Capitulo 23

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Zarah havia sido rápida em arrumar uma bolça com roupas e alguns daqueles vidrinhos, ela aparentemente não tinha apego nenhum a casa ou a cidade.

 Haviam chegado sãos e salvos até a padaria, sem ninguém os perseguindo até a morte. A porta estava trancada, Dália teria que pedir a chave a sua mãe. Ela bateu na porta da casa ao lado da padaria, onde Catherine morava. Ninguém atendeu, mas a porta estava destrancada.

— Oi, tem alguém em casa? — Ela chamou.

Ela foi até a sala, abriu a porta e encontrou sua mãe tomando chá com a rainha e Ériko. Os três olharam para ela com cara de quem estavam vendo um fantasma. Catherine se levantou da poltrona em que estava e a abraçou.

— Mãe, tá tudo bem?

— Eu sabia que você estava viva!

— É claro que eu estou. O que está acontecendo? Por que eles estão aqui?

A rainha se levantou de onde estava e foi até ela.

— Por favor, me diga que meus filhos estão vivos, que estão com você.

— Estão todos bem. Mas afinal, o que está acontecendo?

— A alguns dias, o rei anunciou terem encontrado os príncipes e três jovens mortas. Mas não havia nem sinal dos corpos, eu imaginei que fosse mentira, mas você estava envolvida em alguma coisa, com aquela assassina, eu não sabia no que acreditar.

— A Laís não é perigosa, mãe. Eu vou chama-los.

Em um minuto a sala de sua mãe estava cheia. A rainha abraçava os filhos e dava uma bronca ao mesmo tempo, como se fossem crianças.

— Podem me explicar quem são vocês? — Pediu Martina.

— Essa aqui é a Dália, que você já conhece e essa é a Ariela, ambas são suas noras. — Disse Cassandra dando uma piscadinha para Ériko, que permanecera sentado o tempo todo. Martina olhou de Cassandra para as outras duas. — Não olha pra mim assim, elas são namoradas dos seus filhos. Continuando, essa é a Laís, ela é a verdadeira assassina, mas isso é irrelevante. Essa é a Leo, ela e Laís são primas. E essa daqui é a Zarah, nossa mais nova amiga.

Zarah olhou para ela irritada. Ela não suportava eles, e por isso era divertido.

— Eu só queria esclarecer uma coisa, aqui. No momento o rei está querendo matar a gente, então não contem para ninguém que estamos aqui.

— Mas o que foi que vocês fizeram? — Perguntou Catherine.

Ariela contou tudo sobre o plano de H., sobre ter perdido a memória, a noite em que foram atacados.

— Quem é você de verdade então, minha querida? — Perguntou Martina.

— Resumindo, eu sou uma princesa flyer, o rei tentou me matar e cortou minhas asas, eu tomei um tônico do esquecimento e acabei sendo presa por acidente.

— E onde você estiveram? — Perguntou a rainha.

Dália foi até Ériko e o levou até a cozinha, enquanto Ariela explicava o que tinha acontecido.

— Que bom  que está bem, eu fiquei preocupado. — Disse ele.

— Você é um mentiroso! E que história é essa de filho? Agora você também é príncipe?

— Calma, eu posso explicar. E não, eu não sou príncipe, eu só considero a rainha como mãe. Desculpa por ter mentido, eu juro que ia te contar a verdade.

— Quando? Porque você teve muitas chances para me contar, um ano inteiro. Mas porque você mentiu, pra início de conversa?

— Você não iria entender.

— E porque não tenta me explicar?

— Está bem, se lembra de quando nos conhecemos, naquela festa? Todos lá sabiam quem eu era, e eu já estava cheio de gente ao meu redor interessado no meu dinheiro. Ai nós nos encontramos, e você não fazia a mínima ideia de quem eu era e eu não queria estragar a conversa falando a verdade.

— Então mentiu pra mim porque achou que eu fosse interesseira?

— No começo, mas você não é.

— Eu até entendo você, só acho que você deveria ter me contado a verdade mais cedo.

— Então você me perdoa?

— Eu disse que eu te entendo, não que te perdoo. Não posso confiar em alguém que mentiu pra mim todo esse tempo.

— Tudo bem, eu entendo. — Disse ele, já se direcionando de volta para a sala.

— Espera ai. Eu estou grávida. 

Reino de Asas e Redenção - Livro 2Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin