Capítulo 15

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Eu decidi arrumar a casa quando voltei do colégio, coloquei minha playlist no celular e fui fazer faxina

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Eu decidi arrumar a casa quando voltei do colégio, coloquei minha playlist no celular e fui fazer faxina. Com um som agradável no ambiente as coisas fluem melhores.

Durante o almoço eu perguntei para meu pai sobre ir na casa de Jennifer e ele permitiu sem rodeios, disse que seria bom para mim. Eu fiquei bastante contente. Mas meu pai, aparentava estar com o ânimo ainda abatido, esperava que quando tia Susi viesse final de semana ele já estivesse melhor.

Eles eram os típicos irmãos que brigavam e se amavam, nunca vou esquecer da tia Susi na cozinha contando para mim e Jennifer as coisas que eles aprontavam quando pequenos. É difícil imaginar os dois fazendo o que faziam.

Termino minha faxina e dou glórias. Estava exausta, subi para já tomar um banho e me refrescar, logo teria que arrumar a janta. Mas por enquanto queria relaxar. Fiquei mexendo no celular deitada na cama, navegando pelas redes sociais. Eu não sou uma grande fanática, mas sempre quando posso entro para me entreter um pouco.

Preparei o jantar para quando meu pai chegasse. Quando ele apareceu, estava quieto aparentava estar exausto.

— Amanhã o senhor vai visitar o túmulo da mamãe, não é mesmo?! — pergunto para ele, embora soubesse que sim, ele nunca faltava.

— Sim, Violet, como sempre — ele me olha rápido e se concentra na sua comida. Para meu pai o dia de amanhã só representava luto, ele sofria pela perda da minha mãe. Eu não consigo me recordar de algum aniversário que ele desejou parabéns para mim.

Também me concentro em comer, e não pensar em coisas negativas.

Depois do jantar, papai como de costume foi assistir, uma cerveja lhe fazia companhia. Eu arrumei a cozinha e já subi para o quarto. Conversei um pouco com tia Susi por mensagens, ela ficou feliz em saber que iria passar a tarde de amanhã na Jennifer, ela também disse que estava com saudades e eu é claro disse que também, perguntei para ela também de Arthur e ela comentou que ele estava bastante animado para as férias para que todos nós nos reunissemos.

Resolvi dormir cedo, para acordar bem disposta. Mas antes de me deitar, sentada na cama, apenas com a luz do abajur a iluminar, olhei a foto da minha mãe um pouco antes do meu parto. Ela tinha um sorriso sutil no rosto e um brilho meio escondido nos olhos. Porque as pessoas morrem?! A indagação paira em minha mente. Um suspiro sentido me escapa pelos lábios, e traço a figura de minha mãe com o dedo polegar.

Meu amor por você é infinitamente infinito, sussurro, e coloco a foto no lugar junto com as outras.

Apago o abajur ao meu lado, me ajeito na cama, me cobrindo com a coberta. Fito a escuridão logo acima de mim.

Obrigada por ter me dado a vida, mãe! sussurro, uma lágrima me escapa pelos olhos. Me viro de lado para melhor dormir, amanhã completaria meus dezessete anos, e eu devia tudo isso a minha amada mãe.

VioletOnde as histórias ganham vida. Descobre agora