Capítulo 10- A noite da festa

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A casa já estava cheia de gente por todo lado. Fomos atrás de Annelise para que falasse com o sobrinho logo, pois ele não ficaria ali muito tempo.

Ela abraçou o menino e recebeu o presente que embrulhamos durante a tarde.

—Obrigada, meu amor. —Disse, pegando-o no braço. 

Annelise estava bonita em um vestido branco, com pequenos botões marrons no meio. Os cabelos pintados de loiro presos no alto da cabeça.

—Eu vou mostrá-lo a alguma pessoas. - Foi dizendo. -Já volto.

—Lise, já está na hora de ele ir dormir. —Seu irmão avisou.

—Vou ser rápida, eu o deixo com nossa mãe logo depois. —Falou e saiu no meio das pessoas com um animado Pietro.

Henry suspirou.

Mal deu tempo de virar para mim quando algum amigo dele surgiu para puxar conversa. E logo outro apareceu, e mais outro...

—Faz tempo que não vejo você. Nunca mais deu as caras depois que saiu da empresa. —Disse um homem que aparentava ter uns trinta anos.

—Não é a mesma coisa sem você. —Completou uma mulher alta, sorrindo para ele.

Aproveitei a deixa e saí de fininho sem saber bem para onde ir. Olhei ao redor. Não conhecia uma pessoa sequer ali, com sorrisos e conversas animadas.

Busquei uma bebida e tomei tudo bem rápido.

O único conhecido era o caminho para a praia, e foi para lá que eu fui. Mas não consegui chegar. David me parou no caminho.

—Ellen! —Gritou ele. —Mas você está um espetáculo!

Eu ri. Ele parecia meio bêbado.

—Você também está bonito. Onde largou sua camisa?

Ele olhou para baixo, parecendo notar só agora a falta dela.

—Por aí. Estava indo para a praia? —Quis saber.

—É, não conheço ninguém aqui.

—Pois então eu te apresento. —E me puxou de volta para o aglomerado de pessoas.

Acabei conhecendo muitos deles, dos quais sabia que não lembraria o nome, mas eram receptivos e não foi tão ruim. David era bem popular entre os vários colegas de trabalho.

Em certo momento, eu já estava meio sobrando naquela conversa, quando começaram a falar de obras, vigas, estrutura e coisas que não me interessavam e nem tinha conhecimento. Saí de fininho mais uma vez. Atravessei todo o espaço lotado até dentro da casa. Subi as escadas, pretendendo procurar o quarto de Pietro. O andar de cima estava calmo, e logo percebi que não o acharia sozinha sem ter que abrir várias portas. Dei a volta, desistindo.

Não devia ser tão tarde, mas já estava meio de saco cheio daquela festa. Resolvi não descer e fui me sentar no sofá branco macio da sala. Acabei deitando logo depois.

...

Senti um toque no meu braço que me despertou. Havia cochilando no sofá e me sentei quando vi Henry na minha frente.

—Parece que está adorando a festa. —Disse ele, sorrindo de canto.

Bocejei. Ele continuou:

—Mas seu cochilo serviu. Deu-me tempo de chegar até você sem que fugisse.

—Não estou fugindo. — Levantei do sofá, arrumando o vestido. —Tenho que ir ao banheiro.

Mal dei um passo quando ele me segurou.

A Governanta (Concluído)Where stories live. Discover now