Capítulo 23 ♡

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Bruno França

Sinto todo meu corpo doer, meus olhos tem dificuldade para abrir, tento lembrar o que aconteceu, o porquê dessa dor, mas...o que pode ter acontecido? Estávamos Fernando, Ana e eu nos divertindo, depois estávamos a caminho de casa, quando...quando...escuto sons de bips baterem nervosamente em meus ouvidos, como se estivessem dentro da minha cabeça.

-Tudo bem, está tudo bem...- De quem é essa voz? Quem está falando? Onde poderia estar Fernando e Ana? Eles estão bem? Eles têm que está bem. Escuto os bips ficando mais longe e calma, então vem na memória o medo e angustia que senti, nós sofremos um acidente, mas como? Como tudo aconteceu? Onde está minha família? Eles estão bem? Antes que eu possa surtar, acabo adormecendo, nem mesmo abrir os olhos consigo fazer...então apenas caio ainda mais na escuridão.

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Acordo sobressaltado, dessa vez meus olhos se abrem, consigo enxergar as paredes brancas ao meu redor, tento me levantar, tenho que encontrar Ana e Fernando, saber como eles estão, se...se estão vi...vivos, meu Deus, não posso pensar assim. Tenho que pensar que tudo vai ficar bem, que eles estão bem.

Antes que eu saia pela porta, uma moça a abre, ela parece jovem, e se assusta me vendo ali.

-Senhor. O senhor devia estar deitado. Está em recuperação. - Ela segura em meus braços e me leva de volta para a cama hospitalar.

-Eu preciso ver meu namorado e minha filha, preciso saber como eles estão. - Meus olhos enchem de lágrimas.

-Eu entendo o senhor, realmente entendo, mas preciso cuidar do senhor, não poderá fazer nada se suas feridas não sararem devidamente, e posso lhe garantir que o pior já passou, logo o médico irá vir falar com o senhor e então ele irá lhe falar com detalhes. Mas agora precisa tomar seu remédio e ficar bem para vê-los. - Um pouco mais calmo em saber que eles estão vivos eu volto para a cama, ela me medica e cuida de uma ferida de leve pelo meu corpo, sinto meu peito doer.

-O que aconteceu? Eu não lembro do acidente, não a causa dele. - Ela me olha, já estava de saída.

-Motoristas bêbados, adolescentes de no mínimo 17 anos com os carros dos pais, bateram em um caminhão, causou uma bagunça, o carro do seu namorado bateu num carro que tentava desviar da bagunça, foi isso que disseram quando vocês chegaram.

-A minha filha, ela está bem mesmo? Como sabe que é a minha menina? - Ela sorri gentil.

-Eu estava quando vocês chegaram juntos, disserem que estavam no mesmo carro, e então a bebe acordou assustada e chorando muito. - Começo a chorar, minha menina deve ter se assustado muito. - O impacto foi forte, um milagre ela não ter tido nenhuma fratura, só alguns arranhões e dores no corpo, ela estava chorando bastante, mas agora ela está dormindo tranquila. Não se preocupe.

-Vejo que já informou nosso paciente sobre tudo. - Um senhor fala entrando no quarto, ele sorri para mim e estende suas mãos, a aperto. - Leandro, eu cuidei de você e do outro que estava no carro. - Enxugo minhas lágrimas, acho que agora eu posso manter a calma, tenho que está forte para levar os dois para casa.

-Quando vou ter alta? E Fernando e minha filha?

-Vamos com calma, você chegou aqui ontem era quase noite, passou o dia todo dormindo, precisa fazer mais alguns exames para vermos se está tudo certo. Sua filha pelo que meu amigo e o médico que cuidou dela me falou, ela está bem, mas todo cuidado é pouco, vamos manter ela até amanhã em observação. E seu namorado, bom, ele bateu a cabeça com muita força, ele chegou sangrando demais pela ferida na nuca, não sabemos a causa e o que pode ter o acertado, talvez o encosto do banco, mas não teria sido tão forte, saberemos quando ele acordar, e até agora ele não nos deu sinais que acordaria.

De Repente...VOCÊS! - Romance gayWhere stories live. Discover now