Gimme! Gimme! Gimme! A man after saturday (Johnny - NCT)

Take a chance on me, honey!

Diferente dos dias habituais, naquela segunda feira eu acordei super atrasada. Para quem costumava despertar às sete da manhã, acordar às dez era praticamente o fim do mundo. O celular não parava de vibrar e vi que Johnny me ligava; haviam cerca de seis mensagens e quatro ligações perdidas.

Aguardei até que o toque do celular parasse para responder as mensagens.

— Bom dia, Girassol! Tudo certo para hoje?

— Gatinha? Você está aí?

— O

— I

— Alguém aí?

— Me responde!

— Eu estava dormindo, por isso não respondi.

— Vou comprar algumas flores que preciso e você pode vir até aqui a partir das 13h. Bjs!

Fiz o que tinha de fazer e apressei os passos até a floricultura mais próxima, o conceito para o editorial seria justamente mesclar os traços masculinos de Johnny com a leveza das flores. Ele precisaria incorporar o Romeu para as fotos, sendo delicado, romântico, e ao mesmo tempo corajoso e forte.

Eu carregava em meus braços alguns buquês de Azaleias, Cravos, Dálias, Centáureas e os famigerados Girassóis, o restante das flores seriam artificiais e usaria as que tinha guardado no showroom. O tecido grosso já estava posicionado na parede em uma bela gambiarra que eu havia feito, posicionei as flores uma a uma até que formassem um lindo cenário, ao ponto de que dessem a impressão de estarem "sugando" o modelo para dentro delas. A campainha soou me despertando do que eu estava fazendo, Johnny esperava porta a fora e descobri assim que o ouvi cantarolar uma música qualquer, sua voz era doce e já tinha escutado algumas vezes quando a janela de seu quarto ficava aberta.

— Oi! — esbocei meu melhor sorriso e recebi outro de volta. — Pode entrar! Já terminei de arrumar as coisas.

— Você não me respondeu mais e fiquei na dúvida se deveria vir ou não.

— Precisei sair e comprar mais flores, não sou muito apegada ao meu celular e acabo esquecendo de responder as pessoas. — o rapaz concordou em silêncio e retirou a mochila que carregava em um dos ombros, a posicionando no sofá ao seu lado — Vem! Eu vou te dar o figurino e você pode se arrumar no banheiro.

Johnny me acompanhou até o Showroom, lá eu escolhi o figurino que já havia pensado a meses, uma camisa de tule branco com mangas bufantes e uma calça flare preta. Ele encarou as peças detalhadamente, não consegui decifrar o seu sentimento enquanto as olhava, mas pedia internamente para que ele tivesse gostado.

Enquanto ele se arrumava decidi ajustar a câmera e o restante do cenário, qualquer um que visse minha atual situação notaria o quanto eu estava nervosa. Precisaria maquiá-lo também e não conseguia nem imaginar como eu ficaria ao aproximar o meu rosto ao dele outra vez. Enquanto vagava nos meus pensamentos a silhueta do meu vizinho despontou na porta, revelando seu corpo definido naquela camisa transparente; as mangas bufantes caíram como uma luva em seu corpo revelando as tatuagens pelas quais eu era tão apaixonada, a calça acentuava sua cintura fina devido à boca sino e me perdi na beleza dele por alguns segundos, notando o quanto sua pele em tons de oliva contrastava e também combinava com toda a composição.

— A maquiagem... você vai fazer ou vou tirar foto sem ela? — ele questionou, ajustando a camisa que apertava um pouco em seu peitoral.

— Irei fazer, sente-se aqui. — apontei para a penteadeira e ele se sentou.