capitulo 50

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3 semanas depois: Ella

- Ella?- Pietro me chama enquanto toma seu café.

- Oi?

- É normal abraçar muito uma pessoa?- Pietro me pergunta e eu sorrio.

Sei oque ele tá perguntando, todas as vezes que eu levei ele na escola, Manuela já chegava com seus abraços infinitos e carinhosos.

- Quando de gosta dela sim.- digo

- Então se abraçar muito uma pessoa é por que gosta muito dela?- ele pergunta e eu concordo.

Ele fica em silêncio e volta a comer.

Corbin me olha entendendo a situação mas não diz nada para não deixa-lo com vergonha.

- Pietro meu querido, fiz uma lancheira com bolo pra você.- Annie diz entrando na cozinha.

- Annie? Você pode colocar pra manu também?- ele pergunta é Annie me olha sorrindo.

- claro.

- Você é ela estão bem próximos não estão?- Corbin pergunta para pietro e eu o chuto por debaixo da mesa.

- a gente fica junto, ela é legal e gosta das mesmas coisa que eu, a gente tem assunto.- vejo Pietro conversar com Corbin e sempre fico pasma com a facilidade que esses dois tem pra conversar.

- Gosta dela?- Corbin pergunta na lata e eu olho para pietro esperando uma resposta.

- Gosto.- ele diz sem exitar e é a primeira vez que eu vejo ele ser firme com uma resposta.- Quer dizer... Ela é minha amiga, eu tenho que gostar dela, não é?- ele pergunta envergonhado e Corbin me olha.

- Ele com certeza não vai um galinha igual eu.- Corbin me diz sorrindo e eu ergo uma sobrancelha.

- Igual a você?- pergunto.

- Eu q-quiz dizer igual meu antigo eu, não eu agora.- ele diz tentando se desenrolar.- tá na hora da escola ne Pietro?

Pietro sorri e se levanta, ambos saem da mesa e segundos depois já saíram da casa.

Os dois já estão em tanta sincronia que sabem quando devem correr.- penso sorrindo.

Ouço a campainha tocar e me levanto para atender a porta.

Mas fico surpresa ao encontrar Patricia, mas não a que estou acostumada. Ela está totalmente diferente, sem sua roupa elegante de cada dia, apenas uma roupa casual.

- Patricia, oque quer aqui?- pergunto sem paciência para qualquer briga que ela queira ter agora.

- só conversar, podemos?- ela pergunta suavemente.

Tem alguma coisa errada.

- No meu escritório.- digo liberando a entrada para ela

Caminhamos até o escritório e Patricia se senta na mesa e eu me sento de frente pra ela.

- Me diz, oque você quer aqui Patricia.- pergunto não querendo enrolação.

- há 3 semanas fiquei sabendo do noivado.- ela diz apontando para a minha aliança.

- E quer que eu desista do casamento pra você ficar com ele?- pergunto.

- não.- ela diz sorrindo.- Lembra que um pouco depois que você chegou em casa papai nos levou pra uma casa no lago?

Ela me pergunta de uma lembrança que eu nunca esqueceria.

Tio Júlio me levou para ver as estrelas no campo e disse que meus pais sempre estariam comigo.

- Claro que eu me lembro, tio Júlio ficou feliz por você finalmente ter aprendido a ler, mesmo que tarde. Mas onde quer chegar?

- Quando eu fiquei sabendo do noivado eu fiquei com muita raiva, inveja e senti muita coisas ruins Rafaela.- ela me diz.- então eu fui pra casa no lago, era uma das propriedades que meu pai deixou pra mim. E no meu antigo quarto, achei uma carta que meu pai escreveu pra mim por ter aprendido a ler, era um presente. Talvez se eu tivesse lido essa carta a muito tempo nossa relação não teria sido a mesma.

- Então por que não leu quando ele te deu?- pergunto em entender aonde quer chegar.

- Por que era mentira.- ela diz.- Eu não tinha aprendido a ler, mas mamãe viu como você era inteligente e mentiu. Papai não descobriu e eu aprendi meses depois.

- oque tinha na carta Patricia ?

- Muita coisa, mas principalmente ela tira o peso que eu tinha sobre você.- ela diz e vejo que está triste - sempre achei que você roubou meu pai de mim Rafaela, sempre achei que ele preferia você do que a mim. Sempre que acontecia alguma coisa ele corria para ver como você estava e eu me sentia em segundo plano. Jogada e rejeitada.- ela diz e não entendo de onde ela pode te tirado isso.

- mas Patricia...

- Para, me deixa terminar.- ela diz.- Só que depois de ler a carta, eu entendi que te acolher não foi só por você, ele fez isso para que eu e minha mãe pudéssemos ter uma vida estável. Sei sobre o sequestro e o tio Fernando sente muito pelos problemas que o irmão dele lhe causou, mas minha mãe no teve nada haver com isso, apesar dos problemas dela com você.

- Tudo bem, não que eu a perdoe pelo oque fez.

- E nem devia, ate para mim aquilo foi demais e é por isso que quero me afastar.- ela diz.- Por isso eu vim aqui.

- não entendi.

- Quero vender a minha parte nas ações da sua empresa, quero sair do país e viajar.- ela diz.

- Tem certeza Patricia?

- Tenho, tá na hora de eu conhecer pessoas novas. Correr atrás das mesmas cansas, ainda mais agora que ele está noivo da minha prima.- ela diz e sorri.

- Se é oque quer.

Srta. CarterWhere stories live. Discover now