Capítulo Dezenove: Promessa é Promessa

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— Por favor, pare… Por favor.  — Win murmura baixinho com a voz trêmula, com as suas lágrimas ameaçando cair outra vez. A chuva havia parado, mas os trovões não e ele não conseguia se mover.

— Win? 

— Bright?

— Graças a Deus que eu te achei. Eu já estava desesperado e preocupado com você. — Ao ouvir as palavras do garoto todo encharcado e sujo de lama, na sua frente Win percebeu que mesmo estando com frio, elas o aqueceram.

— Me tira… Me tira daqui, por favor!

— Nós vamos falar com a Love e chamar os responsáveis do acampamento. Você ficou muito tempo na chuva.

— Você também, ao que parece.

— Eu não sou importante agora, Win, você sim.

Após essas palavras um silêncio constrangedor recai sobre os dois garotos. Claro que a saúde de ambos era importante, mas porque Bright só se preocupava com Win? E não com ele? Antes que ele tivesse a chance de perguntar, outro raio rompeu do céu seguido de um trovão, o que fez Win se arrepiar dos pés à cabeça.

Win estava agachado agora, tampou os ouvidos outras vezes e fechou os olhos. Segundos depois ele sentiu mãos quentes sobre as suas e algo quente e macio tocando na sua testa. Win mesmo com medo do mundo exterior abriu os olhos e percebeu que Bright estava ajoelhado à sua frente, com as duas mãos em cima das do garoto e seus lábios tocavam a sua testa.

— Eu te disse que pode contar comigo sempre, aquilo foi uma promessa e eu sempre cumpro as minhas promessas. — Win olha bem no fundo dos olhos de Bright e vê que ele olha pra ele de um jeito estranho. Mas de novo fez Win se sentir quente por dentro.

— Droga… — É o que Win xinga baixinho antes de puxar Bright para um abraço apertado. 

Bright e Win ficam abraçados por um tempo. Até finalmente Bright se afastar e segurar o queixo do outro garoto para que ele olhe para ele, mas Win queria descansar a cabeça entre o ombro e o pescoço de Bright.

— Vamos voltar agora, certo? Você consegue caminhar, anjo?

— Anjo?

— Sim.

— Você me chamou de Anjo?

— Sim, chamei, você não gostou? 

— Não sei…

— Win, você me chama de idiota toda hora, nada mais justo que agora você também tenha um apelido.

— Eu não vou discutir com você, Bright, não tenho nem forças mais.

— Guarde suas energias para usarmos para voltar para o nosso quarto.

— Certo.

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