Capítulo 18 - O fim do começo.

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Assim que retornaram da viagem para Cancún, Donna e Harvey receberam uma ligação de Mike dizendo que Rachel estava em trabalho de parto. O casal apenas deixou as malas em casa, pegou alguns itens de Harriet - que encontrava-se no ombro do pai - e foram para o hospital.

Donna e Harvey pegaram um pouco de trânsito e quando chegaram lá, Harry, o filho de Mike e Rachel já havia nascido.

- Hey! - disse Donna entrando no quarto onde Rachel estava, seguida de Harvey e Harriet - Bem vindo Harry! - disse inclinando-se para abraçar a amiga e olhar o bebê mais de perto.

- Olá, tia Donna, você quer me segurar? - Rachel delicadamente colocou o filho nos braços de Donna.

Donna pegou Harry no braço com muito cuidado e ficou embalando-o enquanto a criança chupava um dedo e olhava para a ruiva. Entretanto, o momento foi interrompido por um choro estridente, Harriet não gostou nada de ver a mãe segurando outro bebê e começou a chorar chamando "Donna", esticando os bracinhos na direção da mãe. Paulsen entregou Harry para Mike, pegou Harriet no braço e foi para o corredor do hospital; Harvey explicou que a criança estava muito cansada da viagem e os amigos compreenderam. Pediu licença e foi para o corredor onde Donna estava.

- Harvey, pega uma mamadeira que está aí na mochilinha dela - apontou Donna com Harriet no braço tentando fazer a criança parar de chorar.

- Pelo visto não é só eu que não gosto de te dividir - brincou Harvey fazendo Donna lhe dar um de seus olhares.

- Harvey! E quando nós tivermos outro filho? Ela precisa aprender a não ter ciúmes de nenhum de nós!

Donna caminhava de um lado para o outro do corredor enquanto Harriet tomava a mamadeira.

- A mamãe ama e sempre vai amar você - dizia Paulsen para a filha que a olhava fixamente - você não pode ter ciúmes do Harry, ele é amiguinho, quase irmãozinho - Algum tempo depois, os olhos de Harriet foram se fechando e ela nem chegou a terminar a mamadeira - Harvey, acho melhor a gente ir para casa e voltar amanhã, Harriet está enjoadinha porque está muito cansada, e nós também estamos - disse a ruiva; Harvey apenas concordou com a cabeça.

Paulsen e Specter retornaram ao quarto e se despediram de Rachel e Mike, avisando aos amigos que retornariam no dia seguinte.

….

Três meses passaram e Harriet em algumas semanas estava prestes a fazer 1 ano. A criança já andava e falava algumas outras palavras como "mamãe", "papai", "nene", "teté", quando queria leite, "molango" e ainda chamava a mãe de "Donna" quando queria algo, exatamente a técnica que o pai lhe ensinou. Estava mais habituada a presença de Harry, já não chorava mais ao ver os pais interagindo com a criança. 
Harvey e Donna estavam em uma boa fase; começaram a sair só os dois pelo menos uma vez por mês e sentiam-se cada dia mais conectado. Nesses dias em que saiam, Harriet geralmente ficava com “Lou”, como ela chamava Louis, e Sheila.
Certa manhã, Donna acordou e se deparou com o apartamento vazio, até estranhou mas lembrou que, algumas vezes bem cedo, Harvey adorava passear com Harriet. Ela levanta-se e vai para cozinha preparar o café da manhã.

- Amor? - disse Harvey entrando no apartamento.

- Estou na cozinha - respondeu Donna.

- Trouxe umas coisas para você da farmácia.

- Mas eu não te pedi nada! - retrucou.

Harvey colocou Harriet no cercadinho e entregou a sacola branca para Paulsen, que abrindo, suspirou e disse:

- Harvey….

- Donna - diz ele dando um passo para ficar ainda mais perto dela - só faça.

- Eu estou bem, não tive nenhum sintoma.

Everything is changed!Where stories live. Discover now