Abby: É...

Levi: Ainda bem que você não estava lá, no momento da explosão, você poderia não ter aguentado.

Abby:  Talvez. Mas isso não importa. ― ela falou se levantando, ainda um pouco tonta por estar com sono. ― Quer chá? Café? Comida?

Levi: ― Quero que você vá dormir. ― ele respondeu autoritáriamente.

Abby:  Mas...

Levi:  Mas nada, eu vou dormir também. 

Abby: Certo... ― ela colocou a mão na porta. ― Boa noite, pai.

Levi: Boa noite.

A garota Ackerman saiu lentamente. Passando por corredores gélidos e escuros, deixando Rivaille para trás.

O homem voltou a deitar-se, ainda perturbado com a falta de dois dedos, e a dor que ecoava na sua mão. E não era só, uma dor aguda vinha do lado direito do seu rosto. Tocou com a mão sem ligaduras, suavemente naquele lugar.

Estava com metade do rosto ligado. Provávelmente, havia se machucado no olho e, em redor. Talvez, por esse motivo lhe doesse tanto. Ele gostaria de chamar novamente Abby, de lhe pedir remédios que amenizassem a dor, de mais algum apoio dela ali, mas não queria abdicar da filha. Notou que ela estava cansada, exausta para ser preciso.

O Ackerman concordou para si mesmo que conseguia aguentar, na verdade, ele já havia superado dores maiores, essa não seria nada. Bem, ele pensava isso, até chegar de dia e não ter conseguido dormir.

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Abby andava lentamente pelo o vasto corredor escuro. Tinha frio e, os números das portas eram praticamente invísiveis. Lembrando-se que o seu quarto era o número cinco, estranhamente confundi-o com o quarto número seis. 

Rodando lentamente a maçaneta, abriu a porta.

Abby:  Lia... Ainda está acordada?...

Ray: ― Lia? ― perguntou sentado na cama, lendo um livro à luz de uma vela.

Abby:  R-Ray. 

Ray: ― Abby, o que está fazendo aqui? ― ele olhou ternamente para a namorada. ― É bem tarde.

Abby:  Desculpa... Eu confundi os quartos. ― falou com os olhos quase fechados.

Ray: Você saiu do quarto do seu pai morrendo de sono, hein? ― suspirou. ― Você está se arrepiando também, está com frio?

Abby: ― Deixa... Eu só vou... ― 

Ray: ― Venha cá.

Abby arregalou os olhos, embora estivesse vísivelmente exausta. Arrastando os pés, ela parou junto da cama de Ray. Foi nesse momento, que ele a puxou para junto dele. 

Abby: O-O que está fazendo?

Ray: ― Durma um pouco. 

Abby:  Ray... meu  pai...

Ray:  Você vai ter que contar a ele, mais cedo ou mais tarde, para além disso, eu acordo você antes de o resto se levantar. Aliás, seu quarto é mesmo aqui ao lado. 

Após terminar de falar, ele puxou as cobertas sobre Abby e, a abraçou.

Ray: ― Essa também não é a primeira vez que dormimos juntos, é? ― sorriu.

Abby: Ray... ― ela disse sorrindo, mas adormecendo no mesmo instante. Ela estava quentinha e confortável. 

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O dia despertou com o Sol radiando. Nesse preciso momento, Abby acordou para se trocar no seu quarto, bem como, para responder às imensas perguntas de Lia, ao ver que ela cheirava ao perfume de Ray. Por esse mesmo motivo, demorou mais algum tempo se lavando e arrumando. 

Após terminar tudo isso e, acidentalmente, deixar seu cabelo solto. Foi ter com seu pai no quarto. Ele estava com olheiras ainda maiores, o que fez Abby perceber que ele não dormiu na noite passada.

Abby:  Porque você não dormiu na noite passada?

Levi:  Sem sono.

Abby:  Dúvido. Me fale a verdade.

Levi:  Tsk.

Abby: ― Agora, vá. Não seja cagão. É medo do escuro? ― disse zoando. Ela havia acordado muito bem disposta.

Levi: ― 'Tá louca, hoje? É claro que não tenho medo do escuro, foi só devido à dor dos ferimentos.

Abby: Ah! Então foi alguma coisa! Pera', que eu vou chamar a Hange, ela percebe melhor desse tipo de coisas, que eu. Aproveito e trago seu café da manhã. O que acha de comermos juntos? 

Levi: Certo...

Abby saiu do quarto cantarolando. Falou com Hange sobre o medicamento, que rápidamente lhe entregou um para a mão, bem como as indicações para tomá-lo. Após isso, foi à cantinha, onde, ao se encontrar junto do buffet do café da manhã, não deixou de encher seu prato, como nunca havia feito e, escolhido o que Levi preferia para comer.

Entrando novamente no quarto, viu Ray conversando com Levi. Nesse momento se sentiu nervosa, mas mesmo assim, conseguiu pousar o prato sobre a mesa de madeira que o Ackerman possuía no quarto.

Afinal, o que eles estavam falando?

After ―  A Filha De Levi [Attack On Titan] ― Parte IIWhere stories live. Discover now