Faltava exatamente uma semana para a volta às aulas e Moon havia me obrigado a vir no shopping, porque segundo ela, eu precisava de coisas melhores. Muito melhores. Me senti ofendida de início, mas logo concordei, porque meu tio tinha comprado minhas coisas e elas eram.... estranhas.
— Não quero nada caro e chamativo.
— Você em si é chamativa, Meg.
— Concordo com a gata. — Adam falou pela primeira vez em todos esses vinte minutos que estávamos aqui juntos.
O que aconteceu foi que, Moon e eu estávamos na loja de discos apenas dando uma olhada, e Adam nos viu, ou melhor, me viu, e agora não se desgruda de nós.
— E o que você está fazendo aqui ainda? — pergunto arqueando uma sobrancelha para ele e depois me virando para Moon. — E o que você quer dizer com isso, doida?
— Quando você chega em um lugar todos olham para você, é meio que inevitável.
— Eu que o diga. — Adam diz e solta um suspiro.
— Disso eu já sabia, — dou de ombros. — sou linda e gostosa, fazer o que.
— E meio convencida. — zomba Adam.
— Totalmente convencida. — Moon ri. — Estou pensando em fazer uma festa lá em casa no sábado, o que acham? Para comemorar à volta das aulas.
— Eu estou convidado? — Adam pergunta passando seus braços por nossos ombros.
— Sim, mas só porque você é gato. — Moon foi sincera e eu gargalhei.
— Acho maneiro, — respondo a pergunta de minha melhor amiga. — vou falar com Miguel, porque nós vamos visitar minha mãe na sexta, então não sei se ele vai estar no clima.
— Eu vou estar no clima, super. — Adam fala e eu o empurro.
— Miguel vai topar. — Moon diz. — Vem, — ela puxa Adam e eu pela mão. — vocês precisam me ajudar a achar um sutiã bonito, estou pensando em convidar a garota que estou conversando.
Adam e eu nos entreolhamos e eu sorri quando percebi que ele corou.
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Durante as últimas duas semanas fui visitar minha mãe constantemente e em uma dessas visitas, ela praticamente implorou para que eu levasse meu namorado para ela conhecer, e assim eu fiz.
Agora os dois estavam sentandos e tendo uma conversa super animada sobre bandas antigas, o que eu não entendia. Mas mesmo sem entender, não conseguia tirar o sorriso do rosto enquanto ficava aqui, encostada na parede, vendo duas das pessoas mais importantes de minha vida conversando.
— Emma, o horário de visita chegou ao fim. — a enfermeira disse enquanto vinha trazer um copo de água para minha mãe.
— Mas já? — pergunto.
— Já se passaram meia hora, querida. — a enfermeira disse, abrindo um sorriso gentil para mim.
— A gente pode voltar na segunda, linda. — meu namorado disse, se levantado para se despedir de minha mãe. — Vou deixar vocês se despedirem.
Então Diaz sai logo atrás da enfermeira, e eu encaro minha mãe com um sorriso bobo no rosto.
— E então? — pergunto com expectativa sobre o que ela achou de Diaz.
— Lindo, — ela ri e eu faço o mesmo. — super simpático e gosta pra caramba de você. Meu Deus, — ela gargalha. — passei oito anos da minha vida pensando em como seria viver coisas assim com minha filha e agora conheci o namorado dela.
Faço uma careta para sua risada escandalosa mas logo estou rindo com ela novamente, rindo porque eu também imaginava como era ter momentos assim com minha mãe e agora, eu posso tê-los.
Sorrimos uma para a outra e assim que nossos risos cessaram lhe dei um abraço forte como forma de despedida e murmurei em seu ouvido: — Amo você e já sei como te tirar daqui.
E eu sabia mesmo. Porque Moon tinha prometido que conversaria com seu pai advogado e que encontraria um jeito de tirar mamãe daqui, e ela encontrou e agora tenho até mesmo um advogado, e o melhor de tudo é que não vou nem precisar pagar por isso. Enfim, tudo que precisávamos era algum parente de minha mãe, não eu, claro, porque ainda sou de menor, mas alguém com o mesmo sobrenome que o dela, e por sorte, o sobrenome dela registrado aqui, é o de meu pai. Lawrence.
{...}
Último capítulo de hoje, amanhã cedinho posto mais. Enfim, antes de sumir queria deixar dois avisos aqui.
Algumas pessoas não entenderam a cena do capítulo anterior, então vou (tentar) explicar aqui para vocês:
Os dois transaram e eu resolvi não escrever tudo por dois motivos, o primeiro é porquê sou péssima escrevendo hot e eu mesma ficaria com muita vergonha (tímida e afins), o segundo é porquê acho que nem todos gostariam de ler uma cena de sexo.
O capítulo é terminado literalmente com a palavra "quase", o que pode levar a entender que alguém interrompeu eles, mas não, Johnny não interrompeu dessa vez, o que eu (ou melhor, a Megan) quis dizer é que as coisas não ficariam boas assim para sempre e que, eventualmente, algo pode acontecer.
E o segundo aviso, que é mais como uma pergunta ou uma declaração é que eu estava pensando em escrever um fic de outer banks, e queria saber se vocês leriam.
