(2) δύο - Lembranças

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Para esse segundo capítulo vamos com uma das minhas músicas favoritas! Ela é parte da trilha sonora oficial de Dark, uma baita série! A ideia é que você viaje para o sobrenatural e aproveite a jornada!

(2) δύο - Lembranças

Muitas pessoas acreditam que após a morte passamos um tempo hibernados, como se estivéssemos sonhando até o derradeiro dia em que todos despertarão simultaneamente para o acerto de contas. Dimítris podia finalmente confirmar se havia sentido nessa teoria e infelizmente ela era real. Não havia mais consciência em lembrar-se de onde e o que sentia ou presenciava, apenas rápidas imagens, sons, sem qualquer percepção de onde e quando estava.

 Não havia mais consciência em lembrar-se de onde e o que sentia ou presenciava, apenas rápidas imagens, sons, sem qualquer percepção de onde e quando estava

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Espanto.

É estranha a sensação de acordar em um lugar e não saber o porquê de estar lá. Dimítris finalmente recobrava a consciência e olho para as próprias mãos, as mexeu e percebeu que novamente controlava seu corpo. Olhou ao redor e percebeu que estava deitado em um sofá, mas como? Rapidamente ergueu o tronco do corpo sentando-se e logo deduziu que ali não era sua casa ou mesmo o local de onde sofrera o acidente. Olhou ao redor e sorriu ao reconhecer o logotipo do Hospital Alexandra, em Atenas. Mas por que estaria ali? Seria por causa do acidente?

Ao levantar-se não encontrou ferimentos nem arranhões pelo corpo. Teria o acidente sido apenas sonho? Avistou um homem idoso aparentemente fraco, mas não um homem qualquer. Era seu falecido pai. Dimítris arregalou os olhos, admirando os cabelos brancos maltrapilhos tão compridos quanto os seus, a feição envelhecida castigada pela idade, os olhos azuis paternais. Alguma coisa estava errada...Ver seu pai o fazia pensar se não estaria sonhando, ou em algum tipo de realidade alternativa, afinal o pai já havia falecido há algum tempo.

O velho se levantou e pelos repetidos olhares em direção a porta demonstrou aguardar por algo quando uma enfermeira de cabelos pretos curtos lisos surgiu com semblante feliz.

- Ele está bem, vai sobreviver. Você o trouxe a tempo.

Dimítris estranhou a atitude da enfermeira. Afinal, a quem ela se referia?

- Pai, Pai, o que o senhor faz aqui? - Perda de tempo. Nem seu pai, nem a enfermeira pareciam vê-lo ou ouvi-lo.

Seu pai partiu em passos largos demonstrando grande animação em visitar aquele sobrevivente. Por que não o escutava? Estariam lhe ignorando? Dimítris voltou a se sentar percebendo que aquilo era mais real do que um simples sonho, mas não conseguia descobrir o que era. Seu coração lhe dizia que aquele acidente havia sido real, mas precisava confirmar a informação. Vendo seu pai partir, tomou a única decisão das cabíveis naquele momento. Segui-lo.

Dimítris caminhou até chegar a um berçário e para seu espanto, seu pai abraçava aquele pequeno bebê com um sorriso no rosto.

- Infelizmente não encontramos a mãe, senhor. Quer que reforcemos as buscas?

O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus (Livro 1)  - FINALIZADO!!!!!!!!!!!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora