Alyvo: O Dragão Negro - LIVRO 1

Encarcerado

Boa noite voltamos com mais um capítulo. Hoje ele é bem pequeno, mas essencial.

Antes de começarmos eu quero dizer, que hoje 01/05 é aniversário de uma leitora muito especial, @cinetxt ela me pediu para postar um capítulo para ela e aqui está. Espero que ele seja o que você estava esperando minha vida.

Então bora ler.

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Solstício de Inverno - Lua cheia de Março

[Era Dragortart]

A memória é tudo. Sem ela, somos cegos.
Sem elas, entregamos o destino do nosso mundo ao acaso.

—Os Animais Fantásticos 3: Os Segredos de Dumbledore

— Se aquele homem não tivesse aparecido. A Condessa já estaria morta a essa hora — esbravejou jogando toda a simples prataria da mesa improvisada de pedra, no chão.

— Acalma-se Lucaris — pediu calmo. 

— Como quer que eu fique calmo? — Tirou sua máscara, a jogando contra a parede. Revelando seu rosto, posteriormente ferido no recanto direito do lábio — O plano deu errado J! — parou analisando a postura calma do parceiro, torcendo o lábio em desgosto. — Era você quem deveria estar frustrado agora. Não eu! Nosso plano foi pelos ares, perdemos a chance de finalmente dar um susto no rei e nos vingar do Marquês.

Ele estava consumido pela raiva. O entendia, foi uma grande perda de tempo e esforço. Quem diria que aquele desconhecido iria interferir, em nome da Condessa. Enfrentá-lo teria sido uma grande burrice, alguém com aquele nível de mana não é para se bater de frente sem ter um plano reserva. Mas o mais intrigante sobre o desconhecido foi sua devoção para com a floresta.

 Mas mesmo sendo obrigado a recuar, aquele não era o fim da guerra. Tirou sua máscara devagar revelando seu rosto calmo e sereno parado parceiro.

— Se eu começasse a gritar e quebrar tudo, então, nós seríamos dois surtados — segurou firme seus ombros retos, dando leves batidas no rosto —, e não conseguiríamos resolver nada se começássemos a brigar.

J o soltou, caminhando devagar, libertando seus ombros do tecido fino da camisa. Encostando-se nas paredes rochosas da janela do que chamava de casa. — Uma gruta úmida e abandonada. 

Haviam muitas pessoas sobre sua tutoria, idosos, mulheres e crianças precisavam de sua liderança para continuar vivendo em segurança. Por anos viviam assim, encurralados como ratos fugindo da tirania do rei e dos conflitos da guerra. Tentavam viver em paz, mas não existe paz nesse mundo. Nunca houve com August II e não haverá com Jungkook, nunca haveria paz enquanto existir um Ryder vivo. Eles são os principais conflitantes desta guerra e sem eles no poder… 

Era o fim do conflito.

— Nem tudo está perdido Lucaris! — agarrou o colar em seu pescoço. Deslizando o polegar pela jóia nomeadora do seu clã, acompanhando o trajeto da garotinha de cabelos longos e negros, vestida num vestido roxo de alças finas chujo do borralho de cinzas, correndo atrás de um lagarto, até encurrala-lo na parede da gruta.

— Como não está? — Perguntou preocupado.

— Nós aprendemos a sobreviver… Se temos sede, procuramos nossa água doce e quando temos fome… — olhou Lucaris, após a garotinha empunhar uma pedra menor e com ela, findar a vida do lagarto — Caçamos nossa comida, e quando temos um inimigo no nosso caminho?