Observando a reação do outro, o ômega  rapidamente pega a garrafa e derrama o restinho de água em sua palma, acariciando cuidadosamente o rosto de Jihoon. O mais velho arranca a garrafa de suas mãos e a joga em si mesmo, seus gritos se transformando em resmungos mais calmos.

Yoongi entra correndo de volta na sala e arregala os olhos com a visão.

— Sr. Jung...— ele começa, parando ao perceber o quão silencioso o quarto se tornou.

— Ele queria água no rosto....

Hoseok dá um passo para trás enquanto o alfa pega uma toalha e gentilmente começa a enxugar o rosto de Jihoon.  Este que abre suas pálpebras, olhando fixamente para o teto.

— Onde estou? — seus olhos se movem rapidamente e pousam na figura pairando acima dele. — Não! — ele exala debilmente. Seus olhos vidrados percorrem o rosto de seu filho mais novo por apenas um segundo antes de rolar para o lado. — Saia! Ver você me deixa com náuseas!

Mesmo sem o vigor de seu rancor usual, as palavras ainda cortam a pele. Yoongi pisca e acena com a cabeça simplesmente.

— Sinto muito, omma. Eu ouvi você gritando então vim para ajudar.

— Onde está o Donggeun? — Jihoon sussurra, ainda tentando recuperar o fôlego. — Por que nenhum dos servos está aqui? É por causa daquele ômega? — suas palavras são tão amargas, entrelaçadas com uma fragilidade conflitante. — Seu appa não vai deixar você se casar com ele. Já deve estar ciente disso. — ele fecha os olhos e murmura asperamente: — Saia do meu quarto. E nunca mais entre.

— Omma. — o alfa diz humildemente. — O Hoseok está aqui.

— Então eu estava certo. Por que se aproveitar de um ômega assim? Você não já tem o suficiente deles babando a seus pés? — Jihoon zomba, a energia retornando da maneira mais agridoce. O silêncio paira sobre os três homens na sala e as palavras que saem dos lábios de Hoseok são nada menos que desconcertantes.

— Jihoon-ssi, foi eu que me ofereci para fazer isso.

Ele não tem ideia de por que está se preocupando em defender Yoongi mas, depois de um momento, Jihoon se vira lentamente em sua direção, encontrando a fonte da voz. Ele o considera com um olhar menos hostil, embora sua carranca ainda persista.

O alfa não disse mais nada, encontrando  os olhos do ômega e enviando a ele um aceno de cabeça antes de sair do quarto.

Jihoon suspira enquanto observa o ômega que se aproxima.

— Eu já disse para você ficar longe dele. — o mais velho diz quando se ajoelha ao seu lado. — Em uma idade tão jovem todos nós pensamos que o amor é uma espécie de salvação, mas você vai descobrir que é realmente inútil.

A maneira como Jihoon estava falando difere completamente de seus episódios anteriores, a repetição mutilando sua fala. Tinha falado brevemente com ele em seus momentos de lucidez absoluta então talvez seja assim que o ômega era no seu auge.

— Não estamos relacionados dessa forma, Sr. Min. — Hoseok murmura constrangido.

Jihoon o polpa de um vislumbre duvidoso.

— Não vejo nenhuma outra razão plausível para ele livrar a casa dos servos apenas pela sua presença. Posso detestá-lo, mas conheço bem meu filho. Ele não desafiaria seu appa sem um bom motivo.

— Os ômegas não são permitidos aqui? — Hoseok questiona lentamente, tentando somar dois e dois.

— Você é muito esperto. — o mais velho cantarola. Sua respiração ofegante se estabiliza gradualmente, a luz voltando aos olhos. — Ele quer que eu esteja rodeado apenas pelos meus pesadelos. Inferno na Terra nunca foi uma frase tão apropriada.

Oásis (Yoonseok/Sope) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora