capitulo 29

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Ella:

Abros os olhos e volto para o lugar escuro.
Ao abrir minha boca percebo estar sem a mordaça.

- Tem alguem ai?- grito.

Nao consigo enxergar nada ao redor, apenas uma luz que vem por debaixo da fresta de uma porta.

- Socorro!- grito novamente.

Tendo sair da cadeira, mas sinto meus pulsos amarrados assim como meus pés.

É muito difícil enxergar no escuro, mas Bato o pé no chão para saber se estou com o mesmo sapato que sai de casa.

Pelo menos ainda estou com o rastreador que coloco em todo sapato antes de sair de casa.

Mas esta acontecendo muito rápido, ainda nao pude ter a guarda de pietro.

Pietro...
Espero que ele esteja bem.

Ouço passos ao longe e logo vejo a sombra de uma pessoa por baixo da porta.

Meu coração acelera. Tenho medo.

Novamente penso em Pietro e como vai ser para ele digerir tudo oque vai acontecer ou ja esta acontecendo.

Ouço uma chave ser usada para abrir a porta e segundos depois um homem entra no quarto escuro em que estou.

Nao consigo ve-lo, mas sei que carrega algo nas maos.

Que nao seja uma arma.

E então uma luz se acende acima da minha cabeca, nao o suficiente para iluminar o quarto todo, mas dá para ver oque tem ao meu redor.

E então Fernando aparece a minha frente com um sorriso sinistro em seu rosto.

- Beba agua, o sedativo deve ter te dado sede.- ele diz estendendo uma garrafinha de agua aberta em direção a minha boca.

Nao nego a agua, se eu for morrer pelo menos nao vai ser de sede ou com sede.

- Por que esta fazendo isso Fernando?- pergunto depois de beber toda a agua

- Fernando?- ele pergunta e rí.- Acha mesmo que o idiota do meu irmão teria coragem de ir atrás da mulher que ele ama como eu fui?

Nao entendo

- você me ama?- pergunto sem entender e novamente ele rí.

- não voce, mas se parece tanto com ela - ele diz passando os dedos por meu rosto.- Menos os olhos, se o fechasse por um momento poderia fingir que estou com ela.

Esse homem é doente.

- Se voce não é o Fernando quem é voce? Por que esta fazendo isso comigo?- pergunto, por fora posso parecer confiante ao perguntar, mas ele rí ao ver minhas maos tremendo.

- Fabrício e voce não me é de tanto valor assim.- ele diz se afastando.- sabia que se meus planos tivessem dado certo, voce me chamaria de pai?- Ele rí novamente.-  Rosa era o amor da minha vida.- ele diz pensativo.

Minha mae. Então ela é a razão disso.

- E eu nao posso mais te-la por que seu pai simplesmente a tirou de mim.- ele diz me olhando furioso.- então agora vou tirar tudo dele, incluindo voce e a maldita empresa.

Olho para ele, esse homem é louco.

- Bom, então é melhor voce aproveitar por que a única coisa que pertencia ao meu pai que voce vai chegar perto sou eu.- digo

Ainda estou com medo, mas minha raiva parece crescer a cada segundo na presença desse homem.

Ele começa a rir na minha cara.

- Mas eu ja consegui tudo, ao menos em parte.- ele diz.- tenho você e por você esta aqui, alguem terá que tomar seu lugar la fora e Roberta parece gostar muito dessa opção.

Logo eu fecho minha cara, sabia que ela estava envolvida nisso.

- Não, nao pense nisso.- ele diz.- ela é só mais um peão, quando conseguir tudo oque é seu eu vou pegar para mim sem que ela perceba.

- Isso nao vai acontecer.

- tadinha, tao sozinha no mundo. Mas agora você tem a mim rosa.

Srta. CarterWhere stories live. Discover now