azuis adquirem um brilho melancólico e, imediatamente, me arrependo do que falei.
— Peguei pesado, desculpa, cara — falo, atraindo sua atenção novamente.
Ele fixa o olhar no meu rosto. A mandíbula está trincada, os punhos fechados em cima da mesa.
— É. Você deveria respeitar minha dor, Hunter — ele diz, aparentemente magoado comigo.
Não comento que sua dor está durando quatro anos e que, Brooklyn não está disposta a perdoa-lo. Meu amigo sabe ser dramático quando quer.
Reece se levanta, e desaparece no mar de pessoas dançantes na pista de dança.
