-Você está fazendo o certo, raio de sol. E vou apoiá-la no que for. -Ele aperta um pouco minha coxa e eu lhe dou um sorriso carinhoso e significativo.

            *****


 Entro dentro de casa com Caleb atrás de mim, ela parecia silenciosa mas quando ando um pouco mais, ouço o barulho da TV e risos vindo da sala. Eu andava pelo corredor apreensiva e receosa. Quando paro na sala, minha mãe, meu pai e Star assistiam concentrados e risonhos um filme de comédia antigo. Nenhum deles notam minha presença ou a de Caleb.

 -Oi gente. -Digo, em voz baixa. 

 Os olhares não foram direcionados a mim, mas ao corpo bronzeado e musculoso atrás de mim. 

-Filha, é bom ver que está bem acompanhada, dessa vez. -Mamãe diz, com um sorriso gentil, mas seu olhar diz várias outras coisas. 

-Posso conversar com vocês dois. - Digo, referindo-me aos meus pais.

  Caleb e Star entendem a deixa e nos deixa a sós, antes dele ir para e me da um beijo na testa. Meus pais viram, com certeza. Quando os olhos, eles viram para olhar coisas em direções opostas. Caminho até a poltrona onde minha irmã sentava anteriormente já que eles estão ocupando o sofá.

 -Você não dormiu em casa, Star nos contou praticamente nada.- Papai diz e esperou uma resposta do porquê.

-Bem, é sobre isso que quero falar. Espero que possam apenas ouvir no início. Peço que não me julguem ou critiquem, por favor. -Pedi, com os olhos baixos.

-Você transou com Caleb?- Mamãe exclamou.

-Maisa!!!!-Papai gritou. 

-Não, não foi nada disso.

   E então começo a contar tudo, cada detalhe a eles. Uma coisa que sempre agradeci foi por ter essa família, por ter meus pais, nunca senti a mínima vontade de esconder nada a eles e mesmo nessa situação ainda confio neles para abordar esse assunto. Eu gostaria que outras pessoas tivessem isso, o conforto de poder contar com os pais. Falo tudo da festa e explico o porquê não dormi em casa e cheguei com Caleb.

   Como pedi eles não dizem nada até que eu pare de falar e tenha meus olhos cobertos por lágrimas, esses dois dias estou assim. Chorona.

-Sempre fomos claros com você e sua irmã para confiarem em nós dois, para que contassem tudo porque além de pais somos como amigos, sabendo até onde vai o limite. Temos o dever de brigar com você por ter bebido sabendo que pode só depois dos 21 mas também é nosso dever de pais a abraçar e dar nossos ombros para nossas filhas chorarem. -Mamãe diz, com o semblante triste.-Vem aqui. -E me puxa para um abraço. -Como mulher sinto muito pelo que passou, qualquer um pode dizer que foi só uma tentativa dele, mas que deu errado. Só que o que nunca vão entender é que pode parecer insignificante, mas para quem passou não é. -Ela dizia e passava a mão por meus cachos. -Sou contra violência, mas nesses casos sou a favor da punição severa, e ainda mais por ter sido com uma filha minha. 

-Estamos aqui, minha cenourinha.-Papai afirmou, me chamando pelo apelido carinhoso que ele me batizou quando criança. As lágrimas caiam mais pesadas e sem controle. -Se por acaso, eu torço que não, meu caminho cruzar com o dele, eu acabarei com ele. 

-Caleb fez quase isso já, pai. -Falo, fungando.

-Bom, por isso gosto dele. E não querendo dizer que o que passou foi bom, mas fico feliz por vocês finalmente estarem juntos.

  Outra pessoa, parecia também notar os sentimentos escondidos que Caleb nutria por mim.

-Só eu não sabia?-Perguntei ironicamente e ainda fungando.

Siga Seu CoraçãoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora