Quando Ellen resolveu trazer sua irmã para morar com ela, não imaginava que as coisas ficariam tão apertadas. Sempre com tudo planejado e organizado, ela se vê pela primeira vez realmente preocupada com sua situação financeira. Depois de se mudarem...
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Amanda nos esperava na calçada, encostada a seu carro. Ainda pela manhã, havia marcado com ela para olharmos o apartamento que queríamos alugar. André havia me levado ao seu prédio depois do nosso expediente. Eu ainda estava um pouco mal pelo o que aconteceu antes de sairmos da mansão. Henry havia acabado de chegar quando me viu montando na moto atrás de André. Vi a forma que ele nos olhou: para minhas mãos abraçadas ao seu motorista, para o sorriso satisfeito de André, que lhe deu um animado boa noite, ao que Henry respondeu apenas com um aceno de cabeça. Parecia... Incomodado, diria até que desapontado.
Quase quis me afastar de André quando percebi o que ele podia estar pensando. Mas, além de não ser nada demais, pensei que ele não tinha o direito de se sentir enciumado. E talvez fosse uma forma de fortalecer o que lhe pedi de manhã: que não me procurasse mais. Ainda assim, meu estomago parecia revirado quando desci da motocicleta ao chegarmos.
Fomos andando calmamente até Amanda. Notei a forma que ela olhou para André, que sorriu ao perceber também. Era incrível como era fácil para ele chamar atenção.
Subimos as escadas até o segundo andar, o dono do apartamento deixou as chaves com meu colega de trabalho para que ele nos mostrasse o lugar.
Eu meio que já sabia como era o apartamento, pois era idêntico ao da frente, onde eu já passei uma noite. A garota, que devia ter a idade de Emily, observou cada canto.
Fiquei um pouco apreensiva, torcendo para que ela gostasse. Por fim, ela aceitou morar ali, então disse que podíamos ficar com o quarto um pouco maior, já que éramos duas.
Conversamos sobre o dia da mudança. Ela já traria suas coisas na sexta, que seriam apenas roupas, um armário e uma cama. Ficou feliz em saber que eu tinha alguns móveis, pois achou que teria que comprar tudo. Eu não tinha muita coisa, só o essencial, mas ainda teria que procurar um caminhão de mudanças e pessoas para ajudar. Por isso talvez não conseguisse mudar no mesmo dia que ela.
Ainda era cedo quando ela se despediu de nós, nos deixando sozinhos.
-Posso ficar um pouco aqui, antes de me levar de volta? -Perguntei a André.
-Claro, mas não estou sozinho. -Disse ele. Imaginei que fosse o cara com quem ele estava morando.
-Tudo bem, só queria passar o tempo, antes de voltar.
Ele assentiu, desconfiado, e me levou para dentro de sua casa.
Acabei conhecendo seu colega, Lucas. No fim das contas, foi uma ótima ideia ficar. Além de passar um tempo longe, eu arrumei dois ajudantes para a mudança. Os meninos disseram que me ajudariam, no sábado, quando ambos estariam desocupados. Conversei bastante com André também. Gostava de falar com ele, o problema era que eu sabia que ele tinha outras intenções.
