[SEM REVISÃO]
Obs: Para maiores de 18+.
Ele estava fazendo um favor para o melhor amigo, afinal, ele amava estar entre as nuvens e voar sob as águas do mediterrâneo era como andar de bicicleta para o duque da aviação, já havia feito aquele trajeto t...
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Percorro o caminho até a entrada do hospital com avidez, sentindo meu coração acelerar a cada passo que dou. Do meu lado direito, Théo tenta me consolar com palavras que não fazem a mínima diferença agora. Eu falhei e sou culpado, simples assim.
Prometi que cuidaria da vida do meu filho e fiz merda, fui levado pelo desejo, confusão de sentimentos e não pensei direito nas consequências. Cacete! Sinto meus olhos encherem de lágrimas quando me aproximo da recepcionista, abro a boca e tento pronunciar o nome da mãe do meu filho, mas gaguejo devido ao nervosismo e além de falar português, acabo tropeçando nas palavras e confundindo tudo, a mulher não entende nada do que digo e me dá um sorriso sem graça, desviando os olhos para o homem do meu lado em busca de ajuda. Théo se envolve na conversa e pergunta por Stella, perco a paciência com a falta de agilidade da mulher e acabo me exaltando.
– Calma, caralho! – Théo esbraveja ao meu lado e lhe dou as costas, contando vagarosamente até dez.
Se ela perder meu filho por minha causa...
As lágrimas descem e preciso me sentar, sinto como se todos meus muros de defesa estivessem desabando e me deixando exposto. Eu mereço, fodi com tudo. Bem feito pra mim se além de perder Maria Luíza, perder meu filho também.
Droga.
Droga.
Droga.
– Ela está aqui, vamos. – Théo me puxa pelo braço e o acompanho em passos rápidos, aperto o botão do elevador com tanta força que as pontas dos meus dedos doem. – Ela está bem. – Tenta me tranquilizar, mas não adianta, só vou acalmar depois de saber que Stella e meu filho estão bem.
– Não posso perde
-lo. – Confesso, após entrar no elevador e descansar a parte detrás da minha cabeça na parede metálica. Ele suspira ao meu lado, aquele tipo de suspiro que geralmente damos quando não sabemos o que dizer.
Ele não precisa dizer nada, eu sei que fodi tudo.
– Não se culpe tanto, cara. O que você e Malu sentem um pelo outro é palpável, forte e não tem nada de errado. Ok, você não deveria ter transado com ela no mesmo ambiente que a mãe do seu filho, a mulher que acreditava ainda ser sua noiva estava, mas já foi. Não adianta chorar pelo leite derramado. – Suas palavras não me consolam. No entanto, enxergo toda a situação por uma nova perspectiva. Eu não menti sobre o que sinto por Maria Luíza, o sentimento é ávido e ainda mais forte do que no começo, Stella ficaria sabendo em algum momento.
– Não me importo com a minha culpa, só preciso saber se meu filho ficará bem. – Digo, deixando o elevador assim que as portas se abrem no terceiro andar. Meus olhos buscam por qualquer pessoa de jaleco branco que possa me dar alguma informação, uso Théo de tradutor em alguns momentos, porque meu nervosismo não ajuda meu espanhol.
