— O nome dele é Kim Taehyung, né?

— Sim, hyung.

— O que ele gosta de fazer?

— Ele ainda não consegue fazer muita coisa, — Jeongguk refletiu. — mas assistimos animes e desde anteontem ele tem tentado jogar vídeo game. Ele gosta bastante de conversar.

Hoseok pareceu contemplar a resposta que obteve por um tempo. Quando o Jeon pensou que o interrogatório tinha acabado, mais perguntas vieram.

— Ele tem amigos?

— Já expliquei que ele não sai de casa ainda, hyung. A única pessoa, além de mim, que vai visitá-lo é minha mãe.

— Tia Yangwon é realmente uma pessoa adorável — Yoongi acrescentou à conversa.

— Por que ele não sai de casa? — Hoseok ignorou a observação e continuou a questionar.

— Ele mal consegue ficar sentado corretamente, eu já disse, hyung — Jeongguk estava incomodado com tantas perguntas.

Felizmente, para si, Yoongi também estava impaciente com a quantidade de questionamentos desnecessários. Ambos sabiam que esse era o jeito que Hoseok agia quando estava ansioso, falava sem parar, mas ele precisava se controlar.

— Hoseok, dá para parar? — o mais velho dos três resolveu interferir. — Você já sabe tudo que está perguntando. Jeongguk já nos deu um pequeno resumo do que precisamos saber. Estamos indo lá para conhecer um caso de atrofia, não ficar de babá de uma criança que você precisa agradar a todo custo.

A última frase fez o Jeon ficar pensativo de novo. Lembrou-se de quando foi apresentado ao caso, assim como seus hyungs estavam sendo agora. Diferente de seus amigos, ele preferia, inicialmente, que fosse uma criança. Dava-se bem com elas e era bem mais agradável. Recordava-se da frase de sua mãe no dia. Ele é tão dependente quanto uma criança. Era uma sensação diferente tratar de alguém assim. É muito mais fácil ser responsável por aqueles que não alcançaram a fase de independência ainda.

— Devemos perguntar o que realmente importa, Hobi — a voz de Yoongi chamou sua atenção. — A gente já sabe que a atrofia é decorrente da lesão medular. Mas, por que ele teve essa lesão?

Jeongguk ficou sem reação por alguns segundos. Ele não sabia a resposta. Nunca havia perguntado. Talvez para não ser intrometido, talvez por não ter pensado em tal pergunta. Era tão comum atender as crianças com atrofia por lesão ou por alguma doença tratada nos estágios iniciais, que não estava acostumado a lidar com uma situação tão avançada.

— Eu não sei — disse por fim.

— Não sabe? — Hoseok soou um tanto surpreso. O moreno não o culpava.

— O passado não importa. O meu foco é o presente e o tudo que posso fazer para que ele tenha um futuro melhor.

Sentiu-se poético ao proferir tais palavras. Não deixava de ser verdade. Seu objetivo sempre era ajudar ao máximo que pudesse as pessoas. Não podia deixar de sentir uma pequena pontada de curiosidade. Será que ele nascera com alguma condição que contribuiu para a lesão? Descartou a possibilidade em seguida. Se esse fosse o caso, não estaria obtendo resultados tão satisfatórios.

O carro prosseguiu o caminho em silêncio. Um clima de reflexão havia se instalado. Cada um perdido em seu próprio mundo até chegarem à casa dos Kim. Jeongguk saiu do carro e caminhou na frente, guiando os novos visitantes. Tocou a campainha e sentiu seu estômago embrulhar. Estava nervoso e não sabia por quê.

— Olá, meninos! — Hyoji recepcionou-os. — Entrem, por favor, fiquem à vontade.

A mulher abraçou cada um deles, sempre atenciosa. Hoseok ficou extremamente contente com a receptividade. O menino realmente adorava conhecer pessoas novas, socializar, ser afetuoso. Yoongi ficou um pouco acuado, mas retribuiu o gesto mesmo assim. Apesar de não levar tanto jeito quanto o amigo para lidar com pessoas, o garoto sabia manter a educação.

For Him | taekookWhere stories live. Discover now