Capítulo Vinte e Seis: Fofo e Grosso

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— Porra, não!

— Foi o que pensei… Eu posso te fazer uma pergunta, Win?

— Já não está fazendo uma?

— Você tem razão. Eu posso te beijar agora?

— Normalmente as pessoas não perguntam antes de beijar as outras, elas simplesmente beijam… Você pediu para beijar a minha testa no acampamento?

— Não.

— Então, por que está pedindo agora?

— Porque agora não é para acalmar você, agora é porque você fez meu coração disparar.

— Você… Você também faz o meu disparar, seu idiota.

— Uma última coisa, Win… Você gosta de mim?

— Não, eu senti ciúmes e quero que você me beije agora porque eu odeio você, realmente, Bright, você é um idiota.

A mão que mexia no cabelo de Win, foi para o pescoço do garoto e a sua outra mão foi parar na cintura de Win. Enquanto Win segurou os ombros dele. Ficaram se encarando por alguns segundos então Win fechou os olhos e inclinou a cabeça indo de encontro aos lábios de Bright.

O beijo se iniciou lento, uma parte de Win não acreditava que ele estava ali beijando o garoto, que há uns dias odiava sem motivo e agora… Bem, agora ele estava gostando dele.

Quando ambas as línguas se tocaram, o beijo que antes estava sendo lento e calmo se transformou em algo mais intenso e ambas as respirações ficaram quentes e desreguladas. 

— Espera… — Win se afasta de Bright com as mãos nos lábios e tentando respirar. Ele estava vermelho, principalmente suas orelhas, Bright estava do mesmo estado.

— Eu fiz… Eu fiz algo errado?

— Não, porra, não. Você beija bem pra caralho.

—  Você consegue ser fofo e grosso ao mesmo tempo, Win. — Bright fala e logo depois começa a rir e tampa o rosto com as mãos. 

— Vou tomar isso como um elogio, eu acho… Eu preciso voltar para a festa...

— Você ainda quer voltar? — Bright vai na direção de Win dá um selinho e se afasta dele logo depois. — Ainda quer voltar?

De verdade Win não queria voltar, ele queria beijar Bright de novo e tê-lo ali na sua frente fazendo bico não estava ajudando, mas eles estavam na varanda de alguém, ele não queria virar o assunto deles, não hoje. Lutando contra o impulso de beijar o outro de novo, Win falou que eles teriam outras oportunidades por tanto que Bright não sumisse de novo.

De volta à festa, Win ficou perto dos seus amigos, mas o tempo todos seus olhos iam ao encontro de Bright, que estava na outra extremidade da sala fazendo o mesmo que ele.

— Sério, arrumem um quarto, a tensão sexual está quase palpável. — Se Win estivesse bebendo alguma coisa, com toda a certeza ele se engasgava agora.

— Tu?

— Não precisa mentir, primo, eu e o Nani sempre desconfiamos desse seu ódio sem motivo.

— No fim, era tudo tesão acumulado, bestie. Me diga, por favor, que vocês estão juntos. Eu e a Tu merecemos saber. — Agora era Nani que o confrontava.

— Não sei do que vocês estão falando.

— Fofoqueiros morrem com fofoca pela metade, sabia, Win? — Tu fala fazendo uma carinha fofa e o Nani a segue.

 — Mais tarde conversamos, certo?

Eles riem e depois voltam ao que estavam fazendo. E Win volta a olhar para Bright. Tudo ainda estava um pouco confuso dentro de si, mas Bright parecia aquela pequena luz no fim do túnel, que lhe dá esperança.


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