[+18] Ela Pertence ao Vampiro

Capítulo 1

18 anos antes.

     O verão começou na alcatéia Lua Doce,as flores coloridas enchiam os lugares de vida. Elizabeth caminhava lentamente,sentindo-se cansada pelo peso de sua barriga de exatos 9 meses,ela contava as horas para ter sua pequena em seus braços. Enzo caminhava ao seu lado,com a mão em sua coluna,acariciando ali,lhe proporcionando segundos de alívio.

Esta manhã Elizabeth acordou indisposta,sentiu as primeiras contrações e já queria que acabasse logo mas,apenas estava começando. Ela poderia passar horas em trabalho de parto mas,por ser uma gestação lupina o parto em si é rápido,o que lhe preocupava na verdade,era o fato de já estar de 9 meses. Geralmente,as lobas dão a luz aos filhotes bem antes,as vezes não chegam nem a completar 6 meses de gestação,pois os filhotes se desenvolvem rapidamente e logo estão prontos para nascer.

Nenhuma curandeira ou feiticeira soube lhe informar o por que de sua gestação ser tão longa,e apesar dela sentir que sua menina está bem,ela ainda assim acha que tem algo errado,ela sabe. E tem suspeitas que este erro tenha o envolvimento da deusa da lua,a qual reservou um destino um tanto conturbado para sua primogênita.

Ela sabia,desde o momento que Hart se afastou aos poucos e do nada sumiu,ela soube. De alguma forma,ela sentia sua filha mesmo dentro de seu ventre,se animar com a presença de seu cunhado. Hayley — como irá chamá-la — mexia como se estivesse em uma pista de dança quando Hart estava por perto,mesmo no início da gestação. Ela não entendeu logo de começo mas,as peças começaram se encaixar,o comportamento estranho de Hart,a frase que lhe disse,estava claro que: Sua filha pertencia ao vampiro.

Como isso é possível? Não passava por sua cabeça mas, apenas o destino e a deusa da lua sabem de tudo que está por vir.

O dia passou voando,e com o pôr do sol as contrações de Elizabeth se tornaram mais forte,Enzo se desesperava a cada grito de dor vindo de sua mulher,suas mãos tremiam e nem era ele que iria parir um filhote. A parteira da alcatéia pedia para Elizabeth se acalmar.

— Como vou me acalmar,caralho! Está saindo uma criança da minha boceta!

Hart de longe,queria ir da boca ácida de sua cunhada,mas estava mais preocupado com seus gritos de dor se intensificando ainda mais. Ele estava lá,na verdade,sempre esteve. Espreitando entre as árvores,tentando estar presente em todos os momentos,era a única forma de não atrapalhar,era a única forma de conseguir senti-la.

Ele se sentia um fodido. Ele era. Em sua cabeça estava apenas seguindo seus princípios e fazendo o certo,mas seu coração clamava para ele chegar perto,pousar a mão na barriga de Elizabeth e sentir os chutes daquele pequeno ser. Hart ao fugir,prometeu a si mesmo que ficaria o mais longe que pudesse,que não iria interferir na vida de Hayley e a deixaria crescer e se tornar a pessoa que quisesse sem carregar o fardo de ser destinada à ele desde o ventre. Sem ter oportunidade de conhecer outras pessoas — por mais que essa opção o matasse por dentro — e,ter a esperança de viver um amor tranquilo.

Óbvio,ele não conseguia ficar tão longe quanto desejava,mas era o que mínimo que ele devia a seu irmão e sua esposa,ele não podia fazer isso. Não entrava em sua mente como um ser tão obscuro e ruim como ele,tem uma prometida tão pura e angelical,o que ele havia feito para merecê-la? Ele a amava e nem a conhecia. A esperava mais ansioso do que sua própria mãe.

Seu pior medo,era perder o controle. Chegar perto demais e esquecer de tudo que prometeu a si mesmo,que não a olharia com outros olhos,que não a tocaria se quer uma vez,que não a desejaria. Seria a última vez,ele iria vê-la ao nascer e após isso,nunca mais.

A noite chegou,hoje seria lua cheia. O suor percorria o corpo de Elizabeth e as contrações eram fortes e constantes. Enzo segurava sua mão direita e sua mãe,a mão esquerda,lhe dando o apoio que precisava,eles eram seu alicerce.

— Empurre,Elizabeth! Já estou vendo a cabeça dela. — a parteira disse.

E então,quando a lua chegou ao seu ápice,brilhante no céu,os gritos de dor de Elizabeth finalmente deu espaço ao choro de emoção,juntamento ao choro estridente da pequena garotinha que acabara de nascer.

Hart estava extasiado,mesmo de longe,assistiu tudo e sentia uma felicidade imensa,fechou seus olhos,se permitindo sentir o cheiro do sangue de sua destinada e ouvir o coraçãozinho acelerado daquele ser. Era tão angelical,tão pequena,sua pele parecia de veludo. Seus olhos ainda estavam levemente fechado,mas suas mãos delicadas apertavam os dedos de seu pai,que não conseguiu segurar o choro.

— Sei que vai ser mais feliz do que imagina,minha filha. A deusa da lua já escolheu o seu destino. Minha Hayley. — Elizabeth a apertou perto de si,e para a surpresa de Hart,Elizabeth olhou para a janela,como se soubesse que ele estava ali. Seus olhos transpareciam o amor que estava sentindo,não ódio,como ele esperava.

E sem mais delongas,Hart sumiu novamente entre as árvores. Mas tudo que via pelo caminho,era a imagem daquela linda garotinha.

Sentiram minha falta? Não me matem! O bloqueio criativo da gata tava muito on. Mas, para a tristeza de uns e alegria de muitos, estou de volta.

Obs: estou reformulando este livro, então mudarei alguns fatos, portanto, alguns comentários antigos irão permanecer mas não irá prejudicar.

Espero que me perdoem,rs♥️ obrigada por não desistirem de mim!