Capítulo X

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Pov Benjamin

Cheguei em casa 4:50 AM e já fui com Angel pro quarto que estava ferrado no sono,tirei os tênis de seus pés e o deitei na cama o deixando bem confortável e sai do quarto indo para a sala.

Me sentei no sofá e peguei o encaminhamento que o doutor tinha dado,Angel teria que ficar de jejum por 8 horas e faria um monte de exames que eu não sabia pra que era.Fui lendo o encaminhamento até que cheguei em uma palavra que não era tão complicada como as outras,Hemofilia,falei para mim mesmo e peguei meu celular já indo pesquisar o que era aquilo no Google.

Fiquei mais de 30 minutos lendo sobre aquilo e agora estou aqui morrendo de chorar pois Hemofilia é uma doença que não tem cura e Angel está com todos os sintomas dela. Coloquei o encaminhamento novamente na bolsa e fui chorando pro quarto,abri a porta devagar e meu bebê estava dormindo como um anjo,sereno e calmo,entrei no quarto e me sentei do seu ladinho e fiquei o admirando e implorando a Deus que ele não tivesse nada.

Tirei a roupa que eu estava e coloquei o primeiro pijama que eu achei,coloquei o celular pra despertar 12:50 PM e deitei me aconchegado com meu filhote. Enquanto tentava dormir meus pensamentos caíram em Giovanni e a preocupação veio a tona,e se ele descobrisse a verdade?não,eu não ia deixar isso acontecer,com esses pensamentos o sono acabou me pegando e eu adormeci abraçado ao meu menino.

Pov Giuseppé

-Doutor Giuseppé,acabou de chegar uma paciente com a bolsa estourada e com 7 dedos de dilatação,já pedi para prepararem a sala de parto porque provavelmente a criança nascerá logo,só estamos a espera do senhor.-
Simon me comunicou isso e nós dois saímos do consultório de Giovanni.

Estávamos no corredor e ele estava andando a alguns passos a minha frente,não conseguia parar de olhar para enorme bunda dele que estava rebolando totalmente apertada na calça justa do uniforme,não consegui me controlar e quando passamos pela minha sala eu o peguei pelo braço e arrastei ele pra dentro junto comigo e logo tranquei a porta e coloquei a chave no bolso da minha calça jeans.

Ficamos nos encarando e eu me aproximei dele que não deu nenhum passo para traz e o beijei,um selinho só,mas matei um pouco da saudade daquela boca macia e doce.

-Abra a porta- ele disse com o rosto sério e os braços cruzados.

Me deu muita vontade de rir,quando ele ficava bravo ele cruzava os braços no peito,franzia as sobrancelhas e ficava com um bico no lábios,parecia uma criança,mas eu não ousei rir pois ele batia forte e eu não estava afim de apanhar.

-Pare de ser irresponsável,tem uma mulher prestes a parir lá fora,abra essa porta agora- ele estava transbordando de raiva e iria socar minha cara se eu não abrisse a porta então eu a destranquei e ele passou por mim esbarrando no meu braço quase me jogando no chão.

-Cavalo- digo baixinho passando a mão no braço.

-O que?,eu não escutei,pode dizer mais alto?- disse ele da porta.

-Eu disse aí meu braço- digo tentando parecer natural.

-Que bom- diz ele indo pra sala cirúrgica.

O parto tinha sido um sucesso,a criança era uma menina muito linda que nasceu grande e gordinha. Aquele tinha sido o único parto da noite e enfim meu plantão tinha terminado,passei na sala de Simon e ele estava arrumando a bolsa dele para ir embora,ele estava lindo com uma calça de linho cinza claro e blusa de manga comprida preta.

Entrei na sala e fechei a porta,ele se virou para mim e me olhou eu acho (ele estava de óculos escuros) e continuou arrumando suas coisas.

-Vou tomar café na mamãe,vamos comigo?-

Decisões - Angel • IV Years Onde as histórias ganham vida. Descobre agora