Minha Madrasta de Aluguel - Catradora

Encontro marcado

Adora Grayskull Hordak

Malibu | Condado de Los Angeles, na Califórnia

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Eu mal abri meus olhos e já senti que toda minha paz estava se esvaindo quando ouvi a porta do meu quarto bater contra a parede. Suspirei sabendo o que estava por vir, assim como nos últimos oito longos e malditos meses.

Catra Rodríguez é a razão pela qual eu tenho ficado louca. Meu pai a conheceu há dois anos atrás em Havana quando estava fazendo uma viagem de negócios e coincidentemente entrando em um processo exaustivo de divórcio.

Imaginem qual a sensação de entrar em sua casa e encontrar sua esposa fodendo com outro no sofá da sala, deve ter sido de longe a cena mais louca e desagrádavel que Hunter Hordak já pode ter tido. Meu pai já desconfiava dessa situação há meses, mas ele não queria ser um idiota invasivo, louco ou controlador como minha mãe era - e de fato descobrimos que ela tinha motivos para isso.

De qualquer forma, meu pai está com essa mulher irritante como o inferno, a latina nem sequer me deixa ter um único minuto de paz, e quando eu digo que ela garante que minha vida seja um inferno, eu não estou brincando.

Ah e não vamos esquecer o porquê dela estar aqui: O que pode irritar mais uma mulher desesperada para ter seu casamento e império de volta do que uma nova mulher jovem na vida do seu ex marido?

Podem acreditar fielmente que isso está irritando minha mãe como nunca.

— Acorde, pirralha - A mulher diz, como habitualmente — Temos uma conversa pendente

— Eu não tenho nada para conversar com você. Agora saía, você não aprende que tem que bater? - Resmunguei com o rosto ainda afundado em meu travesseiro e puxei meus lençóis até minha cabeça

— Você pensa que eu não vi você chegando de fininho às três da madrugada? - A latina questiona, revirei os olhos e mudei o lado que eu estava para encará-la

— Eu não sei como isso poderia ser da sua conta

— Quando é ilegal, é da minha conta. Você tem dezenove anos, não vinte e um e chegou bêbada - Catra cruzou os braços contra o peito — Receio que seu pai terá que saber disso

— Você é literalmente a única que se importa. Adolescentes bebem o tempo inteiro e eu não sou uma exceção, agora saía do meu quarto - Cocei meus olhos e estiquei meus braços quando me sentei sobre o colchão, a mulher continuou parada olhando para mim — Além do mais, o que diabos está fazendo em casa? Você não tinha um almoço romântico ou alguma merda assim com o meu pai?

— A minha vida amorosa com seu pai não diz respeito a você. Tudo que precisa saber é que ele foi chamado para resolver algo no trabalho e então não vai poder aparecer antes do almoço.

— De qualquer forma, tenho um encontro e eu não vou mais perder meu tempo com você

Me levantei para ir até meu armário pegar as roupas que eu precisava, eu só tenho que sair daqui antes que ela realmente comece a me irritar de verdade. Basicamente todos os dias são assim. Eu terminei o ensino médio no ano passado, antes disso, meu pai arrumou algumas namoradas, mas nada muito sério. Elas eram legais e atraentes, e acima de tudo, não atrapalhavam a minha vida.

O diferencial agora é que meu pai declarou Catra como minha madrasta e deu a ela o direito de me azucrinar dia após dia e eu nem posso me defender porque ela é a voz da razão dentro da porra desta casa.

Bem, eu poderia morar com a minha mãe. Mas ultimamente ela só fala sobre como quer estrangular Catra com suas próprias mãos ou amaldiçoar meu pai incansavelmente por algo que ele não teve culpa. Eu não aguento ficar escutando suas lamentações, lidar com Catra parece menos ruim.