Capítulo Dezoito: Eu Não Devia Ter Vindo

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No fim a Love estava procurando Win para tirar fotos suas na trilha perto dos quartos. Ele a aproveitou e fez tirar fotos dele também. Depois disso, Win se reuniu com seus dois amigos no almoço. Combinaram de ensaiar mais, porque eles tinham mais falas que Win. O garoto então resolveu voltar para a trilha e tirar algumas fotos da paisagem.

Win só se deu conta, que se afastou da trilha tarde demais e como se a situação já não fosse das melhores seu celular estava sem sinal.

— Calma, não há motivo para pânico. — Ele se encostou perto de uma árvore e começou a olhar as fotos, já que ele tinha tirado várias do acampamento até onde ele estava nesse exato momento. Elas poderiam ajudá-lo de alguma forma. Win voltou a caminhar, depois de analisar algumas fotos, ele não tinha se afastado tanto da trilha como ele havia pensado. Olhar as fotos realmente ajudou.

Minutos depois, ele conseguiu achar a trilha, mas sua felicidade durou pouco, ele sentiu pequenas partículas de água sobre o seu rosto e olhou para o céu, como se o cara lá em cima pudesse ouvi-lo.

— De novo não, por favor. — Win começa a correr, mesmo só sendo apenas um chuvisco podia se transformar em instantes na mesma tempestade de ontem e ele não queria que isso acontecesse, não agora que ele estava num lugar aberto e à vista de todos.

A chuva parecia estar ciente do medo do garoto, pois ela começou a ficar mais forte, Win não estava conseguindo enxergar nada à sua frente. Mas ele tinha duas opções, correr sem enxergar nada e acabar sofrendo um acidente ou ficar onde ele estava e esperar que a chuva pare. A última opção parece mais viável para Win, mas ela tem uma falha e se a chuva não parasse e com ela acabasse vindo os raios e os trovões? Win voltou a correr e alguns metros à frente ele acabou tropeçando num galho e ele desabou.

No chão, Win sentia vontade de chorar, ele sabia que precisava sair dali. Mas parece que seu corpo não estava funcionando. A chuva não parava e ele acabou lembrando do seu sonho da noite passada.

Ele também corria, mas lá não chovia. O que lhe assombrava no sonho era a chuva que sempre vinha com os raios e trovões que ele tanto temia e junto vinha também as risadas. Sim, as malditas risadas ele já conseguia ouvi-las quando voltasse ao acampamento todo sujo e com a cara inchada das lágrimas que não paravam de cair. 

Minutos depois, Win conseguiu se recompor e percebeu também que a chuva tinha dado uma trégua. Ele tenta andar depressa para conseguir ao menos um abrigo antes que a chuva fique forte outra vez, mas agora Win não consegue ir tão rápido, ele machucou o joelho quando caiu.

— Maldita tempestade, eu sabia que não devia ter vindo para esse… — A frase dele é interrompida antes que ele a termine, porque um forte trovão rompeu o céu e Win se abaixou, mesmo com seu joelho latejando. 

The CampWhere stories live. Discover now