Capítulo 2 - Príncipes

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O Rei parecia não acreditar no que foi ouvido. Depois de tanto tempo protegendo seu filho dos humanos, para o mesmo sair sozinho?

— Vá para seu quarto. - O Rei sussurrou.

— O-o que?

— Para o teu quarto Park Jimin! - o Rei gritou. Nunca antes havia gritado com seu filho. Jimin estava choroso. Apenas assentiu e nadou depressa enquanto sentia olhares de reprovação para si. Ninguém estava do seu lado.

Trancou-se em seu quarto assim como mandado por seu pai, Jimin estava perdido.

— Vossa alteza... - Jimin sorriu mesmo que ainda chorando, ao escutar a voz carinhosa de Pitu na janela pequena de seu quarto. A lagosta chegou perto de menino e Jimin o abraçou. Mesmo sabendo que Pitu odiava abraços, dessa vez ele precisa. — Não acredito que fostes até a superfície... eu nunca deveria ter lhe contado sobre isso.

— Não! - Jimin interrompeu o amigo. — Poxa Pitu... lá é lindo. A lua, as estrelas, o amanhecer, e Jungkook... - Jimin deitou corado, parando de chorar ao lembrar do lindo homem que lhe roubou o coração e um beijo.

— Jungkook? Quem é Jungkook?

Jimin suspirou mais uma vez, lembrando dos olhos negros do garoto. Estava perdido.

— Jungkook é a pessoa mais linda que eu já vi em toda minha vida. - Pitu arregalou os olhos. Jimin havia conhecido um humano?

— Conhecestes um humano?

— Conheci seis! - A lagosta tonteou. Não estava acreditando no que ouviu.

— Seis?

— Seis!

— E tu falastes com todos? - Jimin negou, o que deixou o coração de Pitu mais leve. Eu só conversei com Jungkook, eu o salvei. Jimin deu uma breve explicação sobre os acontecimentos. Contou sobre a sensação de ter Jungkook perto de si e o choque que percorreu seu corpo.

— Eu queria vê-lo novamente. - Jimin lamentou — Sinto como se meu coração estivesse apertado estando tão longe dele.

— "Dele"? - Jimin olhou assustado ao ver seu pai na porta.

— Papai! Já pedi para não abrir a porta assim... - Jimin o repreendeu, mesmo sabendo que não estava me posição de fazer tal coisa.

— Rei Muriel. - Pitu curvou-se ao seu rei.

— Por favor Pitu, deixe-nos a sós. - O Rei pediu.

— Mas senhor, eu preciso lhe contar-

— Está tudo bem, eu já sei. - O Rei devolveu um sorriso gentil ao amigo de longa data. — Uma hora ele iria descobrir. - Foi as últimas palavras de Muriel. Pitu assentiu, sentiu que apesar de triste, o Rei não o culpava por contar a verdade, mas temia. Seu coração temia.

— Pai...

— Vamos conversar, meu filho. - O Rei tritão sentou-se na grande cama em formato de colcha ao qual Jimin já estava. — Conheceu um humano então? - Jimin olhou para seu pai duvidoso, mas sentiu que poderia desabafar quando viu os olhos de seu pai demonstravam calma, e não raiva.

— Sim... - o príncipe sorriu. — Ele poderia ter morrido, mas eu o salvei dos mares agitados que o afogavam. Um choque percorreu meu corpo quando nossos olhos se encontraram... - Muriel sentiu calafrios na espinha, lembrava-se como se fosse ontem o dia em que conheceu sua amada. — Você sentiu isso com a mamãe?

O Rei riu soprado, aquele tema não era abordado a anos.

— Senti. Eu senti como se tivesse achado minha alma gêmea. - O Tritão observou seu filho observá-lo e prestando atenção a todas suas palavras. — No dia que a conheci, foi como se um fogo ascende-se meu coração, e eu tive a certeza que ela sentia o mesmo. Eu ainda era um príncipe e por impulsividade, fui atrás de uma feiticeira para tornar-me humano. Mas eu devia uma vida a ela, deveria lhe oferecer um humano como uma troca.

O Rei pausou a história para respirar e lembrar das cenas horríveis que aconteceram.

— Eu estava tão entretido com sua mãe grávida, as pessoas... que eu não me lembrei que não estava na terra de graça. Eu devia para a feiticeira, e ela pegou seu pagamento...

— Papai, eu sei o resto. Se não quiser continuar...

— Não. - O Rei proferiu, olhando para seu filho. — Eu quero que saiba por mim. - Jimin assentiu. — Então enraivecida, a feiticeira começou a espalhar boatos sobre mim, e sobre sua mãe. Que ela era uma bruxa e que havia feito pactos comigo, sobre Suta atacar a Coreia. Boatos absurdos que fizeram todos se revoltar contra nós, até os amigos mais queridos ficaram amedrontados...

Um silêncio necessário foi posto dentro do quarto do príncipe. Jimin entendeu tudo. O porquê do pai lhe contar aquela história.

— Papai, eu quero arriscar. - Jimin pegou na mão de seu pai e acariciou ela. — Eu sinto que achei o ser que completa meu coração. - O Rei suspirou aflito, o medo lhe consumia, mas não poderia aprisionar seu Jimin para sempre. Principalmente quando seu amado filho havia encontrado seu imprinting.

Continua...

𝑇ℎ𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑚𝑎𝑖𝑑 𝐹𝑜𝑙𝑘𝑙𝑜𝑟𝑒 ✹ 𝕁𝕚𝕜𝕠𝕠𝕜 ✹Where stories live. Discover now