CAPÍTULO 22 - NÃO É CIÚMES

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  Cam faz sinal para a equipe pedindo para que a ajudem-na. Assim que ela se vai, ele me olha visivelmente chateado. Fecho a cara em resposta às suas palavras silenciosas. Não dizemos nenhuma palavra, apenas, ficamos nos olhando e assim como entendi o que quis me dizer com seu olhar, creio que ele entendeu o meu.

  Cansada do olhar de reprovação de Cam, me afasto. Após um tempo a modelo volta e novamente me vejo espumando de raiva! Ela vem com um vestido curtíssimo na frente, e um decote em v enorme. Atrás o vestido é longo. Seu sorriso e modo de andar, só mostra que ela sabe muito bem o que está fazendo, e com certeza é de propósito!

  Os homens da agência ficam babando, mas ela quer chamar atenção apenas de um. Ela caminha jogando os cabelos de um lado para o outro, a desgraçada é ardilosa. Ela passa por mim, jogando os cabelos e realizando uma careta ao ver minha cara, que com certeza, era de poucos amigos. Vadia!

  — Ah, não! Eu não aguento! — Quando estou a ponto de arrastar a vaca pelos cabelos, Salim me puxa.

  — Ficou doida!

  — Salim, eu não posso ficar vendo isso parada, ela está me provocando.

  — Calma, fofa, você vai se vingar, mas não de qualquer jeito.

  — Como assim?

  — Essa piranha vai ter o que merece, mexeu com amiga minha, mexeu comigo! — Salim fala, mas sei que ele está  estressado com os mandos e desmandos dela.

  Ele tira um vidrinho do bolso, parece um remédio conta-gotas.

  — O que é isso?

  — Você vai ver, quando ela pedir mais um cafezinho coloque dentro, você verá em pouco tempo à diversão! — Salim fala com um olhar diabólico.

  Olho para Salim, ele sempre tão alegre e divertido que faz o estilo paz e amor, não imaginava esse lado dele, mas gostei.

  — Esse idiota desse boy estripador, ele tem que pagar por te fazer de trouxa e deixar você de lado por causa dessa Vaca! — Fala com raiva.

  — Você tem razão! Isso só é um susto né?

  — Digamos que está mais para uma trolagem! — Salim deixa transparecer um sorriso no canto dos lábios.

  Me pergunto que remédio é esse e o porque de Salim, tê-lo em mãos.

  — O que foi amiga, está com medo?

  — Salim, por que tem esse remédio, assim dentro da bolsa?

  — Mona, se acalme, não sou nenhuma purpurina assassina não! — Salim gargalha. — Esse remédio é para soltar o intestino. Eu tenho ele, porque sofro de constipação.

  — Ah tá! — Salim gargalha mais e acabo rindo.

  Não passa muito tempo para nojenta pedir um café, ela me trata igual sua empregada, só que, pior que isso. Me trata com um desprezo a mais, e Cam finge não ver nada. Pego o café, Salim disse para colocar dez gotas, colocarei quinze só de raiva!

  Coloco cada gota, xingando a mulherzinha mentalmente. Levo o café para ela, Cam está olhando as fotos com a equipe e escolhendo as melhores.

CONTRATO COM ACASO/ LIVRO 1(COMPLETO) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora