Treze.

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Oi oi anjos 💜
Como estão nesse domingo?
Eu tô meio pra baixo, só estou postando mesmo pra não deixar vcs esperando e tb aproveitando enquanto tenho inspiração pra escrever...Enfim, espero que gostem 🙏🏽

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Contra a paisagem urbana sangrenta, o mundo se derrete em nada além de luzes de néon através do para-brisa, o tráfego da cidade agitado e ao mesmo tempo silencioso. Hoseok encara os arredores um pouco mais à vontade em comparação com a vez anterior em que estivera sentado no carro do alfa. Uma parte dele se pergunta mais uma vez como chegou a essa situação depois de ter vivido uma rotina certa durante esses cincos longos e repetitivos anos.

Se Deus não o tivesse amaldiçoado com seu cio no mesmo dia em que o herdeiro Min tinha chego, ele poderia ter escapado ileso. Claro, poderia estar se iludindo, mas na sua cabeça talvez pudesse ter feito alguns arranjos para seus futuras ciclos, como solicitar uma licença periódica de uma semana do trabalho e esperar seu cio em casa. Mesmo que isso parecesse totalmente implausível - porque seria dispensado imediatamente ao fazer tal pedido - poderia ter encontrado uma outra solução.

Dessa vez a viagem não é muito longa, o silêncio absoluto é inquebrável. Yoongi parece estar pensando em algo, lábios firmemente dobrados e o olhar fixo na estrada. Hoseok se pergunta honestamente por quanto tempo terá que ficar preso nos planos do alfa quando é evidente que este não está contando a ele toda a história. Por que ainda precisaria checar Jihoon quando o outro cuidador dele estivesse por perto? E o que ele quis dizer ao citar que seu omma não era hostil com seu appa, mas que também não estava "bem" com ele?

Enquanto eles cruzam uma estrada estreita ao longo das luzes da rua transbordante e terraços luxuosos, o cenário se transformava em uma vasta extensão de terra vazia. Yoongi para o carro na garagem e examina a paisagem com cautela. Só então, uma figura familiar sai correndo pela porta da frente e ele imediatamente reconhece o perfil esguio de Kim Taehyung no escuro anoitecer. Este que se curva rapidamente quando os dois saem do carro, dando um pequeno sorriso para si.

— Sr. Min, a casa está limpa. — o assistente informa e o mais velho ali envia ao beta um aceno rápido enquanto Hoseok o segue. A justaposição da escuridão total e luzes fervilhantes o cega por um momento.

A casa está limpa e arejada como sempre, como se o lugar fosse alvejado a cada minuto do dia. As pinturas penduradas na parede são quase genericamente sofisticadas e ômega volta sua atenção para a sala familiar no final. Eles diminuem a velocidade e pararam quando Yoongi hesita visivelmente por um momento, antes de fazer um gesto para Taehyung se aproximar.

— Sr. Min. — o beta começa, batendo de leve na porta. O silêncio permanece contra a separação entre os três e o homem enfiado em seu quarto, o Kim pressionando os lábios e tentando lentamente mais uma vez. — Sr. Min, alguém gostaria de vê-lo. — ele diz gentilmente mas, novamente, não há o menor indício de resposta, enervando-o um pouco.

Taehyung olha de volta para o alfa, que acena com a cabeça após uma pausa significativa.

— Estou abrindo a porta agora, Sr. Min.— o beta informa, girando a maçaneta da porta com uma cautela excruciante, aparentemente com medo de fazer até mesmo um decibel de barulho.

A porta se abre com um rangido e revela um interior mal iluminado, encharcado de borrões de escuridão contra os cantos cortantes e uma única luz noturna sangrando âmbar sobre a cama. Jihoon está deitado no colchão, frágil e de forma inerte contra os lençóis de veludo azul. Ele vira a cabeça lentamente e Yoongi instintivamente dá um passo à frente, respirando.

— Omma-

— Não... — o ômega mais velho dita. — Não chegue perto de mim. — suas íris vítreas piscam por um momento antes que algo pareça chamar sua atenção.

Oásis (Yoonseok/Sope) Where stories live. Discover now